Ambos se encaram ofegantes, tentando recuperar o fôlego. Hazel fecha os olhos, sentindo-o ainda pulsar dentro dela, uma sensação de completude inexplicável a envolvendo. Ela o abraça e deita a cabeça no ombro dele, recebendo um beijo suave nos cabelos, que a deixa ainda mais satisfeita.— Você é incrível, Hazel. — Murmura Hunter, acariciando os cabelos dela.Ela sorri contra o ombro dele, apreciando o momento de intimidade compartilhada. Seus corpos relaxam lentamente, o calor do momento ainda pairando no ar ao redor deles.Eles permanecem ali por alguns minutos, apenas apreciando a presença um do outro, o mundo ao redor se tornando irrelevante. Naquele momento, tudo o que importa é a conexão profunda e sincera que compartilham.Finalmente, Hazel ergue o rosto e olha nos olhos de Hunter, um sorriso satisfeito nos lábios.— Acho que precisamos mesmo pedir aquele jantar. — Comenta Hazel, rindo suavemente.— Com certeza. — Concorda Hunter, pegando-a no colo. — Mas primeiro, um banho, jun
Audrey percorre o olhar por todo o corpo de Hazel, parando na toalha enrolada no cabelo, indicando que ela acabou de sair do banho. A visão de Hazel ali, tão íntima e confortável, faz o sangue de Audrey ferver. Sem dar chances de Hazel contestar, ela entra no apartamento, batendo seu ombro contra o dela com força.— Vadia. — Murmura Audrey, a palavra impregnada de veneno, enquanto avança em direção ao quarto de Hunter.— Droga. — Resmunga Hazel, fechando a porta com um suspiro frustrado e indo atrás de Audrey.Hazel segura Audrey pelo braço, tentando contê-la, mas dominada pela fúria, Audrey a empurra com força, fazendo-a bater contra a parede do corredor. Hazel solta um gemido de dor ao sentir o impacto.— Se deseja manter a sua vida, não se atreva a tocar em mim. — Ameaça Audrey, a voz afiada, enquanto segue em direção ao quarto.Hazel se recompõe, sentindo suas costas latejarem com a dor do impacto, e vai atrás de Audrey. Ela a vê entrando no quarto, o olhar de Audrey fixo na cama
Hunter para abruptamente, sentindo os batimentos acelerarem e o medo percorrer seu corpo. Sem pensar, ele se aproxima rapidamente de Hazel, puxando-a para trás de si, transformando-se em um escudo humano.— Audrey, abaixe essa arma — Pede Hunter, sua voz sai firme, mas um tremor incontrolável denuncia seu pânico crescente.— Não! — Grita Audrey, lágrimas torrenciais escorrendo pelo rosto. — Você não entende, não posso perdê-lo novamente!— Por favor, pense no que está fazendo! — Implora, a voz trêmula e desesperada, tentando penetrar a raiva e o desespero de Audrey. — Isso não é o que você quer, não é assim que as coisas devem terminar! — Afirma, sentindo o corpo de Hazel tremer e ouvindo os soluços assustados dela.— Cala a boca, Hunter, cala a sua maldita boca! — Vocifera, a voz trêmula de raiva e desespero, as lágrimas transformando sua visão em um borrão. — Saia da minha frente, ou juro que te mato também! — Ordena, tentando manter desesperadamente a arma firme na mão trêmula, enq
Hazel puxa Hunter para seus braços, encarando seu olhar rapidamente, que parece lutar entre permanecer aberto ou se fechar. Ela sente um líquido quente escorrer pelo braço e fixa o olhar no ombro dele, identificando o local onde a bala o atingiu.— Ai meu Deus! — Grita Hazel, o pânico transbordando em sua voz enquanto apoia a cabeça dele em suas pernas. — Hunter, fique comigo, por favor! — Implora, a voz embargada pelo desespero.Hunter tenta falar, mas apenas gemidos de dor escapam de sua boca. Hazel pressiona desesperadamente a ferida com as mãos trêmulas, seus olhos arregalados de terror. O sangue continua a escorrer, tingindo suas mãos e roupas de vermelho, e o desespero em seu rosto cresce a cada segundo. — Não, não, não! — Murmura Audrey, caindo de joelhos, com lágrimas escorrendo livremente enquanto observa o sangue se espalhar pelo chão. — Eu… eu não queria. — Gagueja, arrastando-se até ele, o rosto contorcido em agonia e arrependimento.— Fique longe dele! — Vocifera Hazel,
No banheiro, Hunter ouve os gritos de Hazel, e o desespero rasga seu peito. Ele puxa uma das toalhas debaixo de sua cabeça e pressiona seu ferimento, arfando de dor. O chão está encharcado pela enorme quantidade de sangue que ele já perdeu. Com um impulso, ele se senta, levantando-se abruptamente quando os gritos dela cessam. Ele sente tudo rodar ao seu redor e se apoia na pia para se manter de pé. Se apoiando nas paredes, ele vai em direção ao quarto.Ao passar pela porta, seus olhos se arregalam, piscando freneticamente enquanto observa a cena diante dele, Hazel deitada na cama, com a barriga para cima, os olhos fechados e o lençol encharcado de sangue. Seu coração bate descompassado enquanto ele se esforça para chegar até ela.— Hazel. — Murmura, sua voz rouca de medo e dor. Ele se arrasta até a cama, cada passo um esforço monumental, sua visão turva e as forças se esvaindo rapidamente. — Por favor, não me deixe.Ao alcançar a cama, Hunter cai de joelhos ao lado de Hazel, suas mãos
Hazel abre os olhos lentamente, mas a luz forte a faz fechá-los novamente. Gradualmente, ela vai se acostumando à claridade e tenta entender onde está. As lembranças voltam rapidamente à sua mente, trazendo uma onda de preocupação e medo. Sente uma mão apertar a sua e, ao olhar para o lado, vê sua irmã Kristen com uma expressão de alívio e preocupação.Ao se dar conta de que está no hospital, Hazel se senta bruscamente na cama, arrancando os soros dos braços em um movimento desesperado.— Onde está o Hunter? — Pergunta, a voz cheia de urgência, enquanto fecha os olhos ao sentir a dor dos acessos sendo puxados.— Hazel, fique calma, ele está bem, a irmã está com ele. — Responde Kristen, tentando acalmar Hazel.Hazel sente uma mistura de alívio e dor percorrer seu corpo. O ambiente estéril do hospital, com suas paredes brancas e o som constante dos monitores, intensifica a realidade da situação. Ela respira fundo, tentando acalmar-se, enquanto sua mente é inundada por preocupações sobre
Durante o atendimento, Hunter recebeu via intravenosa uma solução de Ringer Lactato para auxiliar na reposição de líquidos devido à perda de sangue. Agora, ele observa a bolsa de soro fisiológico pingar lentamente, enquanto absorve a conversa com os investigadores que estiveram no seu quarto.— O que planeja fazer, Hunter? — Pergunta Owen, chamando sua atenção.— Sinceramente, não sei! — Responde Hunter, sentando-se na cama e sentindo a dor no ombro. — Ela ficará detida até quando? — Questiona, com seriedade no olhar.— Provavelmente até o início da noite. — Informa, acomodando-se na poltrona. — A apresentação de uma testemunha ajudou a suavizar a gravidade dos atos. O advogado que a representa solicitou, ainda durante a manhã, que ela responda em liberdade, alegando legítima defesa. — Declara, provocando uma risada amarga de Hunter.— Legítima defesa? — Repete, incrédulo com o desenrolar dos acontecimentos. — Audrey apareceu na minha casa, armada, ameaçou minha acompanhante, atirou e
Hunter sorri e leva a mão dela aos seus lábios, depositando um beijo suave, sentindo-se imensamente agradecido por ela estar bem.— Eu queria ir te ver, mas não me permitiram. — Declara Hazel, tentando se sentar na cama, mas ele a impede gentilmente.— Não se esforce, você precisa repousar. — Diz Hunter, sentando-se na beirada da cama, voltado para ela. — Digamos que também não me permitiram. — Confessa, se ajustando na cama. — Então pode ser que daqui a pouco me procurem no teu quarto. — Informa, inclinando-se para dar um leve beijo nos lábios dela.Hazel sorri contra os lábios dele, sentindo o toque reconfortante de Hunter.— Eu estava tão preocupada. — Sussurra, os olhos brilhando com lágrimas não derramadas.— Eu também estava. — Responde suavemente, a voz carregada de emoção. — Estou aliviado por saber que vocês estão bem.Hunter acaricia o rosto dela levemente, sua mão descendo pelo corpo dela até pousar na barriga, onde ele continua com carícias afetuosas. Seu olhar está cheio