Hazel afasta lentamente as mãos do rosto, encarando o olhar impassível da amiga. Suas próprias palavras ecoam em sua mente enquanto seu coração bate desesperado em seu peito. O medo de se entregar a essa relação se torna insignificante diante da intensidade do que sente por ele.— Diga alguma coisa. — Pede Hazel, a voz trêmula de ansiedade, sentindo-se vulnerável e exposta.— Era para eu ficar surpresa? Qual é, amiga? Você estava apenas se enganando. Percebi naquela manhã que você estava apaixonada. — Afirma, puxando-a para um abraço reconfortante. — O sentimento é recíproco? — Pergunta, enquanto acaricia o cabelo dela com ternura.— Amiga, eu não posso garantir os sentimentos dele, mas a maneira como ele me olha, como me toca, como me cuida. — Faz uma pausa, sentindo as lembranças arderem em seu peito. — Faz eu acreditar que sim, que ele também está apaixonado por mim. — Sua voz quebra com a emoção. — Eu tentei resistir, juro que tentei, mas cada momento ao lado dele, meu coração se
Em seu escritório, após a extenuante reunião com os novos investidores, Hunter analisa as mudanças em sua agenda, sentindo uma onda de frustração crescer dentro de si. As alterações não apenas complicam sua rotina, mas também ameaçam projetos importantes. Ele tenta pensar em várias opções para contornar as mudanças, mas seu raciocínio é interrompido por batidas na porta. Irritado, fecha o notebook com força, as frustrações transbordando.— Entre! — Ordena Hunter, levantando-se irritado e caminhando até o bar.— Cheguei em um mau momento? — Pergunta Owen, entrando na sala e fechando a porta atrás de si.— O que você quer, Owen? — Pergunta, totalmente sem paciência, enquanto se serve de uma dose generosa de uísque. — Quer? — Acrescenta, encarando-o com seriedade, o copo já na mão.— Não, obrigado. — Responde, sentando-se em frente à mesa de Hunter. — Conversei com a senhorita Scott. — Declara, observando Hunter beber e se servir de outra dose.— Continue. — Ordena, a irritação evidente
Hunter não consegue conter o riso, seu coração aquecendo-se ao ver a cena adoravelmente desastrosa à sua frente. Ele observa-a nas pontas dos pés, evitando a sujeira e os vidros quebrados, e se aproxima dela, seus olhos brilhando de ternura. Com um gesto suave, ele a pega no colo, fazendo-a entrelaçar suas pernas em seu quadril e seus braços ao redor de seu pescoço. Seus lábios se encontram em um beijo intenso, profundo, que parece suprimir toda a saudade acumulada pelo pouco tempo que passaram longe um do outro.— Bem, a intenção conta, certo? — Pergunta Hazel, ofegante, exibindo um sorriso tímido e adorável.— Com certeza. — Responde Hunter, beijando-a novamente, seu coração batendo forte. — Mas vamos combinar uma coisa. — Sugere, colocando-a sentada no banco em frente à bancada. — Fique longe da cozinha, por favor. — Pede, arrancando uma gargalhada melodiosa dela.Hunter acaricia o rosto de Hazel, limpando um pouco da farinha ainda presente em suas bochechas. Seus olhos se encontra
Ambos se encaram ofegantes, tentando recuperar o fôlego. Hazel fecha os olhos, sentindo-o ainda pulsar dentro dela, uma sensação de completude inexplicável a envolvendo. Ela o abraça e deita a cabeça no ombro dele, recebendo um beijo suave nos cabelos, que a deixa ainda mais satisfeita.— Você é incrível, Hazel. — Murmura Hunter, acariciando os cabelos dela.Ela sorri contra o ombro dele, apreciando o momento de intimidade compartilhada. Seus corpos relaxam lentamente, o calor do momento ainda pairando no ar ao redor deles.Eles permanecem ali por alguns minutos, apenas apreciando a presença um do outro, o mundo ao redor se tornando irrelevante. Naquele momento, tudo o que importa é a conexão profunda e sincera que compartilham.Finalmente, Hazel ergue o rosto e olha nos olhos de Hunter, um sorriso satisfeito nos lábios.— Acho que precisamos mesmo pedir aquele jantar. — Comenta Hazel, rindo suavemente.— Com certeza. — Concorda Hunter, pegando-a no colo. — Mas primeiro, um banho, jun
Audrey percorre o olhar por todo o corpo de Hazel, parando na toalha enrolada no cabelo, indicando que ela acabou de sair do banho. A visão de Hazel ali, tão íntima e confortável, faz o sangue de Audrey ferver. Sem dar chances de Hazel contestar, ela entra no apartamento, batendo seu ombro contra o dela com força.— Vadia. — Murmura Audrey, a palavra impregnada de veneno, enquanto avança em direção ao quarto de Hunter.— Droga. — Resmunga Hazel, fechando a porta com um suspiro frustrado e indo atrás de Audrey.Hazel segura Audrey pelo braço, tentando contê-la, mas dominada pela fúria, Audrey a empurra com força, fazendo-a bater contra a parede do corredor. Hazel solta um gemido de dor ao sentir o impacto.— Se deseja manter a sua vida, não se atreva a tocar em mim. — Ameaça Audrey, a voz afiada, enquanto segue em direção ao quarto.Hazel se recompõe, sentindo suas costas latejarem com a dor do impacto, e vai atrás de Audrey. Ela a vê entrando no quarto, o olhar de Audrey fixo na cama
Hunter para abruptamente, sentindo os batimentos acelerarem e o medo percorrer seu corpo. Sem pensar, ele se aproxima rapidamente de Hazel, puxando-a para trás de si, transformando-se em um escudo humano.— Audrey, abaixe essa arma — Pede Hunter, sua voz sai firme, mas um tremor incontrolável denuncia seu pânico crescente.— Não! — Grita Audrey, lágrimas torrenciais escorrendo pelo rosto. — Você não entende, não posso perdê-lo novamente!— Por favor, pense no que está fazendo! — Implora, a voz trêmula e desesperada, tentando penetrar a raiva e o desespero de Audrey. — Isso não é o que você quer, não é assim que as coisas devem terminar! — Afirma, sentindo o corpo de Hazel tremer e ouvindo os soluços assustados dela.— Cala a boca, Hunter, cala a sua maldita boca! — Vocifera, a voz trêmula de raiva e desespero, as lágrimas transformando sua visão em um borrão. — Saia da minha frente, ou juro que te mato também! — Ordena, tentando manter desesperadamente a arma firme na mão trêmula, enq
Hazel puxa Hunter para seus braços, encarando seu olhar rapidamente, que parece lutar entre permanecer aberto ou se fechar. Ela sente um líquido quente escorrer pelo braço e fixa o olhar no ombro dele, identificando o local onde a bala o atingiu.— Ai meu Deus! — Grita Hazel, o pânico transbordando em sua voz enquanto apoia a cabeça dele em suas pernas. — Hunter, fique comigo, por favor! — Implora, a voz embargada pelo desespero.Hunter tenta falar, mas apenas gemidos de dor escapam de sua boca. Hazel pressiona desesperadamente a ferida com as mãos trêmulas, seus olhos arregalados de terror. O sangue continua a escorrer, tingindo suas mãos e roupas de vermelho, e o desespero em seu rosto cresce a cada segundo. — Não, não, não! — Murmura Audrey, caindo de joelhos, com lágrimas escorrendo livremente enquanto observa o sangue se espalhar pelo chão. — Eu… eu não queria. — Gagueja, arrastando-se até ele, o rosto contorcido em agonia e arrependimento.— Fique longe dele! — Vocifera Hazel,
No banheiro, Hunter ouve os gritos de Hazel, e o desespero rasga seu peito. Ele puxa uma das toalhas debaixo de sua cabeça e pressiona seu ferimento, arfando de dor. O chão está encharcado pela enorme quantidade de sangue que ele já perdeu. Com um impulso, ele se senta, levantando-se abruptamente quando os gritos dela cessam. Ele sente tudo rodar ao seu redor e se apoia na pia para se manter de pé. Se apoiando nas paredes, ele vai em direção ao quarto.Ao passar pela porta, seus olhos se arregalam, piscando freneticamente enquanto observa a cena diante dele, Hazel deitada na cama, com a barriga para cima, os olhos fechados e o lençol encharcado de sangue. Seu coração bate descompassado enquanto ele se esforça para chegar até ela.— Hazel. — Murmura, sua voz rouca de medo e dor. Ele se arrasta até a cama, cada passo um esforço monumental, sua visão turva e as forças se esvaindo rapidamente. — Por favor, não me deixe.Ao alcançar a cama, Hunter cai de joelhos ao lado de Hazel, suas mãos