49. Capítulo

Havia algo tranquilizador em poder passear novamente pelas ruas sem ter medo de morrer a cada esquina (mesmo que por ruas eu quisesse dizer os poucos metros asfaltados que dividiam as quadras do condomínio).

Ainda que nuvens escuras que se formavam no horizonte anunciado que aquela seria uma noite tempestuosa, durante a tarde os raios de sol aqueceram minha pele. A grama não era exatamente verde e viva, mas a aparência das casas intocadas pelo apocalipse era nostálgica. Tudo parecia perfeito a sua própria maneira.

Foram dois dias de trabalho até ali, afinal a pior parte foi limpar os corpos, com seus cheiros nefastos que quase tornavam insuportável o trabalho de carregá-los, mesmo que tenhamos enrolado-os com lençóis ou sacos de lixos. Nunca realmente nenhum de nós havia carregado uma dessas coisas por muito tempo (no máximo arrastar para fora do caminho), mas agora era um novo cen&aacut

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