Aline rapidamente voltou ao hospital.Antônia disse:- Julieta queria iogurte, então eu a levei à loja de conveniência no térreo para comprar. Acabei de pagar e ela sumiu!Aline ainda estava calma:- Vamos verificar as câmeras de segurança na loja de conveniência.O dono da loja, uma pessoa gentil, ao saber que elas haviam perdido uma criança, prontamente mostrou as gravações das câmeras.Nas imagens, um homem bem-vestido levou Julieta embora...Antônia perguntou preocupada:- Aline, quem é esse homem? Você o conhece? Devemos chamar a polícia? Será que é alguém de Mateus?Aline, pálida, balançou a cabeça:- Não, esse homem é o assistente de Gabriel. Tem que ser Gabriel!Ela só havia pensado que Gabriel encontraria Maria e a usaria para ameaçá-la.Mas nunca imaginou que Gabriel, para agradar à família Pinto, sequestraria uma criança de seis anos!Aline imediatamente ligou para Gabriel, gritando fora de controle:- Gabriel, o que você quer fazendo Julieta desaparecer?Do outro lado da li
Aline sorriu friamente:- Até sequestrar a própria neta, essa é a sua educação?- Aline! - Gabriel ficou furioso, com a expressão distorcida.Thiago interveio:- Irmã, não fale bobagens! Como o pai poderia sequestrar Julieta? Ela já tem seis anos e você nunca a trouxe para nos visitar. O pai só queria vê-las.- Seis anos atrás, vocês me expulsaram desta casa, e desde então eu me desliguei da família Ribeiro. O que temos agora?Gabriel olhou para ela com superioridade, num tom educativo:- Laços de sangue não são algo que você pode simplesmente cortar. Vá perguntar ao tribunal de Viso se é possível cortar relações pai-filha assim.Aline sorriu com desprezo:- O tribunal de Viso, onde você manda! Thiago atropelou e matou alguém, mas você fez Mateus assumir a culpa e ir para a prisão. Gabriel, governador, distorcer a verdade é o que você faz de melhor! Por que perguntar a mim?Gabriel, num acesso de raiva, deu um tapa forte no rosto de Aline.- Mulher desprezível!O canto da boca de Aline
Aline segurava Julieta, com os olhos inchados de tanto chorar, encarando Gabriel, e disse com ódio:- Gabriel, você é pior que um animal!Aline pegou a desmaiada Julieta e começou a descer as escadas.Gabriel sinalizou para seu assistente:- Não deixe Aline fugir. Não podemos decepcionar a família Pinto!- Sim, eu vou falar com a Srta. Aline....O carro de Antônia estava estacionado na entrada da mansão Ribeiro.Antes, ela havia tentado entrar com Aline, mas foi recusada.Aline disse que não tinha certeza do que enfrentaria lá dentro e queria manter pelo menos um pouco de dignidade.Ela provavelmente sabia o quão desprezível e repugnante era o pai de Aline, o governador do Viso...Enquanto Antônia ponderava se deveria entrar, viu Aline sair pela porta da frente carregando a inconsciente Julieta. O canto da boca de Aline estava sangrando.- Aline, o que aconteceu com sua boca? Aquele velho te bateu?Antônia perguntou, indignada.Aline, ignorando a dor em seu rosto, apressadamente coloc
Antônia finalmente entendeu.Não é à toa que Aline vinha cantando para ganhar dinheiro ultimamente. Era tudo para juntar dinheiro para a cirurgia de Julieta.- Ok, obrigada, doutor.Quando o médico saiu, Julieta na cama também acordou. Ela puxou a mão de Antônia, com a respiração fraca:- Madrinha, onde está minha mãe?- Sua mãe teve um imprevisto, mas logo voltará.Julieta não acreditou e balançou a cabeça:- Madrinha, você pode encontrar alguém para salvar minha mãe? Meu avô é muito mau, tenho medo que eles maltratem minha mãe.Sim, Gabriel era terrível, e Manuel não era melhor.Antônia acariciou a mão da menina:- Descanse um pouco. Vou lá fora fazer uma ligação. Não se preocupe, Julieta, já vou encontrar alguém para salvar sua mãe.Julieta acenou obedientemente:- Obrigada, madrinha.Antônia fechou a porta do quarto e, depois de pensar um pouco, decidiu ligar para Francisco.Mateus odiava Aline agora e provavelmente não se importaria com o que acontecesse com ela. Mas Francisco ain
- Sara, pare com isso!Francisco imediatamente pegou o telefone de Sara, tentando explicar:- Mateus, não ouça a Sara, ela está brincando. Eu...Mas, obviamente, Francisco não conseguia enganar Mateus.- Já te disse, não se meta mais nos assuntos da Aline. Agora até você ignora minhas ordens?A voz de Mateus era fria e dura.Francisco percebeu o significado dessas palavras; se ele insistisse em ir, Mateus ficaria furioso, podendo até afetar a relação entre eles.Mas ainda assim, ele estava preocupado e tentou defender Aline:- Mateus, Aline foi se desculpar com a família Pinto. Na última vez, ela só escapou porque entrou no seu carro. Se não a ajudarmos agora, ela pode estar em perigo de vida!Mas Mateus era ainda mais implacável do que ele pensava.- Isso é problema dela, não tem nada a ver comigo, nem com você.E antes que Francisco pudesse dizer mais alguma coisa, Mateus já havia desligado o telefone.Sara não se surpreendeu:- Viu só? Mateus não vai deixar você ajudar aquela mulher
Laura sorriu levemente:- Gabriel, não fique bravo, mantenha a calma. Aline é sensata, sabe que errou e veio se desculpar rapidamente. Errar é humano, o importante é corrigir os erros.Gabriel imediatamente pressionou:- Aline, você ainda não se desculpou?Aline ficou em silêncio, com os olhos baixos, parecendo uma muda.Manuel, cheio de ressentimento, zombou:- Sr. Gabriel, parece que a família Ribeiro não está tão interessada assim em se aliar à família Pinto, tamanha falta de sinceridade!- Aline é apenas teimosa, ela me disse em casa que sabe que errou...Manuel riu arrogante:- Sabe que errou? Não estou vendo isso. Ela bateu na minha cabeça, fui ao hospital e descobri que tenho uma concussão grave, talvez até sequelas. Com o laudo médico, posso processá-la por agressão intencional!Gabriel ficou constrangido e advertiu Aline em voz baixa:- Você quer acabar na prisão? Aline, não se esqueça, aquela pequena bastardinha ainda precisa de você. Se você não resolver esse casamento hoje,
Aline avançou para a chuva torrencial, logo ficando completamente encharcada. Vestida em um vestido de gala e sapatos de salto alto, ela logo percebeu que os sapatos eram um incômodo naquela situação. Ela tirou os saltos e ajoelhou-se na lama e chuva.Manuel assistia do terraço do segundo andar de sua mansão, bebendo champanhe gelado, observando tudo. Aline se prostrava a cada passo, subindo até o topo da montanha. As pedras afiadas e irregulares do caminho cortaram seus joelhos, solas dos pés, palmas das mãos e testa.Manuel, porém, achava que não era o suficiente. Ele se levantou e, apoiando-se no corrimão branco do terraço, observou com desdém: - Srta. Aline, você só está se prostrando, sem pedir desculpas. Como os deuses podem ouvi-la? Ou será que você nem quer se desculpar?Aline se levantou, subiu mais um degrau e se ajoelhou novamente. Seu rosto estava frio, sem emoção. Ela disse: - Eu estava errada. Ela estava errada por ter traído Mateus há seis anos.Manuel zombou del
- Você acha que pedir desculpa agora adianta alguma coisa?A voz familiar, profunda e indiferente do homem fez Aline ficar tensa de repente.Ela tentou apagar as lágrimas e manchas do rosto, mas suas mãos estavam sujas, e ela não conseguiu limpá-las completamente.Ela nem ousou levantar a cabeça para olhar nos olhos dele...Nesse momento, ela se sentia mais insignificante que o pó, enquanto Mateus parecia um deus supremo.Sob a tempestade, um sombrio guarda-chuva preto criava um pequeno oásis de calma.Aline ajoelhada, Mateus em pé.Não se sabe quanto tempo ficaram assim, até que a figura ajoelhada desmaiou completamente.No último instante antes de perder a consciência, Aline sentiu braços fortes a levantarem, como nos velhos tempos.O calor do peito dele, que ela tanto ansiava...Mas, infelizmente, não lhe pertencia mais....Viso, Hotel Majestoso Encanto.Francisco, ansioso, andava de um lado para o outro na porta da suíte, até ver a porta do elevador se abrir e Mateus, com Aline de