Tomei coragem, e já iniciei com o assunto mais delicado.— Eleonor, quantos anos você tinha quando o tal Hugo, @busou de você?Percebi quando ela se encolheu, isso era medo.— A culpa foi minha, eu aceitei ir com ele para a festa.— Nunca é culpa da mulher. Quem te falou isso, a sua adorável tia?— Sim, ela e as minhas avós. Papai estava numa viagem de negócios. Desde a morte de mamãe, ele evitava ficar em casa, quase não ligava para mim, o que aconteceu com Hugo, fez ele perceber o quanto eu sofria, eu...— Eu sei, no seu lugar, outras teriam feito o mesmo. Sofrer uma violência dessas, e ainda ser julgada, por pessoas que deveriam ter apoiado você. Qual era a sua idade?— Quinze anos.— Você ainda era virgem?Ela riu sem humor, não entendi.— Olha para mim Geovane, pessoas como nos sabem, o quanto o belo atrai. Eu nunca fui bonita, era sempre a rejeitada, nunca nem tinha ganhado um beijo, nunca nem um menino andou de mãos dadas comigo, acho que ganhei o meu primeiro abraço hoje, sim,
ELEONORAs palavras dele fizeram-me sonhar com um final feliz novamente, posso cair outra vez, ser enganada, sofrer.Mas dessa vez está a ser diferente, não estou a pegar migalhas, ele toca em mim, como ninguém fez, suas palavras com elogios, carinho, sim, carinho, nunca recebi.E ali, naquele momento acontecia o meu primeiro beijo, com o homem que já admiro há muito tempo.Ele foi delicado, e firme ao mesmo tempo, fui a aprender a acompanhar o seu ritmo, nem sei em que momento a minha mão foi para o corpo dele, mas eu precisava tocá-lo, sentir que era de verdade, não um sonho.Paramos o beijo e ficamos a olhar um para o outro, o sorriso dele, refletia ao meu.— Geovane, não sei o que você pretende, mas, se tudo acabasse agora, já seria feliz, mais feliz do que já fui em toda a minha vida.— O que quero, é fazer dos seus dias, felizes. Não prometo ser perfeito, mas farei o meu melhor. Quero você na minha vida, aceita ser a minha namorada Eleonor, aceita tentar ser feliz comigo, eu que
ELEONORAs crianças entregaram-me desenhos e flores, elas foram se apresentando, me elogiando.— Vai ser uma loucura ter uma priminha de cabelos vermelhos para brincar comigo. — Lua falou toda animada, eu fiquei corada.— Família, essa é Eleonor, a minha namorada.— Com esse cabelo estranho, essas tatuagens sem graça, esse jeito esquisito, ainda conseguiu, uma boneca dessas, esse meu filho tem muita sorte. Bem-vinda a família Eleonor, se ele demorar a colocar um anel de noivado no seu dedo, pode falar-me, que dou uma surra de chicote nesse menino.Um senhor loiro, muito parecido com Geovane falou alegre, veio abraçou-me deu a sua bênção.— Bem-vinda Eleonor. Sou a mãe desse menino aí, o que o meu marido disse e verdade, olha, o que precisar estou aqui do seu lado, se ele brincar puxo-lhe as orelhas. — Uma senhora baixa, com roupas de peão, cabelos loiros como Geovane, abraçou-me, fazendo lembrar da minha mãe, naquele abraço, senti um amor, que a muito não sentia.— Confia na nossa sog
ELEONORA conversa com o meu pai foi ótima.Ele também foi enganado por essa família.Geovane levou-me no hospital onde fiz vários exames, no final a médica veio conversar comigo.— Eleonor, a verdade e algo que pode ser burlada, a nossa imaginação tem uma facilidade grande de acreditar em mentiras plantadas por outros. Diante disso, quero dizer, que as drogas do seu organismo estão a sair, conforme isso for a acontecer, mas perto da razão, você ficará. Quando digo razão, quero dizer que, você não verá no espelho a verdade que plantaram na sua mente, mas sim a verdade real. Nessa verdade real, você não é obesa, acredito que nunca foi, você tem uma massa muscular perfeita, para a sua altura e idade, não apresenta alterações como colesterol, diabete e outros. Está com anemia, mas tenho certeza que as comidas da fazenda irão ajudar com isso.-Como assim? Não sou gorda?— Não, o seu corpo e proporcional com a sua altura, vi o seu histórico, doutor Ricardo, disse que você sofre pressão da
GEOVANEEssa semana foi diferente de tudo na minha vida, nunca fico muito tempo na cidade, gosto mesmo é do mato.Por isso estou ansioso, hoje Eleonor recebeu alta, quando saímos do hospital, ela já quis passar numa loja, comprou presentes para a família toda.Ela sempre morou na cidade, disse que nunca tomou banho de rio, viu uma vaca de perto.Estou com medo, dela, não gostar do meu mundo, e o nosso amor sofrer com isso.Tudo bem, por ela venho para a cidade, renuncio a tudo.— Geovane, a sua madrinha disse que preciso levar roupas para a lida, por isso preciso que me ajude, calça jean, camisas, chapéu. O papai Niko disse que já deixou um separado para mim, com a marca da Gdaboiada. Você vai-me ensinar a montar em cavalo, a Lúcia disse que preciso, para quando tem festa, pois a família vai à frente.Ela falava tudo rápido, então colocou a mão na boca, como se tivesse dito algo errado.-O que foi ruiva?Ela estava envergonhada, nem sei o porquê.— Desculpe, por ir a entrar sem ser ch
NIKOLAYA chuva estava forte, não ia voltar hoje para a fazenda, mas ganhar o último “rodeio” deixou-me animado, quero mostrar o meu troféu, a minha noiva, o meu prémio será o meu presente de casamento para ela.Sim, senhores, sou peão de “rodeio”, e um homem comprometido.Cresci ouvindo os meus pais falarem que o homem tem que ter honra, fazer a sua palavra valer.Por esse motivo estou noivo, fui irresponsável, sei disso, mas ela não tem culpa, e prometi que iria casar-me com ela depois daquela noite, que nem me lembro direito.Era noite de festa na fazenda, havíamos chegado de uma viagem, mandei matar um boi, e cerveja rolou solta.Lembro de ter dançado com todas as moças da festa, nunca havia levado ninguém para dentro de casa, respeito a minha avó, que mora comigo.Quando acordei de manhã, estava nú na minha cama, e Cecília está ali, nua assim como eu, foi fácil somar dois mais dois, porém quando vi o lençol sujo de sangue, entrei em desespero, ela era virgem, eu havia tirado a pu
NIKOLAYAs cenas na minha frente eram nojentas, ela era o pior tipo de put@, aceitava ele fazer coisas bizarras com ela, mas ele também era outro depravado, a noite deles estava programada para ser longa.Voltei, saindo da casa em silêncio, fui até a casa do tio dela, que já dormia, falei tudo que havia visto.— Senhor Nikolay eu disse que tinha algo de errado, com aquela menina, mas eu estou com o senhor para colocar essa v@gabuda para fora da fazenda.— Vamos precisar de ajuda porque quero aquele traíra fora daqui nessa chuva também.Chamamos alguns homens, fui até a casa onde Rubens morava, mandei colocar fogo em tudo ali, faço outra casa, não faz m@l, mas daqui ele não leva nada.Seguimos em seis homens para a casa, lá dentro eles estavam numa loucura tão grande que nem ouviram nada, mas foi vergonhoso ouvir o que diziam lá dentro.— Isso, Ceci, me f*** com esse brinquedão.— Isso que vou fazer, e você vai a imaginar que seja o p** do seu amiguinho Nikolay entrando no seu r***.A
NICOLAYTer-me livrado daquele casamento foi um alívio.O desafio agora era outra, arrumar outro veterinárioPor dois meses fui a levar tudo bem, com a ajuda de conhecidos.Até que recebi a visita de um amigo, que trabalha num órgão de fiscalização do governo, sabia que vinha bomba ali.Chamei ele para conversar no escritório da minha casa.— Carlos bom recebê-lo por aqui, mas como hoje não tem festa, nem futebol na fazenda, acredito que tenha vindo a trabalho, pode falar.-Direto como sempre Niko. Mas, não é trabalho.— Então diga-me.— Vim como amigo, alertar você, antes de vir como fiscal. O seu antigo veterinário está envolvido com um esquema de falsificação de medicamentos, você tem duas semanas para contratar um veterinário bom para verificar todo o seu estoque, e fazer nova apresentação.— Está difícil achar alguém, ninguém quer vir para lidar com gado no meio do mato, quer só ar condicionado.— Se quiser posso ver alguém, quais as suas preferências?— Tenho como exigir nada nã