A chuva continuava caindo, porém com menos intensidade e a conexão de internet estava bem lenta devido a isso.
Estava pensando em ir tentar dormir quando bateram a porta. Chase latiu e correu, sentando e balançando a cauda demonstrando que era alguém conhecido.
Chequei pelo olho mágico e vi que era Christian. Encostei-me a porta dividida entre abrir ou não, ainda estava chateada com ele.
– Jessie, por favor, eu sei que você está aí. – sua voz soou abafada do outro lado. – Eu fui um idiota com você, de novo. Eu só quero conversar. Prometo que vou embora logo depois.Chase latiu e arranhou a porta.
– Hei amigão, cadê a sua mamãe? Pede para ela conversar comigo.Por mais incrível que pareça, o cachorro olhou para mim e latiu.
– Até você. – murmurei fazendo carinhoOlhei-me no espelho mais uma vez, procurando algum defeito no meu visual. Eu estava nervosa, afinal, hoje irei conhecer a família de Christian.O macacão longo vermelho e de alcinhas finas, moldava em meu corpo com perfeição. Para completar, calcei um tênis branco. Deixei os cabelos soltos caindo em ondas sedosas em minhas costas nuas.Ao checar meu celular, vi que o Uber já estava chegando e peguei minha bolsa e um par de óculos escuro saindo do quarto. Peguei também o presente que comprei para Ellie, a mãe de Chris.Despedi-me de Chase e abri a porta ao ouvir a buzina do carro. O Hyundai Tucson preto estava estacionado e o motorista acenou para mim.A família de Christian, assim como ele, morava em Brooklyn Heights, um bairro residencial ao norte do distrito de mesmo nome. O lugar era refinado, com elegantes casas de tijolos vermelhos e prédios muito bonitos. É conh
Fui apresentada ao pai e aos irmãos de Christian. Michael Wright-Jones com seus setenta e seis anos era um homem simpático, calmo e profundamente apegado a família. O mais velho, Jonathan, tinha uma feição dura e parecia ser um homem sério e profundamente apegado aos valores tradicionais, ele tem quatro filhos e uma neta.Katherine foi a mais simpática e se parecia muito com a mãe. Tem dois filhos e um neto.Abigail, chamada carinhosamente de Abby era a caçula das mulheres e apesar de ter sido simpática, eu não gostei muito do seu jeito. Seus três filhos estavam presentes e Bárbara era a cópia fiel da mãe, percebi seus olhares tortos endereçados a mim e na primeira oportunidade que Christian se afastou, eu entendi o motivo.– Então? Gostando? – Andrew sentou ao meu lado e olhei para ele enquanto bebia um gole da cerveja. &nd
Entrei no restaurante tirando os óculos escuros. Conferi a hora no celular e vi que eu não estava muito atrasada, soltei um suspiro aliviado. Avistei Rebecca sentada e fui até lá. – Até que enfim! – ela disse entusiasmada quando me viu e levantou para me abraçar. – Oie meu bem, como você está?– Estou ótima, e você?– Muito bem também.Trocamos um sorriso cúmplice e sentamos aguardando a chegada de Gabby que havia combinado o almoço.A vida estava um pouco corrida ultimamente, quase um mês havia se passado e mal tivemos tempo de nos ver.Depois daquela reportagem sobre as cartas de Donna Carter Adams, a Woman Entertainment estava decolando nas vendas e eu consequentemente trabalhando muito, já que Ted me deu exclusividade para as principais manchetes da revista. Nora e Grey eram meus ajudantes e form&a
Levantei e dei a volta encostando-me a mesa enquanto ele sentava a poltrona que eu indicava. – Tudo bem? – ele perguntou e eu cruzei os braços na altura do peito.– Grey eu acabei de saber que você e a Gabby estão planejando irem morar juntos.– Ela me disse que ia contar a vocês hoje, eu pedi para ela esperar mais um pouco, mas...– Pediu para ela não nos contar agora? – perguntei surpresa o interrompendo.– Jessie eu sei o que você pensa de mim. A Gabriella não me disse nada, não se preocupe, mas não é difícil imaginar que você já falou algo a meu respeito, principalmente por causa do jeito que eu agia aqui na revista. – Sendo sincera, você não é o tipo de cara que eu apresentaria para uma irmã ou uma amiga.Grey deu risada.– Você tem motivos para
As malas já estavam no carro e eu voltei rapidamente apenas para trancar a porta. Chamei Chase que caminhava tranquilamente pela rua e ele veio correndo, e entrou no carro.Entrei também fechando a porta e colocando o cinto.– Pronto? – Christian perguntou ao meu lado e assenti sorrindo ajeitando os óculos escuros em meu rosto.– Pronto, podemos ir.Ele se aproximou beijando rapidamente meus lábios e logo em seguida ligou o carro.Só conseguimos sair no sábado de manhã por conta do meu trabalho.A viagem até Plattsburgh duraria de cinco a seis horas, teríamos que fazer algumas paradas por conta de Chase, mas nada que atrasasse muito. O clima estava agradável, nem quente e nem frio. – Meus pais ontem tiveram uma discussão por conta de Bárbara e Abby. – Christian comentou de repente e olhei para ele.– Por quê?
Plattsburgh ficava quase na divisa com o estado de Vermont, a beira do lago Champlain.Passamos pelos arredores e não pude ver muito do centro da cidade, Christian disse que voltaríamos depois. Paramos em um pequeno mercado apenas para comprar comida e mais algumas coisas.Voltamos à estrada e ele foi em direção ao norte, as placas indicavam que faltava pouco mais de cem quilômetros para a divisa com o Canadá.Deixamos a rodovia principal e seguimos por uma estrada de terra bem preservada. As árvores altas e frondosas mal deixavam a luz do sol entrar. – E chegamos. – Christian fez uma curva e logo adiante uma cabana toda de madeira apareceu em meu campo de visão.A construção ficava no alto de uma pequena colina rochosa e cercada por árvores e arbustos, parecia ser encravada na natureza. Eu fiquei encantada e desci do carro admirando aque
Dormir e acordar ouvindo os sons da natureza era uma experiência única. Sentia-me relaxada e renovada como não acontecia há muito tempo.Virei para o lado e vi o rosto adormecido de Christian. Fiz um carinho de leve e ele se mexeu acordando.– Bom dia meu amor. – sussurrou me abraçando e sorri feliz adorando tudo aquilo.– Bom dia amor.Christian levantou primeiro e eu logo depois, arrumei a cama e ao sair do quarto, senti o cheirinho gostoso de café sendo feito. O café dele era maravilhoso.Desci a escada devagar sem fazer barulho e parei a porta a cozinha observando aquela cena perfeita. Christian fritava ovos e bacon enquanto brincava com Chase, que latia e balançava o rabo.O cachorro me viu e correu até mim.– Bom dia meu filhote. – fiz carinho em suas orelhas e em seu pelo.Abri a porta da cozinha e ele correu para fora.– Ach
Olhei pelo retrovisor enquanto a cabana ia ficando distante, eu realmente adorei esse lugar.Christian parou para abastecer no posto perto da entrada da cidade e fiquei olhando enquanto ele ia até a bomba de gasolina. Estava inquieto e nervoso.Desci também e fui até ele.– Posso dirigir? – perguntei encostando ao carro.– Não precisa Jessie, eu tô bem.– Não, você está preocupado. Me deixe dirigir, prometo não errar o caminho. – brinquei e surtiu efeito, pois ele riu me puxando pela cintura. – Por que eu não a encontrei antes?– Porque não era o momento certo.Nos beijamos de novo e me afastei indo até a porta do motorista. Christian pagou pelo combustível e veio também para o carro, entrando no banco do passageiro.Por ser domingo à tarde, a freeway est