Ah seu braço... sussurrei a voz um pouco áspera pela empolgação não é ruim assim pra você?
Eu consigo mexer o braço só dói para alguns movimentos anjo... sua expressão maldosa voltou ao rosto. Mesmo se não pudesse só preciso de um pra te fazer gritar.
Quando ele colocou a mão dentro do meu shorts e senti seus dedos em mim não precisei de muito para ver como ele falava sério. Enrosquei meus dedos no seu cabelo puxando para ocupar minha boca e não realmente acabar gritando.
Ergui uma perna para dar lhe mais acesso e ele a segurou na altura da cintura prendendo-a contra o armário assim. Seu sorriso convencido sempre no rosto enquanto ele me observava reagir ao seu toque.
Quando me movimentei e forcei a perna que ele segurava com o braço direito seu rosto se franziu em uma careta de dor.
Ah, desculpa respirei fundo e encos
Em determinado momento eu não soube mais dizer quando o som da tempestade em meus sonhos se misturou com o retimbar das trovoadas de fora das janelas. Antes que eu fosse capaz de definir qual era qual, eles misturaram se em um só reverberar, mas só quando ficou claro para mim que o estouro que sacudiu a casa não pertencia a minha imaginação fui arracanda do estado de semiconsciencia que eu estava.O som da chuva era violento e aquela altura a ventania sacudia com foas vidraças ameaçando parti las , mas ainda assim aquele rugido havia sido muito mais barulhento do que qualquer tempestade. Eu já estava sentada na cama e senti, no escuro as cobertas se mexendo enquanto Guga acompanhava meus movimentos.O que houve...Nada capaz de produzir tal som poderia significar algo bom aquela altura, mas somente quando o mesmo barulho ecoou novamente, seguido de baques contínuos, expu
Querer? Guga, a Mayara nem gosta de homem, você é retardado? Respondi, sem medir as palavras. Eu não queria acreditar que eu ouvia aquilo sair da boca dele.Ele franziu o cenho, parecendo completamente incrédulo. Por um momento, achei que tivesse ido muito longe, mas ele me interrompeu antes que eu pudesse me desculpar.Ela ficou com metade dos caras do nosso colégio! Meu Deus Rute, ela já ficou até comigo! De onde você tirou isso?!Sim, eu, com certeza, devo ser a primeira pessoa do mundo que se descobriu tarde! A raiva em suas palavras afastava o nervosismo e hesitação anteriores.Guga ficou em silêncio por alguns segundos, ainda atônito. Assim como Mayara todos os sentimentos pareciam passar por ele dê uma só vez: medo, raiva, incredulidade. Em determinado momento, eu nem saber
Assim que atravessei a porta e as gotas de chuva bateram com força no meu rosto, senti os joelhos tremendos. Havia tantas coisas, tantos sentimentos borbulhando dentro de mim: a dor, a raiva, o medo… principalmente o cansaço…Eu estava exausta fisicamente e também exaurida mentalmente, mas esse sentimento não era exclusivo daquele dia. Enquanto minhas roupas imediatamente ficavam encharcadas conforme a tempestade continuava implacável quis deitar-me no chão em posição fetal e ficar ali para sempre quem sabe terminar aquela história da mesma forma que ela começou.Mas eu não ia, eu sabia disso…Olhei para a casa marrom onde Alex provavelmente dormia. Perguntei-me se ele não ouvira nada, mas logo o relâmpago que iluminou o céu trouxe seu trovão estrondoso sobre o mundo, e pensei que talvez aquele tiro nem houvesse sido t&ati
Franzi o cenho um pouco confusa com aquilo, e apesar de não concordar com suas decisões quando o conheci, era claro para mim como o homem poderia ser sensato, mas, ainda assim, eu não esperava aquele tipo de comportamento. Nem, dele e nem de sua esposa. Minha intenção em ira falar com eles, além de buscar orientação era ter certeza de que isso não poderia ser o declínio de nossa amizade.Então Tony respirou fundo repetindo sua atitude tão característica de levar os dedos a ponte do nariz. Em seguida trocou um olhar com sua esposa, que deu de ombros, assentindo levemente com a cabeça.Rute… ele começou voltando a ficar seus olhos claros em mim. Eu já matei um homem…Um arrepio sacudiu meu corpo e pela primeira vez as emoções conflitantes daquele dia foram soterradas pelo medo e surpresa.
Ninguém me questionou quando voltei completamente molhada, o corpo tremendo e o rosto choroso. Passei por Guga, que estava fechado do lado de fora da sacada, encolhido em uma cadeira e talvez ele nem tenha reparado na minha presença, mas eu também não pude me ocupar com a dele.Amanda havia coberto o corpo dele com um lençol, que já estava manchado de sangue. Eu não sabia onde Elton, Mayara e Valentina estavam.Não foi fácil para nós duas movermos um cadáver de 80 quilos, mas conseguimos levá-lo até o andar de baixo, deixando-o em um quarto fora do caminho. Havia muito sangue para limpar, por isso demoramos no processo, mas Amanda permaneceu ao meu lado até o céu profundamente escuro começar a clarear. Conversamos um pouco, mas a companhia silenciosa já era um bom cons
Ah sim… claro… ela passou a mão pelos fios úmidos, apertando as mechas até embaixo para respingar a água, que formou uma poucinha cinzenta como o céu no chão. Então, estávamos todos lá embaixo. Eu fiquei de olho nele a noite inteira. Acho que gora está óbvio porque eu achei que beber não seria uma ideia interessante…Enquanto cuidávamos de Elton, ele só ficou lá… sentando, nos observando, com aquele olhar estranho. Ela não falou nada por um tempo, mas sempre se mexia, ajeitando alguma parte de sua roupa e seus fios de cabelo. Sabia que estava desconfortável, mas também sabia que ela queria terminar aquilo.Eventualmente eu achei que era a minha chance de subir, me trancar em um quarto e dormi tranquila. Porque sabe, se nada acontecesse essa noite, acho que de resto ficaria tudo bem… eu acho que
Gemi com o esforço sentindo meus braços queimarem pela força empregada. Quando finalmente consegui atirar aquele monte de terra para longe, apoiei-me arfando non cabo da pá.Eu já imaginava que aquele trabalho me exigiria tempo, mas quando comecei a sentir o sol queimando a minha pele, percebi que já estava ali há quase uma hora. A dor no corpo não era nada comparada a constante ânsia em realmente pensar que eu estava fazendo aquilo esforçando-me tanto por alguém que na minha opinião sequer merecia uma pedra sobre o seu túmulo.A minha vontade de não estar ali só não era maior do que os constantes enjoos, graças aos exageros da noite passada. Minha cabeça latejava, meus braços doíam e eu sentia todo o meu corpo coberto de suor, mas persisti. Por mim poderíamos ter atirado nele com o resto dos zumbis, mas imaginei que haveria
É daqui para frente… ele continuou tirando os óculos e limpando-os na barra da camisa. Eu tenho medo de como as coisas vão ficar. Tenho medo de como ela vai se recuperar, de como ficarão as coisas com a família Martins… é idiota, mas tenho medo até mesmo como as coisas vão ser com você e Guga. Elton como sempre não era exatamente cuidadoso com as palavras, fazendo uma pontada de fogo arder em meu coração.Respirei fundo preparada em dar uma resposta esperada, mas onde não havia nada de automático. Cada palavra que disse a ele naquela melancólica tarde de fim verão era a mais sincera verdade que havia no meu coração:É como eu disse antes, Elton: vamos continuar…Ele me olhou, um pouco desanimado… mas continuar para onde?Um sorriso