Richard não parecia pronto para me deixar descansar, tantoque no momento em que me recuperei do primeiro orgasmo, elevoltou a chupar meus seios, um de cada vez. Eu sentia as reaçõesdo contato, mas não conseguia me manifestar com muita ênfase,porque, é claro, ainda estava um pouco zonza.Demorei a perceber sua boca maliciosa que descia devagar,até que sua língua começou a circular meu umbigo. Arqueei osquadris, enquanto minha respiração se tornava irregular outra vez.Parecia que eu tinha um peso no peito que me impedia de encontraro ar. Mas, mais do que isso, a cabeça girava.— Richard! — chamei, em meio à voz ofegante, tudo soandocomo uma bagunça.Recebi uma mordidinha no pé da barriga, e outra no monteno meio das minhas pernas. Então a língua encontrou meu clitóris,que foi circulado, em total surpresa.Eu podia ser inexperiente, mas entendia como as coisasfuncionavam. Já tinha me tocado algumas vezes e já tinhaconseguido me dar orgasmos, embora não tão intensos como o qu
2 meses depoisNão era o conto de fadas, nem a história de Uma LindaMulher que a mídia descrevia. Não fora amor à primeira vista comocontávamos em várias entrevistas. Só que as mentiras a respeito donosso relacionamento, que nós mesmos construímos, foram setornando um pouco menos... mentirosas, por assim dizer.Quando eu e Richard entrelaçávamos as mãos aocaminharmos em meio aos flashes de paparazzi ávidos por umpedaço de nós, o contato era genuíno, e eu podia sentir o polegardele acariciando a minha pele.Quando sorríamos, eu me sentia um pouco cúmplice dele,porque estávamos associando algo da conversa daquele momentoa alguma coisa que acontecera conosco.Quando terminávamos dias atribulados, tanto para ele quantopara mim, tínhamos o conforto dos braços um do outro. E por maisque qualquer um pudesse alegar que ele era frio, que tinha um jeitocomedido demais, à noite o homem se transformava e virava umdemônio, que me fazia implorar por mais e mais, até queestivéssemos os
Saltei do carro e agradeci ao meu motorista, como sempre.Era meio da madrugada, e eu sabia que ele estava cansado.Poderia ter pegado um táxi, sem problemas, mas era uma exigênciada equipe de segurança que eu desse sempre preferência por estarem veículos blindados, com alguém de confiança no volante.Esse era o preço de ser quem eu era. Quando me tornassepresidente, as coisas seriam piores.Ainda assim, eu poderia ter seguido normalmente o protocoloe retornado para Nova Iorque só na manhã seguinte, mas estavaindo para o hotel, passar a noite, quando senti uma necessidadeenorme de estar com minha esposa.Chegava a ser irônico isso. O casamento era para ser apenaspor contrato, mas eu estava totalmente rendido por ela.Entrei na casa e subi as escadas já tirando o paletó. Agravata fora arrancada no meio do voo, mas eu não poderiaaparecer totalmente desalinhado em público, nem mesmo no meiode uma madrugada.Entrei no meu quarto, esperando que Isabelle pudesse estardormindo na
Acordei primeiro e deixei Isabelle exausta na cama, enquantoeu ia para a sala de musculação iniciar o meu dia. Nós só nosencontramos na hora do café da manhã, porque ela já estavasentada à mesa, e eu me inclinei para beijá-la.Eu via os empregados sorrindo ao perceberem o clima entrenós. O motorista, os seguranças, minha governanta... Desde o inícioIsabelle conquistou a todos. O público também. Desde que noscasamos e que ela passou a se tornar ativa em várias causas,minha popularidade cresceu.Só que não era apenas por isso que eu estava apaixonado.Era... por tantas coisas...Naquela manhã ela não estava sorrindo como na noiteanterior. Eram os momentos em que eu me perguntava o quepoderia haver de errado que transformava seu humor em poucossegundos. Talvez fosse algum tipo de depressão sobre o qual elaainda não se sentia segura de falar. Fosse como fosse, queriaajudar.Ela deu uma olhada no celular, soltou um suspiro e se voltoupara mim, tentando fazer parecer como se na
Ele não precisava dizer muitas coisas para que euentendesse que Kenneth tinha sido desmascarado. E que eu tinhasido jogada no meio da areia movediça também.Eu e Richard ficamos nos olhando por algum tempo. Ele,muito sério. Eu, muito desesperada. Sentia meu corpo tremer eminha respiração ficar ofegante, porque algo me dizia que aquelaconversa seria dolorosa.Ele me deu as costas e foi caminhando na direção da mesa,com as mãos nos bolsos.— Richard... — comecei chamando o nome dele com um tomfrágil, praticamente me acusando.Ainda sem olhar para mim, ouvi a voz dele sem nenhumainflexão. Como se ele tivesse perdido a alma.— Eu vi o contrato. Não quero mais mentiras, Isabelle. Ele éreal?Eu poderia dizer que não, tentar me proteger. Só que eusabia que Richard não acreditaria.— É real.Havia muitas outras coisas que eu ainda precisava dizer,explicar, mas tudo o que me restou foi me sobressaltar e dar umgritinho quando ele deu um tapa em um objeto de vidro que estavasobre a
O escritório de Zander, no centro de Manhattan, era umaextensão de sua personalidade: imponente, poderoso e masculino.Localizado no coração da cidade, no topo de um arranha-céu, olocal tinha uma vista de tirar o fôlego da cidade que nunca dorme.Eu entrei naquele espaço impressionante, cercado porjanelas que se estendiam do chão ao teto. A vista panorâmica dosarranha-céus, os rios que cruzavam a cidade e a agitação láembaixo, criavam um cenário que transmitia uma sensação dedominação.O escritório em si era uma extensão desse domínio. Asparedes eram revestidas com madeira escura e painéis de couro,criando uma atmosfera sóbria e sofisticada. A mobília era robusta eelegante, com poltronas de couro e uma grande mesa de mognoque ocupava o centro do cômodo.A decoração era pontuada por obras de arte cuidadosamenteselecionadas, todas exibindo temas de poder e influência. Era umespaço que emanava autoridade e presença, como o próprioZander, que ainda era um mistério para mim.A
— Belle, não me mata de ansiedade. O que deu?Amy estava do outro lado da porta, usando o punho parabater na cabine e chamar a minha atenção.Eu estava sentada no vaso sanitário fechado, dentro de umbanheiro no hospital no qual fomos realizar um trabalho, olhandopara o bastãozinho em minhas mãos.Com certeza havia lugares muito melhores para eu estardescobrindo uma gravidez, mas era o que tínhamos. Não era comose meu casamento fosse convencional, não é?Especialmente depois que meu marido passou a mal olhar naminha cara e a me rejeitar.— Belle? Dá para você abrir essa merda dessa porta?Eu precisava fazer isso, não só porque devia algumaexplicação à minha melhor amiga, que estava passando por tudocomigo e segurando a minha mão, mas também porque estava emum hospital e não podia ficar prendendo um dos banheiros por tantotempo.Levantei-me e abri a porta, saindo. Pela minha cara, ela jásabia a resposta.— Positivo? — Amy perguntou, e eu só assenti.Ainda segurando o bastão,
Era como se minhas pernas não conseguissem ficar quietas.Desde que chegamos em casa, Isabelle se afastou e foi para seuquarto, fechando a porta.Como uma estranha.Bem, mas foi o que construímos, não foi? Ela por não ter mecontado a verdade, e eu por...Por ter falado merda e agido como um babaca.Subi as escadas, depois de tomar uma boa dose de uísquesem gelo, e tinha a intenção de ir para o meu quarto, me trancar ládentro e fazer qualquer porcaria que me permitisse esquecer que eutinha uma esposa linda no cômodo ao lado.Só que, com as mãos nos bolsos, eu fiquei zanzando pelocorredor como uma barata tonta. Diante da porta dela, hesitei trêsvezes, chegando a levar o punho à madeira para bater.Ela ainda era a mulher que tinha me magoado. Eu aindatemia confiar nela de novo, mas era inegável que o que eu sentianão poderia desaparecer de uma hora para a outra. E ficava aindamais difícil quando eu a via em meio a crianças em um hospital, comtoda aquela doçura, dizendo palavra