Sarah
Eu suspirei de alívio, na verdade. Não há mais o que fazer, para a minha tranquilidade.
— Às vezes, as coisas acontecem para o nosso bem. — Argumentei. — Eu não concordava com essa ideia e agora está resolvido. Sem virgindade, sem leilão. Fim.
Rachel parecia angustiada e eu sabia que havia mais na história. Frustrada com a loucura em nossas vidas, me preparei para ouvir o que viria.
— Consegui dinheiro emprestado e comprei um apartamento para nós.
— Não acredito! Como conseguiu em apenas dois dias, Rachel!?
Rachel me contou que já procurava apartamentos desde o início do leilão e conseguiu o dinheiro no sábado para fazer a compra, pois o apartamento era ótimo e estava com um preço excelente.
— Agora estamos em uma situação ainda pior!
— Você precisa me ajudar.
Ao ouvir o tom autoritário de Rachel, olhei imediatamente para ela, sabendo onde ela queria chegar.
Levantei do sofá e me afastei, não querendo ouvir o que ela ia pedir. Seria demais para mim.
— Você tem que fazer isso, Sarah. — Rachel levantou e me segurou, desesperada.
Eu entendia a urgência dela em me pedir ajuda. Ela devia muito dinheiro a um agiota, pois esperava ganhar muito com o que planejava fazer. Mas eu não podia arcar com seus erros e não faria aquilo novamente.
Uma coisa era quando éramos crianças e ela me fazia assumir a culpa por suas brincadeiras proibidas. Outra coisa bem diferente era o que ela estava me pedindo agora.
— Não posso fazer isso, Rachel. Eu te avisei desde o começo que era uma ideia louca. – Falei calmamente. – Devolva o apartamento, recupere o dinheiro e pague ao agiota.
— Você não entende. – Ela me encarava com medo estampado no rosto tenso. – Vou perder muito dinheiro por quebrar o contrato e o agiota vai querer juros altíssimos. É um valor enorme.
Mesmo sabendo que seria um valor alto, não me comovi com a situação em que Rachel se colocou. Ajudá-la exigiria um esforço enorme, e eu simplesmente não estava disposta.
Então, Rachel começou a chorar desesperadamente, e aquilo conseguiu me abalar.
— Vamos manter a calma, Rachel. – A conduzi de volta ao sofá, abraçando-a e acariciando seus cabelos para consolá-la. – Foi sua pressa em resolver tudo que te colocou nessa enrascada.
Ficamos ali por um longo tempo, e mesmo ponderando todas as possibilidades, cheguei à conclusão de que não havia outra saída a não ser cumprir com a parte de Rachel no leilão. Preparei-me psicologicamente para o que estava por vir.
Não bastava termos perdido nosso pai, a única família que nos restava, precisar sair de casa e estar em uma situação financeira frágil. Agora, estávamos envolvidas com agiotas e leilões inadmissíveis, como aquele em que Rachel insistiu em participar.
Os dias passaram e não encontramos uma maneira de recuperar o dinheiro do apartamento. Rachel estava certa, perderíamos muito por quebrar o contrato e os juros do agiota eram impossíveis de pagar. Não tínhamos opções de empréstimo e ninguém que pudesse nos ajudar.
Apelamos para alguns amigos, aqueles com quem compartilhamos viagens e festas em nossa casa de praia, mas todos estavam ocupados demais com suas próprias vidas e não podiam ajudar duas amigas pobres.
Desde a morte de nosso pai e os rumores sobre ele nos deixar sem dinheiro, nossos amigos desapareceram e ninguém ficou ao nosso lado.
Até Shirley, que era amiga de Rachel há anos e sempre esteve presente em tudo, sumiu desde a noite em que foram à boate e Rachel acabou com um estranho que tirou sua virgindade.
Rachel tentou entrar em contato várias vezes, mas Shirley até viajou e não respondia suas ligações e mensagens. Agora, só podíamos contar uma com a outra, pois ninguém mais nos ajudaria.
No dia em que chegou a hora de entregar o item arrematado no leilão online do aplicativo clandestino em que Rachel se envolveu, eu estava à beira de um colapso nervoso.
Pensei em deixar minha irmã enfrentar as consequências de seus atos insanos, talvez assim ela finalmente aprendesse a lição e evitasse se meter em confusão novamente.
No entanto, quando o horário marcado para Rachel estar no local se aproximou, reuni toda a minha força de vontade e cedi às suas súplicas. Ela estava devastada, pronta para enfrentar o destino que havia buscado ao se envolver em coisas tão perigosas.
— Eu irei no seu lugar — disse, enchendo-me de coragem.
Rachel estava sentada no sofá do apartamento que alugamos, pois eu decidi que só nos mudaríamos quando tudo estivesse resolvido. Ao vê-la entregue às lágrimas, fui para o meu quarto me arrumar, deixando claro que só poderíamos prosseguir depois que tudo estivesse resolvido.
Não pude resistir ao olhar para minha irmã chorando, pronta para encontrar um homem que esperava algo dela, algo que ela não poderia mais oferecer.
Assim que entendeu o que eu estava disposta a fazer, Rachel correu até mim e me abraçou com força.
— Obrigada, irmã - sussurrou baixinho em meu ouvido. - Eu te amo... muito, muito, muito!
— Eu também te amo, apesar de todas as suas loucuras, falta de sensatez... - comecei a dizer.
— Para! - ela me interrompeu sorrindo, com lágrimas ainda escorrendo de seus olhos, borrando sua maquiagem. - Eu sei que tenho muitos defeitos. Me perdoe por te envolver nessa maluquice, como você sempre faz questão de lembrar.
Olhei para ela com amor e vi o mesmo sentimento sendo refletido em seu olhar. Nós nos amávamos e eu sabia que minha irmã também seria capaz de fazer algo tão grandioso por mim.
— Vai ficar tudo bem. Isso é o que realmente importa - falei, abraçando-a novamente e beijando seus cabelos. - Agora me diga tudo o que preciso fazer e como essa loucura será realizada.
Apesar da situação dramática, acabamos rindo. O que estava feito, estava feito, e agora só nos restava enfrentar as consequências.
Rachel então me explicou que eu só precisava estar no endereço que ela me mandou por mensagem, me passando o nome do iate em que aconteceria o tal “passeio” e me instruindo a ter certeza de que estava no local certo e no horário que havia sido combinado. Haveriam outras garotas e pessoas para me orientar quando lá estivesse.
— Você precisa ir! — Rachel falou assustada, ao ver que horas já eram. — Tem que estar na marina no horário marcado. Era um dos termos e dizia que em caso de atrasos, poderia ser descontado do valor que eu tenho a receber.
Fiz tudo exatamente como ela me orientou, e após verificar com um funcionário uniformizado que estava próximo ao iate, este me indicou para onde eu deveria me dirigir e no horário marcado eu estava subindo a rampa que levava ao iate Antonela.
Kael GrahamApós anos de planejamento, finalmente colocaria em prática meu desejo de vingança contra Rachel Mitchell, a responsável pelo sofrimento da minha mãe. Eu a odiava, uma garota egoísta que sempre teve seu pai, Patrick, atendendo a todos os seus caprichos, não importando o impacto que causasse em outras pessoas. Rachel se tornou uma pessoa fútil e mesquinha por causa disso. Agora era a hora dela aprender uma lição merecida. Nada poderia me dissuadir do meu desejo de vingança, alimentado ao longo dos anos desde que Patrick abandonou minha mãe. Ele pagou por ceder aos caprichos da filha egoísta. Era hora de Rachel aprender que, às vezes, é necessário renunciar aos nossos próprios desejos em prol da felicidade dos outros.— Vai deixá-la esperando por quanto tempo? — Meu assistente perguntou, sem se importar em enfrentar a minha fúria. — O tempo que eu considerar necessário. — Falei de modo rude. — Por que você não faz logo o que deseja e termina com isso de uma vez? — Ryan ins
SarahApós a jovem sair e me dizer para aguardar pelo "senhor", me recostei no convés luxuoso e olhei a noite estrelada. Ele havia pago dois milhões de dólares para desvirginar uma mulher, algo que considero arcaico. No entanto, ao que parece, ele não tem pressa em receber seu "prêmio". Pensei sobre como ele seria fisicamente e em termos de personalidade, algo que nunca tinha considerado antes. Fiquei ali pensando, observando a noite, por um tempo desconhecido. Apesar do nervosismo inicial, agora me sentia mais tranquila. Talvez, por sorte, ele tivesse desistido e eu não precisaria me entregar a um estranho asqueroso.Minhas esperanças desmoronaram quando ouvi passos se aproximando e a angústia tomou conta de mim. Pensei que pudesse ser outro membro da tripulação ou até mesmo a jovem anterior vindo me dizer que o "senhor" não viria mais.No entanto, ao me virar na direção dos passos, vi um homem extremamente bonito, mas com a palavra "perigo" escrita em sua testa de forma evidente.S
KaelEla se levantou da cadeira em um salto, derrubando até mesmo a cadeira às suas costas e me olhou com verdadeiro horror, algo que, mais uma vez, não iria ganhar a minha simpatia. — O seu dinheiro ainda está depositado na conta. Você não vai perder nada! Pode até mesmo usá-lo para fazer o que você quiser e, se assim desejar, conseguir outra garota no aplicativo da mesma forma que conseguiu a mim. — Eu não desejo outra — Falei, sem me exaltar com sua explosão. — Eu não entendo! — Você não precisa entender nada agora. O que está feito, já está feito e não há mais chance de voltar atrás. Ela fez uma expressão de imenso pesar e acredito que conseguiu até mesmo verter uma lágrima solitária. Eu sabia que aquilo eram lágrimas de puro fingimento e ela não iria conseguir me convencer com aquilo. Deveria ter ensaiado ao menos um pranto que fosse um pouco mais comovente. — Você já terminou? — Perguntei, olhando para o prato intocado sobre a mesa, mas estava me referindo ao seu show
SarahEle disse aquilo e virou de costas para mim, caminhando até o aparador que ficava em um dos cantos da cabine luxuosa do iate e se serviu de uma dose do que presumi ser vodca. Reconheci pelo rótulo, pois era igual ao da vodca importada que meu pai costumava beber. Aquela coincidência me deixou ainda mais tensa e eu não soube entender o motivo disso, foi apenas uma sensação ruim. — Não vai fazer o que mandei? — Ele perguntou, bebericando a bebida sem ao menos me olhar. Permaneci em silêncio, mas entendi que não tinha mais como adiar o momento e que não havia um jeito melhor ou pior de fazer aquilo. De qualquer forma, seria algo desagradável e eu não iria sentir nada além de desconforto. Então, que assim seja. Levei uma de minhas mãos até as costas e, com o máximo de tranquilidade que consegui, tentando ser a mais fria possível, fui baixando o zíper do meu vestido preto e um tanto quanto discreto, afastando o tecido e o deixando cair como um monte aos meus pés. Ele se voltou e
KaelEu sabia que não estava usando força suficiente para machucar Rachel. Quando ela reclamou, fiquei muito irritado e tive dificuldade em controlar o impulso de jogá-la na cama e fazer o que ela me ordenou. Mas eu queria ensinar-lhe uma lição e não queria ser manipulado por ela. Decidi fazer as coisas do meu jeito e disse a ela que deveria fazer o que eu mandava.Ela respondeu com audácia, dizendo que estava ali apenas para me dar o que eu comprei e que não tinha que suportar maus tratos. Fiquei com raiva e a soltei imediatamente. Mesmo estando em desvantagem, porque eu estava completamente vestido e ela exposta, ela ainda mantinha sua arrogância.Diante disso, concordei com o que ela disse e olhei para o seu corpo, disponível para mim. No entanto, ao lembrar do que aconteceu com a minha mãe por causa de uma garota mimada, não senti nenhum desejo, mesmo que ela fosse fisicamente atraente. Eu precisava seguir em frente e fazê-la se arrepender por ter se colocado à venda em um aplicat
SarahEnquanto o homem às minhas costas passeava suas mãos livremente por meu corpo, como se este lhe pertencesse, eu me sentia fria e indefesa, mesmo sabendo que estar naquela situação foi uma escolha minha.Contudo, mesmo contra a minha vontade, meu corpo começava a despertar. Eu experimentava sensações alheias a minha experiência e tentava a todo custo abafar o que estava lutando para vir à superfície.Senti o medo se misturar a excitação que aquele homem rude estava conseguindo despertar em mim, pois não queria que ele percebesse que eu não era tão imune às suas carícias como estava tentando a todo custo mostrar ser.E quando ele me segurou, fazendo com que eu ficasse de frente agora para ele, completamente nua, ao mesmo tempo que ele ainda permanecia com toda a suas roupas, tentei manter a fachada de frieza, enquanto o que realmente eu sentia era medo do desconhecido e de mostrar a fragilidade que eu estava sentindo naquele momento, misturado com expectativa do que as suas mãos p
KaelMesmo sabendo o quanto aquela garota poderia ser manipuladora e dissimulada, eu só conseguia olhar para ela e ver sinceridade em suas palavras e ações. Ela realmente parecia estar desejosa, e não dava a entender em momento algum que estava apenas tentando me seduzir, de forma que eu ficasse tão louco de desejo que nem pudesse me dar conta de que não existia virgindade alguma.A maneira como ela olhava para o meu membro, parecendo me devorar com olhos, me deixou com muito tesão e eu não conseguiria adiar mais aquele momento e, não mais estava pensando sobre falsos leilões ou virgindade. Eu só queria preenchê-la completamente.Fiz um movimento de forma que o meu membro roçasse por sua fenda, deslizando devido a sua lubrificaç
KaelLiberei meu próprio prazer, me despejando no preservativo e deixando meu corpo suado cair sobre o seu, mas sabendo que ela não conseguiria suportar o meu peso, me virei na cama com ela nos braços, ficando de costas e a deitando em meu peito.— Isso foi muito… bom! — Ela falou com a cabeça enfiada no pescoço.Senti que ela sorria, parecendo bastante satisfeita pelo ato sexual e, ao mesmo tempo, surpresa por gostar, confirmando mais uma vez o quanto ela era realmente inexperiente na arte do sexo.Eu sabia de tudo sobre a Rachel, pois eu havia feito uma investigação profissional e também tinha me aproveitado da sua melhor amiga Shirley, para que ela me ajudasse na história do aplicativo fal