As malas já estavam no carro e eu voltei rapidamente apenas para trancar a porta. Chamei Chase que caminhava tranquilamente pela rua e ele veio correndo, e entrou no carro.
Entrei também fechando a porta e colocando o cinto.
– Pronto? – Christian perguntou ao meu lado e assenti sorrindo ajeitando os óculos escuros em meu rosto.– Pronto, podemos ir.Ele se aproximou beijando rapidamente meus lábios e logo em seguida ligou o carro.
Só conseguimos sair no sábado de manhã por conta do meu trabalho.
A viagem até Plattsburgh duraria de cinco a seis horas, teríamos que fazer algumas paradas por conta de Chase, mas nada que atrasasse muito. O clima estava agradável, nem quente e nem frio.
– Meus pais ontem tiveram uma discussão por conta de Bárbara e Abby. – Christian comentou de repente e olhei para ele.– Por quê?Plattsburgh ficava quase na divisa com o estado de Vermont, a beira do lago Champlain.Passamos pelos arredores e não pude ver muito do centro da cidade, Christian disse que voltaríamos depois. Paramos em um pequeno mercado apenas para comprar comida e mais algumas coisas.Voltamos à estrada e ele foi em direção ao norte, as placas indicavam que faltava pouco mais de cem quilômetros para a divisa com o Canadá.Deixamos a rodovia principal e seguimos por uma estrada de terra bem preservada. As árvores altas e frondosas mal deixavam a luz do sol entrar. – E chegamos. – Christian fez uma curva e logo adiante uma cabana toda de madeira apareceu em meu campo de visão.A construção ficava no alto de uma pequena colina rochosa e cercada por árvores e arbustos, parecia ser encravada na natureza. Eu fiquei encantada e desci do carro admirando aque
Dormir e acordar ouvindo os sons da natureza era uma experiência única. Sentia-me relaxada e renovada como não acontecia há muito tempo.Virei para o lado e vi o rosto adormecido de Christian. Fiz um carinho de leve e ele se mexeu acordando.– Bom dia meu amor. – sussurrou me abraçando e sorri feliz adorando tudo aquilo.– Bom dia amor.Christian levantou primeiro e eu logo depois, arrumei a cama e ao sair do quarto, senti o cheirinho gostoso de café sendo feito. O café dele era maravilhoso.Desci a escada devagar sem fazer barulho e parei a porta a cozinha observando aquela cena perfeita. Christian fritava ovos e bacon enquanto brincava com Chase, que latia e balançava o rabo.O cachorro me viu e correu até mim.– Bom dia meu filhote. – fiz carinho em suas orelhas e em seu pelo.Abri a porta da cozinha e ele correu para fora.– Ach
Olhei pelo retrovisor enquanto a cabana ia ficando distante, eu realmente adorei esse lugar.Christian parou para abastecer no posto perto da entrada da cidade e fiquei olhando enquanto ele ia até a bomba de gasolina. Estava inquieto e nervoso.Desci também e fui até ele.– Posso dirigir? – perguntei encostando ao carro.– Não precisa Jessie, eu tô bem.– Não, você está preocupado. Me deixe dirigir, prometo não errar o caminho. – brinquei e surtiu efeito, pois ele riu me puxando pela cintura. – Por que eu não a encontrei antes?– Porque não era o momento certo.Nos beijamos de novo e me afastei indo até a porta do motorista. Christian pagou pelo combustível e veio também para o carro, entrando no banco do passageiro.Por ser domingo à tarde, a freeway est
Levantei antes do meu horário habitual, eu não consegui dormir. O que aconteceu com Bárbara havia tirado o meu sono.Tomei um banho e me arrumei para o trabalho. Christian não ligou e eu estava preocupada, queria ter notícias da garota. Por isso, enquanto preparava meu café, resolvi ligar.Chamou três vezes até ele atender.– Oi. – reconheci a voz sonolenta e me arrependi por ter ligado, ele estava dormindo.– Oi, desculpe ter ligado.– Tudo bem meu amor, bom dia. – Bom dia, como você está?– Bem e você?– Bem e preocupada, tem notícias?Coloquei o café em uma caneca e puxei uma cadeira sentando.– Ela vai ter alta hoje, está em observação. – Que bom Christian.– Meu pai está
A semana passou voando, o trabalho estava indo bem, meu relacionamento com o Christian estava maravilhoso, todas nós felizes. No domingo marcamos de sairmos todos juntos, um programa de casais.Na quinta fui almoçar com meus pais e contei sobre Christian, meu pai e minha irmã me apoiavam como sempre, mas minha mãe tinha seus comentários ácidos. Eu preferia ignorar.No sábado, levamos Ivy para almoçar e contar a ela que estamos juntos.– Então você ta namorando o meu pai? – a garota perguntou olhando para mim e depois encarando o pai. Aqueles olhinhos azuis tão iguais aos de Christian. – Estamos namorando sim querida. – ele respondeu e um sorriso se abriu nos pequenos lábios rosados.Ivy se jogou em meus braços e eu a abracei apertado, eu fiquei emocionada por aquele gesto e Christian me olhou sorrindo. &
Mas infelizmente não foi engano.Gabriella e Grey haviam sofrido um grave acidente ontem à noite quando voltavam para casa. Ele infelizmente não resistiu aos ferimentos e minha amiga estava no hospital, sua vida por um fio.Christian conversava ao telefone enquanto eu tentava tomar banho e me arrumar para ir até o hospital, mas estava tão nervosa que mal conseguia fazer algo sem derrubar alguma coisa. — Eu só vou tomar um banho rápido e nós vamos até lá. — ele disse assim que me viu descer a escada e assenti em silêncio. — Eu sei que nada do que eu diga vai adiantar nesse momento, eu só quero que você saiba que eu estou aqui.Meus olhos ficaram marejados e ele me abraçou apertado. Eu não queria me entregar aquela sensação de que está tudo perdido, eu queria acreditar que tudo daria certo, eu precisava acreditar nisso
Voltei para a sala com o celular na mão e sentei na poltrona próxima à janela. A noite estava clara, a lua cheia brilhava no céu. Minhas mãos suavam e eu me senti subitamente nervosa, tinha receio que Rebecca não quisesse falar comigo, eu ficaria muito mal se isso acontecesse.Cliquei em seu contato e esperei que a chamada completasse com o coração aos pulos. No terceiro toque ela atendeu.— Jessie. — sua voz chorosa acabou comigo e meus olhos ficaram marejados.— Oi amiga.Ouvi Rebecca soluçar e seu choro baixinho preencheu a ligação. Deixei a emoção me levar e me permiti chorar também.Ficamos alguns minutos assim, uma ouvindo o choro da outra. — Como você está? — perguntei depois de um tempo enquanto secava o rosto com a manga da blusa.— Levando, um dia por vez, um momento por vez
O jantar na casa dos meus pais seria hoje à noite e eu estava super nervosa.Não sei como, mas meu pai conseguiu convencer minha mãe a receber Christian, e eu estou muito agradecida por isso.Saí mais cedo da editora, na hora do almoço, tinha hora marcada em um salão de beleza.Enquanto dirigia até o shopping, ligava para Betthany, queria saber como as coisas estavam por lá. — Hei mana! — a voz alegre da minha caçulinha preencheu o interior do carro e acabei sorrindo.— Oi Betthy, como estão as coisas?— Muito bem, confesso até que estou surpresa. Mamãe está preparando um verdadeiro banquete.— Sério?! — perguntei surpresa também. — Sim. Disse que dessa vez você vai ter sorte e o Christian vai ser um cara legal.— Olha, eu não sei nem o que