— O que a titia está rindo? — Perguntou Natália. — Ela só lembrou de uma coisa feliz. — Respondeu Zara. — Isso mesmo, estou feliz, muito feliz! — Melissa logo entrou na conversa, concordando com Zara. Em seguida, completou. — Vamos, Nati, eu levo vocês pra casa. — Ah... — Natália ainda parecia um pouco confusa, mas ninguém parecia disposto a dar mais explicações, e ela resolveu não insistir no assunto. Melissa fez questão de dirigir pessoalmente e levou todos até a Residência do Lago. Durante todo o trajeto, Melissa parecia estar de ótimo humor. Ela segurava o volante enquanto cantarolava baixinho, ansiosa para pegar o celular naquele instante e ligar para Orson, convencendo-o a ir até o hotel para pegar alguém no flagra. Mas Melissa se conteve. Afinal, de que adiantaria apenas Orson descobrir a traição? Ela queria que todo mundo soubesse, queria que a reputação dele fosse jogada na lama. — Não vai aprontar. — Zara disse diretamente, do banco de trás. Melissa hesitou po
Ao ouvir a resposta de Zara, Orson não falou mais nada. Ele simplesmente deixou a Residência do Lago acompanhado de seu médico. Quando chegou ao estacionamento, porém, ele viu Melissa parada ali, como se estivesse esperando por alguém. Por causa da relação entre ele e Zara, Melissa também não gostava de Orson. Mesmo ocupando uma posição em que seria mais sensato manter uma boa relação com ele, ela não fazia questão alguma de disfarçar sua antipatia. Mas, naquele dia, Melissa parecia estar de excelente humor. Ela até acenou para ele, com um sorriso no rosto: — Sr. Orson, como vai? Orson achou aquilo um tanto estranho, mas não disse nada. Ele apenas retribuiu o cumprimento com um leve aceno de cabeça e seguiu em direção ao carro. Melissa, no entanto, não iria deixar que ele fosse embora tão facilmente. Sobre o caso de traição de Jéssica, ela realmente queria causar um grande alvoroço. Todavia, as palavras de Zara ecoavam em sua cabeça. No fim das contas, o que acontecia entre
Os movimentos de Orson foram tão rápidos que, quando Melissa tentou pegar o celular de volta, quase prendeu os dedos na porta do carro. Orson, no entanto, nem sequer pediu desculpas. Ele simplesmente mandou o motorista dar partida e foi embora sem olhar para trás. Melissa ficou parada no mesmo lugar por alguns segundos, atordoada, até que finalmente recobrou os sentidos. Ela olhou para o carro que já se afastava e gritou: — Orson, você é maluco! Seu desequilibrado de uma figa! Você merece mesmo levar chifre! Obviamente, Orson não a respondeu. Na realidade, ele sequer tinha ouvido o que Melissa disse. Assim que entrou no carro, ele pegou o celular e ligou imediatamente para Jéssica. Ela atendeu rápido. — Sr. Orson. — Você encontrou a Zara hoje? Orson raramente mencionava esse nome. E, com Zara sumida de Cidade N por tanto tempo, o nome dela tinha se tornado quase estranho para Jéssica. Mesmo assim, Jéssica pensava rápido. Ela passou mentalmente pelas mulheres que tinha
O barulho repentino fez Natália levar um susto. Ela imediatamente se encolheu nos braços de Zara, com os olhos arregalados e fixos em Orson. Mas Orson não parecia notar a reação dela. Ele estava com o olhar cravado em Zara. — Sai daqui. — Disse ele, a voz firme. Assim que Orson falou, Natália agarrou a mão de Zara com força. — Mamãe, não vai! Natália sempre tinha demonstrado certa resistência em relação a Orson, mas, dessa vez, Zara percebeu que ela estava realmente com medo. Os pequenos dedos de Natália apertavam a mão de Zara com tanta força que estavam ficando pálidos. Zara tentou acalmá-la, falando em tom suave: — Não se preocupe, eu só vou sair por um instante para ver o que ele quer. — Não! — Natália balançou a cabeça com veemência, sem nem pensar duas vezes. Zara olhou para a porta. Orson continuava parado ali, imóvel. A expressão rígida em seu rosto e o jeito como ele apertava os lábios mostravam claramente sua irritação. Sentindo o aperto da filha ainda mai
O calor dentro do quarto só terminou de vez duas horas depois. O som da água vindo do chuveiro preenchia o ambiente, enquanto Zara Garcia, após alguns minutos de descanso, finalmente se levantava da cama. Suas pernas ainda tremiam, e ela se abaixou para pegar as roupas espalhadas pelo chão. As ações dele naquela noite tinham sido um pouco mais intensas do que o habitual, a ponto de sua mente ainda parecer vazia. Tentou abotoar o pijama várias vezes, mas seus dedos trêmulos falhavam repetidamente. Logo, o homem saiu do banheiro. Sua figura era alta e imponente, os traços do rosto fortes sem perder a beleza. Envolto apenas por uma toalha amarrada na cintura, gotículas de água deslizavam lentamente por seus músculos definidos, escorrendo pelo abdômen até desaparecerem. Ao notar que Zara ainda estava ali, ele franziu levemente as sobrancelhas. Zara, por sua vez, evitou olhá-lo diretamente. Mantendo o olhar fixo no botão do pijama, continuou travando sua pequena batalha silenciosa
Quem falava era Ophelia Brown, melhor amiga de Fiona e herdeira de um grande grupo empresarial.Ophelia e Fiona cresceram juntas. Desde sempre, Ophelia era uma das maiores apoiadoras do relacionamento entre Fiona e Orson. Agora, com Zara ocupando o lugar de Sra. Harris, Ophelia obviamente não nutria bons sentimentos por ela. Quando Ophelia viu Zara parada na porta, seu semblante continuava impassível, sem qualquer sinal de constrangimento ou desconforto.Foi Fiona quem quebrou o silêncio, chamando-a com suavidade:— Irmã, você veio?Zara apenas assentiu com a cabeça.— Vim te buscar. Já arrumou suas coisas?— Já sim. Vamos.Fiona respondeu de forma dócil, enquanto Zara se mantinha séria. Ophelia, no entanto, não conseguiu segurar a língua:— Sra. Harris, e o Sr. Orson? Hoje é o dia da alta da Fiona e ele não veio buscá-la?— Ele foi para a empresa. — Respondeu Zara, com tranquilidade.— Ah, parece que ele está muito ocupado. Só não sei se está tão ocupado assim ou se foi você quem não
Às sete da noite, Orson voltou pontualmente à mansão. Fiona estava na sala de estar naquele momento. Assim que o viu, deu alguns passos à frente, apressada. — Cunhado! Você voltou! Orson lançou-lhe um leve sorriso, erguendo os olhos logo em seguida. Zara, que observava a cena em silêncio, apertou os lábios e caminhou até ele para pegar o casaco que ele tirava. — O jantar está pronto. — Disse Zara, com o tom reservado de sempre. Na mesa, enquanto todos começavam a comer, Fiona olhou de relance para Zara antes de baixar o tom de voz: — Desculpa, cunhado. Estar aqui não está atrapalhando você e minha irmã? — Perguntou Fiona, com uma expressão hesitante. — Eu até falei pra mamãe que podia ficar sozinha, mas ela não quis deixar... — Não tem problema. — Respondeu Orson, sem hesitar. — Fique aqui o quanto precisar. Se precisar de algo, é só falar. — Sério? Não vai ser um incômodo? — Claro que não. — Srta. Fiona, a sua presença só traz alegria pra esta casa! — Comentou Iv
Zara sentiu o corpo estremecer e, num instante, abriu os olhos. Suas mãos se moveram com força, tentando empurrá-lo. Mas Orson parecia alheio a tudo. Com um movimento rápido e decidido, segurou os pulsos dela e a pressionou contra a parede. Seus gestos eram tão firmes e autoritários quanto sempre foram. Zara quis soltar um grito, mas algo lhe passou pela mente, e ela engoliu o som antes que escapasse. O barulho do chuveiro continuava, abafando qualquer ruído. Fora do banheiro, Fiona parecia não ter percebido nada e ainda insistia: — Cunhado? Zara virou o rosto para encarar Orson. Seu rosto estava vermelho — talvez pela raiva, talvez por outro motivo. Seus olhos estavam arregalados, carregados de emoção. Era um contraste gritante com sua habitual calmaria. Ela parecia mais viva do que nunca. Orson, ao vê-la assim, intensificou os movimentos, como se estivesse descarregando algo que carregava dentro de si. Seus corpos, perfeitamente sincronizados, levaram Zara a um clímax i