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Lembranças Indesejáveis

- Já disse, ele precisa saber. - disse Sofia a Paola.

- Não, não precisa, minha filha vai ter uma vida normal.

- Devia ter pensado nisso antes, agora não adianta, ela nunca vai ser como os outros.

- Já estou morta! Que mal mais isso pode me trazer?!

- Me diga você, não é a maldade?

- Eu vou acabar com você, sua estúpida! - a maldade ficou furiosa.

Estava na hora, todas as divindades estavam em seus postos para coroar as escolhidas.

- Tudo que passa na vida dos humanos, precisa ter uma reação, seja ela boa ou ruim, usem seu poder com sabedoria e que a ordem seja sempre estabelecida.

Ali fizeram seu juramento perante todos, e foram coroadas.

- Por algum motivo foram escolhidas, e é isso que todas divindades esperavam ver.

- Elas ainda tem lembranças de sua vida humana, ao contrário dos ceifadores, e isso sim pode prejudicar.

Enquanto isso...

- Vamos tirar uma foto! - disse Sabrina ao seu marido.

- Isso é mesmo necessário? - Perguntou Kalleb a Vênus.

- Eliza é tão bela. - comentou Vênus.

E naquele momento o ceifador teve seu primeiro contato visual com a pequena humana.

- Viu isso Vênus? - perguntou Kalleb intrigado.

O ceifador se perdeu no olhar da menina, ele estava ligado a ela por completo, começou a sentir isso ficar cada vez mais intenso.

- Não sabemos o aniversário dela, então vamos marcar a data de hoje, será o aniversário da pequena Eliza. - disse Sabrina.

- Espero que ela seja feliz aqui. - disse Vênus a Kalleb.

- Como pode ter compaixão pelos humanos? Eles nem estão vendo que estamos aqui.

- Olhe pra ela Kalleb, tão pura e inocente, como esperar maldade de um ser assim, que nem se move sozinha ainda, e todos nascem assim, a maldade ao redor que os consomem, mas se lembre Kalleb, eles não são iguais, nenhum deles.

Um tempo depois...

- Ela dormiu? - perguntou Kalleb a Vênus.

- Sim, acabou de dormir.

- Então vamos embora.

- O lar dos ceifadores não é um lugar muito acolhedor, espero que Eliza nunca tenha que vir aqui.

- O que diz? Esse lugar é incrível. - disse Kalleb se afastando da casa.

- O que está fazendo?

- Preciso falar com a maldade.

- Ah! Você tá querendo briga não é?

- Lógico.

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