A chegada de Mayara em casa foi uma grande festa. Todos a aguardavam no portão. Ela desceu do carro com muita alegria e saudades. Estava acostumada a vê-los praticamente todos os dias. O motorista pegou uma pequena mala, com o emblema do clube, que estava no porta malas. Entregou para ela, cumprimentou a todos, voltou para o carro e partiu. Manuel: Oi, minha filha! - a abraçou como de modo que nunca o havia feito. - Que bom ter você de volta. Marcela abraçou os dois e choraram. Os outros ficaram sem entender quanta comoção, pois ela havia ficado pouco tempo fora, mas os três sabiam.Alice: Oi, minha irmãzinha! Senti sua falta. Nosso quarto estava vazio, porque a maioria das suas coisas ocupavam boa parte dele. Material escolar, de voleibol e muita bagunça espalhada.- deu um sorriso e a abraçou.Flávia: Espera aí gente! Deixa um pouco para mim e para o Kadu. - riu descontraída. Elas estavam sempre em contato via mensagem de vídeo, mas mesmo assim a saudade havia batido.Kadu: Sabe qu
Ainda estavam deitados no tapete da sala, no apartamento de Jonas, com os corpos nus se apreciando quando o celular de Mayara toca e ela vê que é Flávia. Flávia: Amiga, estou indo embora. Jonas vai me levar. Você vai querer carona? Mayara percebeu pela voz da sua amiga que havia bebido, porque estava mais animada do que é normalmente. Mayara: Pode ir, encontro com você lá daqui a pouco. - Evans olhou para ela e deu um selinho nela. Ela sorriu e retribuiu. - Se cuida amiga. Ela desligou o telefone e tomou a atitude de beijá-lo com muita paixão, reconhecendo que já estava vencida por aquele homem que a levava ao delírio. Mayara: Preciso ir agora. Você pode me dar uma carona? Ou me arrumar uma carona? - Olhou para o relógio que marcava seis horas da noite. Evans: Claro que te levou. Te levo onde você quiser. - Ele a abraçou. Saíram do prédio e seguiram para a Vila. Estava começando a entardecer, o céu estava nublado, eles ainda estavam no caminho começou a chover muito. Pararam u
Evans sabia qual era o endereço e chegou na casa dos pais dela sem dificuldade. Estacionou no portão, desceu do carro e apertou a campainha. A mãe de Mayara veio correndo atender. Pois esperava notícias dela. Abriu o portão e lá estava aquele homem branco, lindo, com olhos claros parado na frente dela. Marcela: Pois não? Evans: A senhora é a mãe de Mayara? Eu sou Evans. Marcela: O dirigente do clube? - cortou Evans, pois sabia que se o marido soubesse que sua filha tinha um namorado poderia surtar duas vezes. - Entre por favor. Estamos todos reunidos na sala. Ele chegou e foi apresentado a todos os presentes: Flávia, o pai dela, os irmãos e até Jonas estava lá. Estavam todos tentando entender o que estava acontecendo. Evans: Acionaram a polícia? Manuel: Estamos falando de mulheres da Vila que são ultrajadas e muitas vezes tratadas como lixo. A polícia não fará nada por ela. Informam somente que precisamos aguardar 24 horas. Até lá ela pode estar morta. - Falou com os olhos cheios
Após Evans sair da mansão e deixar Mariana furiosa com a forma com que a tratou, ela ligou para a mãe. Eleanor estava em uma clínica de estética fazendo procedimentos de relaxamento. O telefone tocou a primeira vez até desligar e depois começou a tocar novamente. Eleanor fez sinal para que a massagista pegasse o aparelho, verificou na tela do celular e atendeu a ligação. Eleanor: Filha, o que aconteceu que não pode esperar? Sabe que meu momento de beleza é sagrado. - repreendeu Mariana. Mariana: Mãe, não aguento mais o desprezo deste inglesinho. Ele falou para o pai dele desfazer este absurdo do nosso casamento e se o Sr. Christian não o fizer ele deixará tudo, não sendo obrigado a casar e nem obrigado à empresa. - Começando a chorar. Eleanor segura o telefone e se dirige à massagista. Eleanor: Acabamos por aqui. Preciso resolver algo urgente. - retorna a falar no telefone. - Precisamos fazer algo a respeito. Mariana: Eu sei que ele está saindo com uma mulher da Vila. Uma qualqu
Os dois saíram do galpão com todas as instruções e a foto de Mayara. Sequestrador 1: Vou alugar o carro em uma empresa via on-line, porque precisamos sair cedo.Sequestrador 2: Vamos para a escola de uma vez? Pode ser às 7:30 horas? Porque no final de ano o pessoal não quer nem fazer prova direito, só vai marcar presença.Sequestrador 1: Pode ser sim. Nos encontramos lá então. Dividiram o dinheiro que estava no pacote com valores para eles, dois mil reais para cada um. O sequestrador 1 levou o dinheiro para alugar o carro e ficou com a foto também.Cada um seguiu seu caminho e na manhã seguinte já estavam no ponto de encontro. O sequestrador 2 chegou mais cedo um pouco e ficou esperando o comparsa, acendeu um cigarro e ficou encostado no muro do prédio ao lado da escola.Ele viu Mayara sair da escola, pois a reconheceu pela foto. Quando a viu conversando com um rapaz em um carro de luxo ele já ficou antenado e pensou: "ela é pedra preciosa", pela beleza dela e porque poderia valer m
Marcos colocou o celular em um tripé que estava direcionado para a cama improvisada. Ele queria mostrar todos os movimentos.Mayara: Socorro! Me tirem daqui. Socorro!!! Ele está louco. - ela prende a respiração quando ele a toca e Evans do outro lado da ligação aperta os punhos. Marcos, pegou um estilete, robusto utilizado para cortar couro e tecidos grossos, colocou na gola da camisa de uniforme dela e rapidamente a rasgou de cima a baixo, como se fosse uma tesoura cortando um papel.Mayara: Ahhhhhhh! - Ela soltou um grito e começou a chorar.O sutiã branco de renda que estava sobre a pele bronzeada ficou exposto. Ele suavemente passou a mão nos seios dela por cima do sutiã. Ele colocou a língua para fora e lambeu os lábios com olhar faminto.Mayara: Pare! Você está ficando louco? - Sacode o corpo tentando se soltar.Marcos: Nada disso, minha delícia! Agora quero te provar toda e depois te dar aquilo que mereceu desde quando me rejeitou. Te darei o que me pediu, o fim da sua vida.M
O galpão estava repleto de policiais e na parte de fora também. Havia um helicóptero da polícia e também um da emissora de televisão da capital rondando o perímetro. E Evans estava lá fora também em uma distância segura. Marcos se assustou com o barulho do helicóptero.Marcos: Agora está chegando a nossa hora, querida. - Ele colocou seu corpo sobre o dela, novamente, a beijou e olhou com um olhar sinistro. Flávia está do outro lado com o telefone na mão, agora temendo pela vida deles, pois qualquer atitude de Marcos poderia colocar em risco a vida dos dois. Flávia: Marcos não faça nada que você possa se arrepender depois. - Marcos não se importava com o celular mais e sua atenção estava toda voltada para uma voz que vinha do lado de fora da sala.Negociador: Bom dia! Eu fui chamado aqui para conversar com o senhor. O que o senhor precisa para deixar a moça livre? - Marcos não responde.O negociador estava com um megafone a uma certa distância da sala, onde Marcos conseguia vê-lo.M
O carro da polícia chegou no hospital e pediram uma cadeira de rodas para Mayara. Ela sentou-se e logo foi conduzida para dentro da unidade hospitalar. Ainda estava coberta pelo lençol. Eles haviam levado Mayara para realizar exames e procedimentos devidos, pois ela estava em choque. Evans estaciona o carro e antes de descer do carro fez uma ligação.Sr. Frederico: Tudo certo senhor? Evans: Preciso comprar roupas para Mayara. Ela está no hospital. Tem uma altura aproximada um metro e oitenta e peso aproximado de setenta quilos. Ela precisará de roupas para dormir e para o dia a dia.Sr. Frederico: Sim senhor. Providenciarei agora.Ele desce do carro apressadamente. Entra no hospital e conversa com a recepcionista. Era um salão grande onde havia cadeiras e havia algumas pessoas aguardando atendimento. Recepcionista: Bom dia, senhor! Em que posso ajudar?Evans: Preciso que coloquem aquela moça que entrou aqui na cadeira de rodas em um apartamento e que sejam feitos todos os exames nec