ChloèAssim que finalmente a nossa noite termina, dou um beijo em Benjamin e sigo para o quarto da Emily. Hoje pretendo dormir com a minha irmã. Quem sabe conversamos um pouco, e ela me explica a situação um tanto estranha que aconteceu na sala. Mesmo porque ainda não consegui engolir ver ela e Danilo de mãos dadas. Emily ainda está na sala com ele, então apenas me jogo na cama e fico à sua espera...Não demora muito, e vejo Emily entrar no quarto e ir direto para o banheiro, logo em seguida ligando o chuveiro. Respiro fundo e deito-me para esperar por ela, que, em menos de cinco minutos, já está saindo e se jogando na cama. Eu sento-me e a olho...— Emy, o que foi aquilo? Você e o Danilo se entenderam? É isso mesmo?— Não tenho escolha, minha irmã. Então, o melhor é baixar a guarda e esperar no que vai dar. Mas pelo tempo em que conversamos, vi que estava errada sobre ele. Ele me surpreendeu na conversa. Não custa ver até onde isso vai dar, não acha?— E o que você vai falar para o H
Os dias passam rapidamente, e o treinamento tem ficado cada vez mais pesado e longo. Não a ponto de me machucar, mas Henrique não teve pena nem um minuto sequer, assim como Ben e Dominic sempre me alertaram. Ele é implacável, mas justo. Henrique me ensinou alguns golpes para ataque e tem se dedicado à minha autodefesa. Segundo ele, porque precisarei saber deles na minha missão com as meninas. Confesso que sinto um frio na barriga toda vez que ele fala sobre isso, mas sei que tenho que fazer o que for preciso para estar preparada para o grande momento… Tenho em minha mente que o sangue Grecco Montanaro corre em minhas veias, e farei jus a isso. Não decepcionarei.Acordo cedo, já acostumada com essa rotina de treinos. Mesmo com um dia de "descanso", terei aulas com a Ximena. Ela tem ensinado coisas que eu não imaginava que alguém fosse capaz de fazer, coisas que ensinaram desde sempre no orfanato que eram pecado. Sempre que ela começa, ainda fico envergonhada, e hoje será mais um desses
DominicEstou tendo um mau pressentimento. Algo me diz que aqueles crápulas não vieram da Itália apenas para uma reunião. Por isso, tento me prevenir de todas as formas, mas uma angústia no peito me avisa que algo ruim está por vir...Já faz alguns dias que enviamos Benjamin em uma missão de reconhecimento nas redondezas do hotel onde as meninas vão entrar em ação para roubar o documento que precisamos. Enquanto isso, tenho observado Chloè se esforçando ao máximo nos treinamentos, mas, quando chega em casa, a tristeza a domina. Acredito que seja por causa da ausência dele. Tenho tentado ficar perto dela para que não se sinta tão só, mas espero que Benjamin consiga as informações que precisamos. O dia do ataque está se aproximando, e preciso desses dados para organizar as estratégias e garantir que as meninas não corram riscos.Acordo cedo e decido sair para correr, tentar esfriar a cabeça, pois a preocupação está me consumindo. Sei que, dentro da fortaleza, minhas irmãs estão seguras,
Chloé passou o dia praticamente todo fora de casa, e acredito que esqueceu que, embora estejamos de folga do treinamento de luta, ainda temos aulas com a Ximena. Fico pensando se terei que enfrentar a cortesã sozinha. Decido sair do quarto e desço as escadas em direção ao nosso cantinho, esperando mais um pouco. No entanto, sou surpreendida por Dominic, que está saindo do escritório totalmente transtornado. Seu estado me causa um certo receio de me aproximar. Ali não está o meu irmão doce, mas sim um demônio diante de mim... Ele está completamente fora de si, e seu rosto deixa isso muito claro. Seus olhos, normalmente calmos e calculistas, agora brilham com uma fúria que nunca vi antes. Não sou boba e olho para Danilo, que vem logo atrás dele, acompanhado pelos outros, todos com armas nas mãos. Seja o que for que esteja acontecendo, é melhor me manter calada. Fico ainda mais assustada quando sou praticamente arrastada por Danilo até uma estante. Surpreendo-me quando ele a empurra, rev
No Hotel- Como assim, porra? Vocês são loucos? Como ousaram tentar invadir a porra da fortaleza deles? Perderam a noção do perigo? Acham mesmo que eles ficarão de braços cruzados? - Esbraveja O Chefe.- Cemile, logo você, minha menina. Você é o cérebro por trás de todo o nosso capital nos últimos anos. Estudou nas melhores escolas, te preparei da melhor maneira que eu podia para te deixar longe dos radares de Don Giorgi Montanaro. Mesmo porque, até hoje, não conseguimos encontrar o maldito neto dele. Eles esconderam muito bem aquele fedelho, que hoje já é um homem e com certeza vai querer se vingar pelo que fizemos no passado. Você sempre foi a mais esperta da família, Cemile. O fedelho do seu irmão só cumpre ordens, e, depois de tanto esforço que eu fiz para transformar O Monopólio no tamanho que é hoje, ele quase colocou tudo a perder por uma Montanaro. Ivan não tem condições de assumir sem ter você como a mente por trás da Organização. Então, eu te pergunto, minha menina: como voc
Quando a ideia de levar Emy para conhecer minha casa e nosso futuro lar dentro da fortaleza surgiu em minha mente, não imaginei que a diabinha aceitaria com segundas intenções. Ela deixou isso claro ainda enquanto eu pilotava a moto, suas mãos deslizando pelo meu corpo com uma ousadia que me fez soltar um gemido baixo e involuntário. A brisa da noite batia em nosso rosto, misturada ao cheiro de gasolina e ao calor do motor entre nossas pernas. Suas unhas arranhavam levemente minha camisa, e eu senti o toque dela alcançar meu pau, já duro e latejando contra a bermuda. Acelerei um pouco mais, ansioso para estarmos a sós. Por sorte, deixei apenas os seguranças em casa e dispensei a mulher da limpeza, tendo o espaço apenas para nós...Assim que estacionei a moto, o som do motor ecoou pelo silêncio da noite antes de se apagar. Fiz questão de levá-la até a área da piscina, onde sabia que ela iria adorar. O cheiro de cloro e o frescor da água parada enchiam o ar. Não me surpreendi ao ver o b
Sou Tyler Campbell, melhor dizendo, Dominic Grecco Montanaro. Quando eu tinha 4 anos, fui enviado por meus pais para um colégio interno com um nome falso, segundo eles, para a minha segurança. Eu só poderia sair de lá com a autorização deles ou de alguém da minha família. Desde então, eu nunca mais os vi. Aos 12 anos, entrou um professor de luta, especificamente para me treinar, e desde então aprendi Muay Thai, Krav Maga, Kung Fu e Karatê, além de aprender a lutar com armas brancas. Nunca entendi o porquê de toda essa preparação até completar 20 anos e ser retirado daquele colégio.Sei que tenho duas irmãs. Quando fui enviado para o colégio, minha mãe, Kara, estava grávida. Tenho essa lembrança: a minha linda mãe com a barriga enorme. Pouco depois de ter sido enviado ao internato, recebi a visita dos meus pais e, com eles, dois bebês lindos. Elas tinham acabado de nascer, e eu as vi e as peguei pela primeira e última vez em meu colo. Fiquei encantado com tanta beleza, tão pequenas e t
Meu nome é Andrew Montanaro e sou filho do Don da Khazar. O meu pai nunca foi um homem que tivesse pena de ninguém e nunca permitiu um traidor em sua casa. Desde adolescente, vi homens clamarem por piedade, e ele apenas olhava nos olhos deles enquanto cortava suas gargantas, e isso por pouca coisa. Não foi à toa que ele construiu o que chamamos de império Khazar.Fui treinado desde muito novo, primeiro a lutar, lutar muito, depois a atirar, sempre treinando todos os dias. Meu pai dizia que eu não deveria errar um único tiro e não devia desperdiçar nenhuma bala; cada uma delas tinha um destino certo. Meu pai me preparou para o substituir, mas não ainda. Depois que eu estava pronto, ele me mandou conhecer o mundo e fazer associações, e assim eu fiz.Quando eu fiz vinte anos, retornei à minha cidade natal, a bela Calábria, e trouxe comigo uma linda mulher que, claro, não sabia do meu envolvimento com a máfia. No início, meu pai ficou furioso comigo, pois esse seria o meu ponto fraco, e m