Lucie sorriu com sarcasmo, e respondeu-lhe: — Não faz idéia, já falei e não vou voltar a repetir. Sei que não me ama, o que sente por mim, é um simples e mero capricho, alimentado por seu alter ego. Deseja meu corpo e como não te desejo, decidiu que precisa me conquistar, fingindo esse falso amor.Pela primeira vez Leon entendeu Lucie, ela acreditava que se, o que ele dizia sentir, fosse simplesmente uma mentira. No fim ela poderia acabar se apaixonando por um demônio, que era como ela lhe chamava. Ao perceber isso sorriu feliz, pois agora Leon já sentia uma leve esperança em seu coração. Então olhando para ela, ele pensou:— Como posso provar a ela que não sou quem ela pensa, e que realmente a amo de verdade? — E enquanto pensava isso, viu Lucie caminhar até o closet e escolher uma roupa, então ainda de costas para ele falou:— Além disso, acredito que você não está realmente arrependido pelo o que fez a mim ontem, afinal para você não importa nada o que eu sinto.— Por que acredita
Ele levantou da sua cadeira a encarou e ficando automaticamente, aborrecido, franziu o cenho e batendo os punhos na mesa disse indignado: — Ouça Lucie, sei que me considera um louco, mas dizer que mexi no seu relógio de pulso já é demais!Ela, porém ainda de cenho franzido perguntou: — Onde estamos Leon, para onde me trouxe?— Chantilly. — Respondeu Leon de forma direta, e com olhar carregado. Ao ouvir isso, ele percebeu que Lucie deu um pequeno suspiro, caminhou até a janela do escritório, e de lá perguntou novamente:— Chantilly?!— Oui, chérie!(Sim, querida) Respondeu Leon de forma direta novamente, e contrariada enquanto cruzava os braços e observava a sua expressão de espanto.Lucie, então olhou para o seu relógio, depois para o relógio que havia em cima da mesa dele. Porém, o ponteiro do seu relógio continuava marcando o horário de forma igual. Ele acompanhou tal movimento, porém ela nada falou, apenas pareceu pensativa.E naquele momento, a mente de Lucie voltou a hora em que
— A sua faculdade ma belle? Meu Deus! nem se quer deveria perguntar-me isso! É lógico que jamais lhe proibiria, e é justamente por isso que voltaremos ainda na segunda-feira, para Paris. Sei Lucie o quanto está determinada a terminar o seu curso de administração e eu sempre vou apoia-la em seu objetivo. Falou ele, ela então voltou a encara-lo com o semblante fechado, e lhe perguntou: — Como você sabe qual curso eu faço? —Leon notou a forma que ela o olhou, no entanto, lhe respondeu de forma displicente: — Sei tudo que preciso saber, sobre você Lucie! Ela novamente falou: — Então você andou investigando a minha vida! Droga Leon, como deseja que tenhamos uma boa convivência, e possamos nos dar bem dessa forma?! — Falou ela, levantando da cadeira aproximando-se da mesa e batendo com os o punhos ferrado, enquanto o fuzilava com o olhar. Pondo as duas mãos nas têmporas novamente ele falou: — Por Deus Lucie! com você é dois minutos de paz, e um dia inteiro de guerra! Ela lhe res
E ela agradecia muito ao amigo de Leon por sua descrição, e por não comentar nada do que aconteceu na noite anterior. Visto que infelizmente era notável até mesmo a distância a destruição que estava o bosque. Ela observou também que Leon já havia contratado homens para o replantio de algumas árvores ali, porém Lucie procurou não olhar muito para aquela direção visto que as lembranças da noite anterior ainda estavam na sua mente. Então voltando novamente a sua atenção para eles, e notou que o sorriso de Leon se tornou ainda mais bonito, e Lucie não deixou de observa os belos traços do rosto dele, de forma que a deixou extasiada. Porém, ficou corada quando novamente Leon a flagrou a observa-lo, e lhe sorriu malicioso. Ela ficou nervosa tanto que não ouviu a pergunta do amigo dele, e foi o próprio Leon quem teve que reformular a pergunta, quando ela falou encabulada: — Desculpa não ouvi sua pergunta, o que disse? — Sidney está bobo, com a cor do seu cabelo e dos seus olhos querida,
Porém, no momento que eles estavam falando sobre isso, uma jovem empregada que Lucie conheceu por nome de Amélie chegou até o terraço, com mais uma bandeja e perguntou a todos, aparentemente de forma nervosa, rápida e engraçada: — Desejavam mais croissant, pain au chocolat, geleias de frutas, pão com a manteiga, café, chá, chocolate quente ou suco de laranja senhores? — Sidney e Lucie se entre olharam e riram, Leon, porém franziu o cenho e perguntou: — Está nervosa Amélie? — a empregada, apenas baixou a cabeça, ele então ainda olhando para ela respondeu: — Obrigado, mas já estou satisfeito. — Sidney e Lucie também falaram a mesma coisa, nesse momento Leon sorriu para Lucie e falou: —Acho que Amélie está nervosa por sua causa querida. — Concordo com você amigo! Falou também Sidney, Lucie intrigada perguntou: — Por minha causa? por quê? — Acho que ela tem medo de lhe desagradar! — falou ele dando de ombros. — É verdade Amélie? Perguntou Lucie que sempre gostou de tratar t
Lucie ainda estava sorrindo quando então, parou para pensar:— Leon tem razão precisamos conversar, e com certeza também preciso para de ficar tão na defensiva quando estou com ele. É impossível viver essa eterna briga, mas por algum motivo Leon sempre consegue me aborrecer. Porém o que mais me aborrece são as próprias atitudes do meu corpo em relação a ele, e eu não sei explicar o porque...Ela ainda estava pensando nisso quando de repente foi interrompida por Amélie, que chegou e lhe perguntou:— Senhora deseja mais alguma coisa? — Lucie a encarou de forma seria, e olhou nos olhos da garota, para ver se via novamente aquelas coisas que viu anteriormente, porém nada aconteceu. Amélie, porém ficou aparentemente desconcertada e lhe perguntou apreensiva:— Algum problema senhora? — Lucie percebeu que como Leon comentou a moça estava com medo dela, de desagrada-la, por isso se levantou e lhe respondeu sorrindo:— Não Amélie, não há problema algum desculpe a forma como a encarei foi invol
Porém, antes deles se dirigirem para sala de janta, Lucie pegou os braços de Leon suavemente e falou: — Sim Leon gostaria de almoçar com você, porém antes você precisa saber que... bem tomei a liberdade de trazer Kassiani comigo, espero que não tenha problemas, sei que devia ter o consultado antes, mas é que Kassiani para mim é como uma mãe entendi? Ao fazer essa pergunta, Lucie esperou a resposta, mas quando percebeu que Leon ficou calado, imaginou que ele estava aborrecido com a sua decisão. Ele porém, estava absorto no toque suave de suas mãos, e automaticamente, sua mente o fez imaginar ela percorrendo o seu corpo todo com aquelas mãos pequenas e quentes e para manter seu instinto sobre controle, se forçou a encará-la. Só então Leon observou que os olhos dela mostravam um ar preocupado, então entendeu o porquê, por isso sorrindo a tranquilizou dizendo: — Claro que não chérie, não tem problema algum, na verdade eu que fui um tolo, pois deveria ter sugerido isso muito antes, af
Leon ficou surpreendido, quando chegaram, pois ela passou direto para a biblioteca de Chantilly, ele então sorrindo perguntou: — Então você gosta da biblioteca de chantilly? — Sim, desde quando eu era pequena vivia insistindo para meus pais me trazerem aqui. — responde Lucie com um olhar interessado. E ela realmente parecia gostar da biblioteca, pois sorria enquanto apreciava os livros, e Leon a acompanhava observando-a, enquanto ela passeava por aquelas enormes fileiras de livros antigos. Então de repente, Lucie se detém na seção de fantasia, e começa puxar vários livros. — O que você procura aqui? — pergunta Leon, curioso. Lucie hesita, pois naquele momento estava tentando encontrar livros que pudesse lhe ajudar a entender seus sonhos surreais. E também tentando criar coragem para lhe falar sobre tal assunto, principalmente sobre o que aconteceu a noite passada e o porque aqueles sonhos a afetava de forma direta, porém sem coragem de dizer apenas falou: — Só procurando in