RichardA semana passou rapidamente, e, apesar de estar investigando a fundo, não consegui descobrir muita coisa. Apenas que o cara que é um dos professores da minha Savannah na faculdade é simplesmente um membro da Khazar. Eles, apesar de terem ficado muito quietos durante esses vinte longos anos, têm se fortalecido cada vez mais. Alguns dos membros usam a tatuagem original deles: o homem sem rosto, coberto por uma capa, com o globo da Terra na mão, com sangue escorrendo. Essa tatuagem perdura há décadas. Outros mantêm a pele lisa; assim, ao menos se tiverem a tatuagem, é em algum lugar escondido, conseguindo se infiltrar onde bem quiserem, sem levantar suspeita alguma. E isso é um risco imenso. Como saberemos quem são?Por mais que nós, os melhores, estivéssemos esmiuçando cada canto da Itália durante estes sete dias, pouco descobrimos sobre eles: apenas que cresceram em números, qualidade e especialidades. Honestamente, até nós, que pertencemos a O Monopólio há muitos anos e somos
Acordo com o despertador tocando. É hora de tomar os remédios e, hoje, preciso ir à empresa conversar com o gerente geral. Tentarei, ao menos, amenizar a bronca quando meu tio voltar; afinal, sou responsável por ter esquecido totalmente a recomendação dele. Levanto-me devagar, tentando não acordar o Hayden, e vou até o banheiro. Preciso de um bom banho. A noite passada foi uma delícia, mas, como ainda estou um pouco limitada, não pude exagerar na dose. Então, fizemos amor de uma forma mais convencional. Assim que entro embaixo do chuveiro, fecho os olhos e sinto a água quente caindo sobre os meus músculos, que estão até que bastante relaxados, acredito que por conta dos dias sem praticar as malditas lutas. Enquanto estou ali, curtindo o meu banho delicioso, sinto mãos me abraçando pelas costas. Sorrio ao saber a quem elas pertencem e sinto ele se aconchegando em mim...—Bom dia, minha linda. Por que não ficou comigo na cama? Podíamos ter aproveitado mais um pouco e depois tomar esse b
Sou Tyler Campbell, melhor dizendo, Dominic Grecco Montanaro. Quando eu tinha 4 anos, fui enviado por meus pais para um colégio interno com um nome falso, segundo eles, para a minha segurança. Eu só poderia sair de lá com a autorização deles ou de alguém da minha família. Desde então, eu nunca mais os vi. Aos 12 anos, entrou um professor de luta, especificamente para me treinar, e desde então aprendi Muay Thai, Krav Maga, Kung Fu e Karatê, além de aprender a lutar com armas brancas. Nunca entendi o porquê de toda essa preparação até completar 20 anos e ser retirado daquele colégio.Sei que tenho duas irmãs. Quando fui enviado para o colégio, minha mãe, Kara, estava grávida. Tenho essa lembrança: a minha linda mãe com a barriga enorme. Pouco depois de ter sido enviado ao internato, recebi a visita dos meus pais e, com eles, dois bebês lindos. Elas tinham acabado de nascer, e eu as vi e as peguei pela primeira e última vez em meu colo. Fiquei encantado com tanta beleza, tão pequenas e t
Meu nome é Andrew Montanaro e sou filho do Don da Khazar. O meu pai nunca foi um homem que tivesse pena de ninguém e nunca permitiu um traidor em sua casa. Desde adolescente, vi homens clamarem por piedade, e ele apenas olhava nos olhos deles enquanto cortava suas gargantas, e isso por pouca coisa. Não foi à toa que ele construiu o que chamamos de império Khazar.Fui treinado desde muito novo, primeiro a lutar, lutar muito, depois a atirar, sempre treinando todos os dias. Meu pai dizia que eu não deveria errar um único tiro e não devia desperdiçar nenhuma bala; cada uma delas tinha um destino certo. Meu pai me preparou para o substituir, mas não ainda. Depois que eu estava pronto, ele me mandou conhecer o mundo e fazer associações, e assim eu fiz.Quando eu fiz vinte anos, retornei à minha cidade natal, a bela Calábria, e trouxe comigo uma linda mulher que, claro, não sabia do meu envolvimento com a máfia. No início, meu pai ficou furioso comigo, pois esse seria o meu ponto fraco, e m
Papai, papai, que barulho é esse, papai? —Fica calma, filha, e fica abaixada… (tiros, tiros) Papai, eu tô com medo… —Só fica calma, meu bebê, vai ficar tudo bem... vai ficar tudo bem… (mais tiros)... Amor, você está acelerando muito… —Se não for assim, não teremos nenhuma chance… Amor, curva mais à frente… Mais tiros, muitos tiros, luzes, carros em alta velocidade, frenagem brusca, capotagem…Acordo toda suada e assustada. Olho para o relógio na pequena mesinha de cabeceira ao lado da cama; são exatamente 4:00 da manhã. Respiro fundo, meu corpo inteiro está tremendo e tento me acalmar. Levanto da cama e vou até o meu minúsculo banheiro. Olho-me no espelho por alguns minutos e depois jogo água no rosto. Fico ali em pé, me olhando, tentando me lembrar. Forço, mas nada. Minha cabeça começa a latejar, desisto, tiro o meu micro pijama de algodão velho e vou para o chuveiro. Ligo a água fria e deixo-a cair sobre o meu corpo, que ainda treme por conta do sonho. Enquanto estou
Apesar de estar super cansada, fico virando de um lado para o outro na cama. Tento, mas, infelizmente, o sono não vem. Ao contrário, aqueles pensamentos de angústia, por ter sido abandonada, vêm à minha mente como um raio, e sinto as lágrimas começarem a pinicar os olhos. Por mais que eu tente, aos poucos elas transbordam e escorrem pelo meu rosto. Minhas noites nunca foram fáceis, mas, desde que os sonhos — ou melhor, os pesadelos — começaram, a tristeza me invade constantemente.Percebo que meus dias têm se tornado ainda piores e, por mais que eu me esforce, sinto um vazio enorme no peito. Não aguento mais. Levanto e vou tomar uma ducha fria. Eu preciso reagir. Sei que minha mente é totalmente fodida, mas não posso e não vou me deixar abater por esses pensamentos. Tiro meu pijama e entro embaixo do chuveiro frio, deixando a água cair sobre a minha cabeça. Fico ali por vários minutos e, aos poucos, sinto a tensão que se instalou sobre o meu corpo indo embora. Depois de estar um pouco
As horas passam e nada de notícias. Apenas vemos as enfermeiras de um lado para o outro e nada, absolutamente nada de notícias. Depois de uma longa espera, vemos o médico se aproximar.— Doutor, como está a minha amiga? Ela melhorou? Essas dores de cabeça são muito constantes e, segundo ela, de uns três anos para cá, têm se intensificado muito...— Já medicamos a sua amiga, e ela, neste momento, se encontra dormindo. Aparentemente, está melhor, mas só posso ter certeza após ela acordar. Também fizemos alguns exames para descobrir o porquê das dores... E a família dela, conseguiram contatar eles?— Não, doutor. A minha amiga é órfã, ela não tem ninguém, apenas nós e o patrão dela…— Eu sinto muito... Faremos o nosso melhor...— Faça o que for preciso e não se preocupe, assumimos toda a responsabilidade...— Ok, mas vocês não precisam ficar aqui. Ela não vai acordar por algumas horas...— Tudo bem, voltaremos mais tarde...Irmão, vamos passar no seu Ari para avisar que a Ayla não vai tr
O dia finalmente terminou e, logo depois que fui deixada sozinha, adormeci. Mais uma vez, tive uma noite tranquila; acredito que seja por conta das medicações. Ao acordar, deparei-me com o doutor Eduardo me observando. Olho para ele sem entender. Ele apenas diz que preciso fazer novos exames. Pergunto o porquê e ele responde que só vai me liberar do hospital quando tiver certeza de que realmente não corro nenhum risco. Afinal, ele presenciou as minhas dores e tem certeza de que elas têm algum fundamento. Não sei por que tive a impressão de ver em seus olhos, por alguns segundos, algo como "pena, preocupação". Só posso estar vendo coisas; isso é impossível.Minutos depois, chega um enfermeiro com uma cadeira de rodas, onde logo eu me sento, e seguimos para a área de exames. De início, fiz uma tomografia e, depois, fiz mais alguns exames. Logo voltamos para o quarto, e o doutor Eduardo saiu. Meus amigos chegaram e ficaram comigo por mais um tempo até o médico voltar com os resultados, q