Clara Tommaso Rebolo enquanto estou montada nos quadris de Marco, não aguentarei mais tempo, meu corpo dá os primeiros sinais de que meu clímax está chegando. Quero que ele chegue junto, uno nossos lábios e todos os movimentos se tornam mais profundos quando nossas línguas deslizam lentamente uma na outra. Chupo a sua língua e me derreto. Como pode ter um beijo tão gostoso assim? É viciante, Marco, como sou louca por você. Meus dedos dos pés envergam, eu estou tão perto, minha espinha arrepia e ainda com meus lábios nos dele, deixo que escape um gemido alto o suficiente. Sinto quando começo a pressionar Marco, com tanta força e desejo, o olhar dele preso ao meu perversamente e com mais um brilho que eu não reconheço, ou talvez esteja louca demais para decifrar. Nesse momento que ficamos nos encarando, eu sinto o líquido quente dele em mim, ambos gemendo alto o suficiente para acordar o prédio inteiro. — Eu amo você! — Em um momento de fraqueza deixa escapar de seus lábios uma co
Clara Tommaso Abraço o corpo dele com força, o fogo ao nosso redor chega cada vez mais perto, temo por minha vida, e começo a tossir. Não vou te deixar aqui. Arrasto seu corpo para longe do fogo, abro a porta de saída de emergência, fecho e deito Marco nas escadas, o elevador será impossível, olho ao redor buscando uma solução e me deparo com um líquido vermelho. Abaixo-me e confirmo que é sangue. Magno está ferido, portanto, desceu as escadas lentamente. Observo Marco no chão, ajoelho-me e beijo a mão dele. Te jurei com meu sangue que terias a minha lealdade, eu te amo, mas preciso fazer justiça por meu pai e por você, não me abandone, voltarei. Volto para a cobertura em chamas, procuro minha arma, e assim que a encontro pego, mas devido à quentura do lugar, ela está em brasas, deixo-a cair no chão por tamanha dor que senti ao me queimar. Merda! Pego mais uma vez a pistola, ignorando a dor que sinto. Foda-se a minha dor externa quando a minha interna é mil vezes maior. Com dor, v
Clara Tommaso Abro meus olhos e o som do ambiente é de máquinas hospitalares, observo o monitor ao meu lado e confirmo. Olho para a minha direita e encontro Elena, a mãe de Eric, que logo se aproxima e segura a minha mão, apertando com força. Sinto-me angustiada por lembrar da pessoa mais importante para mim. — Como Marco está? — Calma, não se abale, vou te contar tudo. — Não me peça calma depois do que aconteceu, quanto tempo estou dormindo? E cadê meu marido? — irritada, interrogo novamente. — Ele está vivo, bem, sem riscos, por sorte, o tiro que Marco levou no tórax não atingiu órgãos vitais, o ferimento causou apenas lesões em músculo e veias secundárias. — Alivio-me assim que ela disse isso, estou feliz por saber que meu marido está bem e sem riscos de vida. — Ele fez uma cirurgia de uma hora e meia, vai precisar de umas semanas para a saúde ser recuperada em 100%. — Ele tem mesmo o sangue de um escorpião, difícil de matar. — Sorrio. — Então você também tem, pois chegou
Marco Cesare Olho meu reflexo no espelho, secando meu cabelo com uma toalha branca pequena, desço por meu pescoço até o ombro, paro com a mão em cima da cicatriz do tiro que Magno me deu, o projétil atingiu as costas, mas saiu no ombro: o tiro da traição. Tive sorte! Já se passaram algumas semanas que estou nesse hospital, me sinto bem, mas os médicos precisam ter todas as certezas necessárias, não discuto isso, quero viver anos com a Clara. Submeto-me a todos os tratamentos e obedeço os especialistas para sair desse inferno. Estou cansado de ver minha mulher dormindo em uma poltrona, aliás, estou cansado por vê-la sem dormir, horas e horas trabalhando em um computador. Quando não é isso, dorme um pouco enquanto estou acordado, Clara tem medo que me matem pelo tempo que passo nesse lugar. Esse é meu maior incentivo de sair daqui para que ela respire e relaxe. Matou o assassino do pai, o homem que tentou tirar a minha vida, e ainda me salvou, quase acabou morrendo fazendo isso. Mesm
Clara Tommaso Após a alta de Marco, tivemos um contratempo, pois acabo desmaiando e revelando a ele o quanto estou fraca, mas o importante é que estamos em casa. Desço do carro feliz por finalmente chegar ao meu lar. Sou surpreendida por Marco, com um de seus braços em minhas costas e o outro nas minhas pernas, levantando-me. Sorrio, confusa: — Enlouqueceu? — Louco sempre fui por você! Pensou que eu esqueceria a nossa tradição? Vou cruzar a porta com minha linda esposa nos braços, protegendo-a de espíritos malignos. — Óbvio que vai, me fez casar de véu em uma igreja, usar algo branco, algo azul, uma coisa velha, uma nova, um presente e ainda escolheu o buquê. Tão italiano para um norte-americano. Essa ideia partiu de você, ou foi exigência do meu pai? — Conhece seu pai ao ponto de descobrir nosso segredo. Embora nosso casamento tenha sido pedido de Tommaso, eu gostei de manter a tradição italiana, porque costuma ser assim também no meu país. Outro detalhe: tivemos o azar do me
Clara Tommaso Ele abre o zíper da calça jeans e abaixa junto da cueca, enquanto tira o pé, atrapalha-se e quase cai, e eu gargalho. O olhar dele semicerra, morde a parte interna da bochecha e faz um beicinho lindo. Assim que se livra da calça, eu debocho: — Isso não foi nada sexy, Chefão! — Não era para ser, sua safada! — Endireita a coluna e caminha até parar na minha frente, a ereção de Marco me deixa com água na boca, a ansiedade corrói meus ossos. — Sabe o que quero fazer? — Com os lábios tão próximos dos meus, ele provoca e morde o meu lábio inferior. — O que deseja? — Vou te dar prazer em frente a esse espelho, quero que veja como seu corpo reage sobre minhas carícias e nosso encaixe. — Sim, faça o que quiser… Com os olhos presos aos meus, Marco alisa meu cabelo e analisa cada detalhe do meu rosto, deixa beijos na minha mandíbula e desce com chupões por meu pescoço, minha pele arrepia diante do seu carinho. Levo minhas mãos aos braços dele e deslizo gradualmente até o
Clara Tommaso— Vai me contar quem é esse homem, ou se fechará? — Marco chama a minha atenção e ao ouvir a voz dele, um choque me desperta, pois agora eu me dou conta do que está em jogo. — É difícil, e agora ele virá atrás de você — respondo.— Me conte tudo, Clara, como o conheceu, como ele é, se vou lutar com um homem que te abala assim, então preciso ter estratégias necessárias para acabar com ele. — Não sabe o quanto é confuso e perigoso, o que esse homem pode te fazer… — Prefere me manter no escuro? — Ele se aproxima e segura minhas mãos, aperta e procura meu olhar: — Olhe para mim, seja quem ele for, não é maior que nosso amor, ou é? Só de lembrar o quanto Jack me marcou negativamente, fecho os olhos e volto a Londres, as dores que me causou sobre tortura, e a pior: aborto forçado, que quase me matou. — Abra os olhos e diga que venceremos isso juntos! — Ele agora sacode meus ombros, abro os olhos e deixo lágrimas caírem, toda a dor está em grande escala. — Sinto muito. —
Marco Cesare Assim que ela joga aquelas palavras para mim, levanto e ando por todo o quarto, buscando compreender essa merda. Não sou um babaca, nunca faria mal a Clara, ainda mais se soubesse que ela estava grávida. Ela fala, mas está tão distante, que sua voz se torna um burburinho, entra em um ouvido e sai pelo outro. Volto para a realidade quando interroga: — Entende? — Se entendo o quê? — esbravejo. — Marco… — Levanta e tenta se aproximar, mas me afasto. — Eu não sou ele! — Não é mesmo, e nunca disse nada dessa natureza. — Insinuou quando falou que não queria passar por isso de novo. Eu não machucaria você, Clara. — Não é isso, são os riscos que enfrentamos, não quero ser vulnerável novamente, por favor, me entenda. — Sempre sonhei em ser pai, formar uma família! — Sou sua família, Stella será sua filha. — Ela não é minha filha de sangue! — vocifero. — Será nossa filha, cuidaremos e educaremos ela, Marco. Me escute, por favor. — Quer dizer que pode criar outra