IX

A brisa do verão estava pontilhada pelo ciciar dos insetos em alvoroço. A lua era apenas uma lâmina prateada no céu e, ao seu redor, podíamos ver as estrelas claramente - as próximas como pequenos diamantes incrustados no manto negro e as mais distantes formando nuvens de mil pontos prateados. Eu gosto de observar o firmamento em noites como aquela. Ele parece maior, o universo mais profundo e mais real... Me faz sentir indizivelmente pequena e sem importância, mas, ainda assim, parte de algo tão grande que minha imaginação não consegue alcançar seus limites. Ou melhor: a ausência de qualquer limite. Pensar no infinito é como estar à beira de um abismo de mistérios ao qual eu me sentia impelida, atraída por aquela fantástica enormidade. Naquela noite em particular, porém, meus pensamentos se concentravam em algo que me muito mais interessante: eu veria pe

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