Antônia finalmente entendeu.Não é à toa que Aline vinha cantando para ganhar dinheiro ultimamente. Era tudo para juntar dinheiro para a cirurgia de Julieta.- Ok, obrigada, doutor.Quando o médico saiu, Julieta na cama também acordou. Ela puxou a mão de Antônia, com a respiração fraca:- Madrinha, onde está minha mãe?- Sua mãe teve um imprevisto, mas logo voltará.Julieta não acreditou e balançou a cabeça:- Madrinha, você pode encontrar alguém para salvar minha mãe? Meu avô é muito mau, tenho medo que eles maltratem minha mãe.Sim, Gabriel era terrível, e Manuel não era melhor.Antônia acariciou a mão da menina:- Descanse um pouco. Vou lá fora fazer uma ligação. Não se preocupe, Julieta, já vou encontrar alguém para salvar sua mãe.Julieta acenou obedientemente:- Obrigada, madrinha.Antônia fechou a porta do quarto e, depois de pensar um pouco, decidiu ligar para Francisco.Mateus odiava Aline agora e provavelmente não se importaria com o que acontecesse com ela. Mas Francisco ain
- Sara, pare com isso!Francisco imediatamente pegou o telefone de Sara, tentando explicar:- Mateus, não ouça a Sara, ela está brincando. Eu...Mas, obviamente, Francisco não conseguia enganar Mateus.- Já te disse, não se meta mais nos assuntos da Aline. Agora até você ignora minhas ordens?A voz de Mateus era fria e dura.Francisco percebeu o significado dessas palavras; se ele insistisse em ir, Mateus ficaria furioso, podendo até afetar a relação entre eles.Mas ainda assim, ele estava preocupado e tentou defender Aline:- Mateus, Aline foi se desculpar com a família Pinto. Na última vez, ela só escapou porque entrou no seu carro. Se não a ajudarmos agora, ela pode estar em perigo de vida!Mas Mateus era ainda mais implacável do que ele pensava.- Isso é problema dela, não tem nada a ver comigo, nem com você.E antes que Francisco pudesse dizer mais alguma coisa, Mateus já havia desligado o telefone.Sara não se surpreendeu:- Viu só? Mateus não vai deixar você ajudar aquela mulher
Laura sorriu levemente:- Gabriel, não fique bravo, mantenha a calma. Aline é sensata, sabe que errou e veio se desculpar rapidamente. Errar é humano, o importante é corrigir os erros.Gabriel imediatamente pressionou:- Aline, você ainda não se desculpou?Aline ficou em silêncio, com os olhos baixos, parecendo uma muda.Manuel, cheio de ressentimento, zombou:- Sr. Gabriel, parece que a família Ribeiro não está tão interessada assim em se aliar à família Pinto, tamanha falta de sinceridade!- Aline é apenas teimosa, ela me disse em casa que sabe que errou...Manuel riu arrogante:- Sabe que errou? Não estou vendo isso. Ela bateu na minha cabeça, fui ao hospital e descobri que tenho uma concussão grave, talvez até sequelas. Com o laudo médico, posso processá-la por agressão intencional!Gabriel ficou constrangido e advertiu Aline em voz baixa:- Você quer acabar na prisão? Aline, não se esqueça, aquela pequena bastardinha ainda precisa de você. Se você não resolver esse casamento hoje,
Aline avançou para a chuva torrencial, logo ficando completamente encharcada. Vestida em um vestido de gala e sapatos de salto alto, ela logo percebeu que os sapatos eram um incômodo naquela situação. Ela tirou os saltos e ajoelhou-se na lama e chuva.Manuel assistia do terraço do segundo andar de sua mansão, bebendo champanhe gelado, observando tudo. Aline se prostrava a cada passo, subindo até o topo da montanha. As pedras afiadas e irregulares do caminho cortaram seus joelhos, solas dos pés, palmas das mãos e testa.Manuel, porém, achava que não era o suficiente. Ele se levantou e, apoiando-se no corrimão branco do terraço, observou com desdém: - Srta. Aline, você só está se prostrando, sem pedir desculpas. Como os deuses podem ouvi-la? Ou será que você nem quer se desculpar?Aline se levantou, subiu mais um degrau e se ajoelhou novamente. Seu rosto estava frio, sem emoção. Ela disse: - Eu estava errada. Ela estava errada por ter traído Mateus há seis anos.Manuel zombou del
- Você acha que pedir desculpa agora adianta alguma coisa?A voz familiar, profunda e indiferente do homem fez Aline ficar tensa de repente.Ela tentou apagar as lágrimas e manchas do rosto, mas suas mãos estavam sujas, e ela não conseguiu limpá-las completamente.Ela nem ousou levantar a cabeça para olhar nos olhos dele...Nesse momento, ela se sentia mais insignificante que o pó, enquanto Mateus parecia um deus supremo.Sob a tempestade, um sombrio guarda-chuva preto criava um pequeno oásis de calma.Aline ajoelhada, Mateus em pé.Não se sabe quanto tempo ficaram assim, até que a figura ajoelhada desmaiou completamente.No último instante antes de perder a consciência, Aline sentiu braços fortes a levantarem, como nos velhos tempos.O calor do peito dele, que ela tanto ansiava...Mas, infelizmente, não lhe pertencia mais....Viso, Hotel Majestoso Encanto.Francisco, ansioso, andava de um lado para o outro na porta da suíte, até ver a porta do elevador se abrir e Mateus, com Aline de
- Aline, eu não sou o seu Dr. Rui.Mateus tentava afastar as mãos delicadas que o envolviam.Encostada em suas costas, Aline murmurou roucamente:- Você é o Mateus... deixa eu te abraçar um pouco...Como ela poderia se enganar?Ele era Mateus, o homem que ela amou por seis anos e tentou esquecer por outros seis. Ela não podia estar errada.O Mateus inesquecível sempre a fazia sofrer, vez após vez.Há um ditado que diz: se você encontra alguém deslumbrante na juventude, mas não pode ficar com ele, ninguém mais que encontrar depois se compara, e isso pode atrasar sua vida inteira.Ela estava tão fria, abraçando-o com força em sua consciência turva, buscando mais calor em seu corpo.Parece que ele não conseguia afastá-la.Mateus fechou os olhos por um momento e, de repente, virou-se, segurou seu delicado pescoço e a pressionou na cama, deitando-se sobre ela.Seus olhos profundos e frios a fixavam, perigosos:- Está frio, é? Aline, você pediu por isso!Ele segurou um comprimido para febre,
- Não acredito nisso! Ah, você disse que o Mateus já tem uma noiva, e ele cuidando da Aline em Viso hoje à noite, a noiva dele não se importa?- O Mateus com a Clara é só de fachada. E você ainda não entende o Mateus? O que ele quer fazer, ele faz, sem ter que dar satisfações a ninguém.Sara pensativa:- Entendi... Irmão, estou com sono, vou desligar.- Então durma cedo. Amanhã quando eu voltar para Aeminium, chamarei o Mateus e os outros para te receber.- Ótimo!...Após desligar o telefone, Sara apagou a luz e ficou deitada na cama, sem conseguir dormir.Ela ficou pensando, segurando o celular, um tanto ressentida.Recentemente, ela soube do noivado do Mateus, e apesar de também não gostar da Clara, Clara era pelo menos muito melhor que a Aline.Aline era uma mulher malvada e desprezível.Qualquer um, menos Aline, poderia ficar com o Mateus.Aline não só fez com que Mateus fosse preso, mas quase o matou. Aline era um desastre!Ela ligou para Clara:- Srta. Clara? Sou Sara, a irmã
Quando Clara estava prestes a dar uma lição em Aline, se ouviu uma batida na porta. Era a voz de Pedro:- Srta. Clara, o Sr. Mateus quer falar com você, ele está no carro na entrada do hotel.Clara imediatamente recuou, cruzou os braços e olhou para Aline com arrogância:- O Sr. Mateus está me chamando, então vou ter que me despedir.Depois que Clara saiu, a porta da suíte ficou aberta. Pedro, parado na porta, disse:- Srta. Aline, estas são as roupas femininas que o Sr. Mateus comprou para você na loja, você pode se vestir.- Ok, obrigada.Pedro colocou a sacola de papel na porta e se foi.Aline, enrolada em um roupão, foi pegar as roupas. As dela tinham sido rasgadas na noite passada, não dava mais para usar.Ao sair da cama, suas pernas vacilaram... quase não conseguiu se manter em pé.Se lembrando da audácia da noite anterior, seu rosto esquentou. Após um banho quente, ela abriu a sacola de roupas e viu que havia roupas íntimas descartáveis, limpas e do tamanho certo. Ela se surpre