Ele levantou da sua cadeira a encarou e ficando automaticamente, aborrecido, franziu o cenho e batendo os punhos na mesa disse indignado: — Ouça Lucie, sei que me considera um louco, mas dizer que mexi no seu relógio de pulso já é demais!Ela, porém ainda de cenho franzido perguntou: — Onde estamos Leon, para onde me trouxe?— Chantilly. — Respondeu Leon de forma direta, e com olhar carregado. Ao ouvir isso, ele percebeu que Lucie deu um pequeno suspiro, caminhou até a janela do escritório, e de lá perguntou novamente:— Chantilly?!— Oui, chérie!(Sim, querida) Respondeu Leon de forma direta novamente, e contrariada enquanto cruzava os braços e observava a sua expressão de espanto.Lucie, então olhou para o seu relógio, depois para o relógio que havia em cima da mesa dele. Porém, o ponteiro do seu relógio continuava marcando o horário de forma igual. Ele acompanhou tal movimento, porém ela nada falou, apenas pareceu pensativa.E naquele momento, a mente de Lucie voltou a hora em que
— A sua faculdade ma belle? Meu Deus! nem se quer deveria perguntar-me isso! É lógico que jamais lhe proibiria, e é justamente por isso que voltaremos ainda na segunda-feira, para Paris. Sei Lucie o quanto está determinada a terminar o seu curso de administração e eu sempre vou apoia-la em seu objetivo. Falou ele, ela então voltou a encara-lo com o semblante fechado, e lhe perguntou: — Como você sabe qual curso eu faço? —Leon notou a forma que ela o olhou, no entanto, lhe respondeu de forma displicente: — Sei tudo que preciso saber, sobre você Lucie! Ela novamente falou: — Então você andou investigando a minha vida! Droga Leon, como deseja que tenhamos uma boa convivência, e possamos nos dar bem dessa forma?! — Falou ela, levantando da cadeira aproximando-se da mesa e batendo com os o punhos ferrado, enquanto o fuzilava com o olhar. Pondo as duas mãos nas têmporas novamente ele falou: — Por Deus Lucie! com você é dois minutos de paz, e um dia inteiro de guerra! Ela lhe res
E ela agradecia muito ao amigo de Leon por sua descrição, e por não comentar nada do que aconteceu na noite anterior. Visto que infelizmente era notável até mesmo a distância a destruição que estava o bosque. Ela observou também que Leon já havia contratado homens para o replantio de algumas árvores ali, porém Lucie procurou não olhar muito para aquela direção visto que as lembranças da noite anterior ainda estavam na sua mente. Então voltando novamente a sua atenção para eles, e notou que o sorriso de Leon se tornou ainda mais bonito, e Lucie não deixou de observa os belos traços do rosto dele, de forma que a deixou extasiada. Porém, ficou corada quando novamente Leon a flagrou a observa-lo, e lhe sorriu malicioso. Ela ficou nervosa tanto que não ouviu a pergunta do amigo dele, e foi o próprio Leon quem teve que reformular a pergunta, quando ela falou encabulada: — Desculpa não ouvi sua pergunta, o que disse? — Sidney está bobo, com a cor do seu cabelo e dos seus olhos querida,
Porém, no momento que eles estavam falando sobre isso, uma jovem empregada que Lucie conheceu por nome de Amélie chegou até o terraço, com mais uma bandeja e perguntou a todos, aparentemente de forma nervosa, rápida e engraçada: — Desejavam mais croissant, pain au chocolat, geleias de frutas, pão com a manteiga, café, chá, chocolate quente ou suco de laranja senhores? — Sidney e Lucie se entre olharam e riram, Leon, porém franziu o cenho e perguntou: — Está nervosa Amélie? — a empregada, apenas baixou a cabeça, ele então ainda olhando para ela respondeu: — Obrigado, mas já estou satisfeito. — Sidney e Lucie também falaram a mesma coisa, nesse momento Leon sorriu para Lucie e falou: —Acho que Amélie está nervosa por sua causa querida. — Concordo com você amigo! Falou também Sidney, Lucie intrigada perguntou: — Por minha causa? por quê? — Acho que ela tem medo de lhe desagradar! — falou ele dando de ombros. — É verdade Amélie? Perguntou Lucie que sempre gostou de tratar t
Lucie ainda estava sorrindo quando então, parou para pensar:— Leon tem razão precisamos conversar, e com certeza também preciso para de ficar tão na defensiva quando estou com ele. É impossível viver essa eterna briga, mas por algum motivo Leon sempre consegue me aborrecer. Porém o que mais me aborrece são as próprias atitudes do meu corpo em relação a ele, e eu não sei explicar o porque...Ela ainda estava pensando nisso quando de repente foi interrompida por Amélie, que chegou e lhe perguntou:— Senhora deseja mais alguma coisa? — Lucie a encarou de forma seria, e olhou nos olhos da garota, para ver se via novamente aquelas coisas que viu anteriormente, porém nada aconteceu. Amélie, porém ficou aparentemente desconcertada e lhe perguntou apreensiva:— Algum problema senhora? — Lucie percebeu que como Leon comentou a moça estava com medo dela, de desagrada-la, por isso se levantou e lhe respondeu sorrindo:— Não Amélie, não há problema algum desculpe a forma como a encarei foi invol
Porém, antes deles se dirigirem para sala de janta, Lucie pegou os braços de Leon suavemente e falou: — Sim Leon gostaria de almoçar com você, porém antes você precisa saber que... bem tomei a liberdade de trazer Kassiani comigo, espero que não tenha problemas, sei que devia ter o consultado antes, mas é que Kassiani para mim é como uma mãe entendi? Ao fazer essa pergunta, Lucie esperou a resposta, mas quando percebeu que Leon ficou calado, imaginou que ele estava aborrecido com a sua decisão. Ele porém, estava absorto no toque suave de suas mãos, e automaticamente, sua mente o fez imaginar ela percorrendo o seu corpo todo com aquelas mãos pequenas e quentes e para manter seu instinto sobre controle, se forçou a encará-la. Só então Leon observou que os olhos dela mostravam um ar preocupado, então entendeu o porquê, por isso sorrindo a tranquilizou dizendo: — Claro que não chérie, não tem problema algum, na verdade eu que fui um tolo, pois deveria ter sugerido isso muito antes, af
Leon ficou surpreso quando chegaram, pois ela passou direto para a biblioteca de Chantilly. Ele a observou por um momento, os lábios curvando-se em um sorriso intrigado antes de perguntar: — Então você gosta da biblioteca de Chantilly? Lucie mal olhou para ele, os dedos deslizando pelas lombadas dos livros com uma familiaridade quase íntima. — Sim. Desde pequena, eu insistia para que meus pais me trouxessem aqui. Ela realmente parecia fascinada pelo lugar. Seus olhos brilhavam, e um sorriso quase inconsciente aparecia em seu rosto enquanto percorria as enormes estantes de livros antigos. Leon a acompanhava em silêncio, observando-a com atenção, até que, de repente, ela parou na seção de fantasia e começou a puxar volume após volume com uma urgência estranha. — O que você está procurando? — perguntou Leon, aproximando-se. Lucie hesitou. Naquele momento, ela estava desesperada por respostas—qualquer coisa que pudesse explicar os sonhos que a assombravam, as visões que não faziam
CAPÍTULO 26 – ESSA É A MINHA FORMA DE AMAR Leon não se intimidou com o olhar furioso dela. Seus próprios olhos queimavam com uma intensidade quase palpável quando respondeu, a voz grave e firme: — Sim, você precisava de proteção. Minha proteção. E quanto mais eu sabia sobre você, mais eu precisava te conhecer. — Ele inclinou-se para frente, os dedos se fechando lentamente, como se contivessem a necessidade de tocá-la. — Você sempre esteve tão sozinha, mon amour. Mas nunca fraquejou. Nunca abandonou seus estudos, nunca desistiu... mesmo quando seu pai te consumia viva. Lucie sentiu um calafrio percorrer sua espinha. Ele sabia tudo. Cada detalhe. Cada fraqueza. — Você também investigou meu pai? — perguntou, a voz saindo mais cortante do que pretendia. Leon não desviou o olhar. — Ele te deixava vulnerável. Seus vícios, suas dívidas... Eu sabia que você estava em perigo. Por isso mandei meus homens te vigiarem. Ela se levantou de um salto, as mãos tremendo de raiva. — Maldiç