A contragosto, Barbara se vestiu e calçou os sapatos. Prendeu os cabelos em um rabo de cavalo e fez uma maquiagem, a qual teve de refazer algumas partes. Lágrimas não paravam de ser derramadas. Após passar perfume e colocar brincos longos, ela desceu. Ao pé da escada, Edgar a esperava. Quando a viu, sorriu. Não havia nada que adorasse mais nela do que as suas pernas de fora, como estavam naquele momento. O vestido seria criticado por seu futuro sogro, mas não estava se importando. Queria mesmo era esfregar na cara dos primos a mulher gostosa que o seu pai havia arrumado para ele.Barbara revirou os olhos para aquele sorriso. Passou por ele sem dizer nada e seguiu para sala de estar onde acontecia a grande reunião de família. Quando se aproximou da entrada, Edgar correu para alcançá-la, apanhando a sua mão. Ela tentou soltá-la, mas ele não permitiu.— Se esforce ao menos essa noite — pediu ele, com um novo sorriso enorme congelado na face. — Acho que o seu pai ficará feliz se fizer iss
Barbara não vomitou, mas vontade não lhe faltou com toda aquela falação e aproximação. O perfume do Edgar era mais doce do que o dela e ridículo de tão ruim. Ela enrolou pelo máximo de tempo que pôde, mas logo a sua mãe bateu na porta, dizendo que Carlos não estava muito feliz com o seu comportamento.Barbara voltou para festa e se abrigou para ficar do lado do babaca do seu noivo. Muitos vieram cumprimentá-los. Alguns eram educados, mas outros eram grotescos e faziam piadinhas do tipo: “mirou no casamento arranjado e acertou em uma bela gostosa.” Ela estava cada vez mais cansada e saturada de estar ali. Começou a pensar que a festa depois daquele noivado não era uma ideia ruim. Após aquela noite deplorável, precisava dançar e beber um pouco. Extravasar por umas belas três horas lhe faria bem.Quando o jantar acabou, sem se despedir de ninguém, ela e Edgar entraram no carro e foram para outra mansão onde rolava uma grande festa. Ele já chegou sendo cumprimentado por todos, parecia até
Barbara mirou no rosto dele a cerveja que tinha no copo, encharcando a face e a camisa. A garota saiu dali, descendo a escada às pressas. Talvez tenha ficado com medo de apanhar.— Que porra foi essa? — perguntou ele, irado.— Você não passa de um merda! — berrou. — Você sabia que ele tinha me dopado e não me disse nada. Jogou a culpa em mim, disse que bebi demais para proteger aquele abusador do caralho!Edgar endureceu a feição e chegou mais perto dela, agarrando-a pelo braço.— Cala a boca — disse entredentes, baixo. — Não faça escândalos. — Olhou ao redor e viu que algumas pessoas os observavam, enquanto outras, nem sequer os ouvia devido à música alta.— Eu vou denunciar aquele imbecil!— Você não vai fazer nada! Vamos embora.Desceu, arrastando-a com ele para fora da casa.— Me solte, porra! — Tentou livra-se dele.— Por que você está falando essas merdas? Só queria me envergonhar lá dentro? — gritou, indo em direção ao seu carro.— Me solte! — berrou novamente, conseguindo se l
No dia seguinte, Barbara acordou enjoada outra vez. Ela se levantou e correu em direção ao banheiro. Ajoelhou-se em frente à privada e vomitou. Arrependeu-se amargamente da dose de tequila e do meio copo de cerveja que tomou. A cabeça latejou e as coisas rodaram ao seu redor por alguns segundos. Ela não entendia o porquê se sentia mal. Já havia ido para festas e bebido muito mais do que na noite anterior e nunca se sentiu assim como naquela manhã ou quando voltou para casa.Uma batida contra a porta soou chamando a sua atenção. Vagarosamente, se levantou e foi até lá, abrindo-a. Ângela estava parada do outro lado com um sorriso congelado no rosto, que se desfez ao ver a filha. Barbara estava pálida e suava um pouco.— O que você tem? — ela perguntou ao entrar.— Nada. — Fechou a porta.— Você não parece bem, está doente? Vomitou? — Estreitou os olhos para ela.— Estou bem, só bebi demais ontem.Uma risadinha irônica ecoou da sua mãe.— É bom que isso seja muita tequila. O seu pai fica
Após se despedirem, ela, Carlos e Ângela seguiram para o aeroporto onde o jatinho da família os esperava. Durante a uma hora e quinze minutos de voo, Barbara sentiu-se um pouco enjoada. Ela foi ao banheiro algumas vezes e jogou água no rosto. Respirou fundo tentando aliviar a vontade de vomitar todo o café da manhã. O desespero voltou a brotar dentro dela, deixando-a muito ansiosa e nervosa. Olhou-se no pequeno espelho e sentiu vontade de chorar. Envolver um bebê nessa merda de vida era muito injusto. E ela nem mesmo estava perto de estar pronta para ser mãe.Alguém bateu na porta do banheiro, assustando.— Vamos descer — ouviu o seu pai dizer.— Já estou saindo.Ela voltou para o assento e afivelou o cinto de segurança. Quando começaram a descer, cobriu a boca com a mão contendo o vômito que subia a goela. Quando enfim a porta da aeronave foi aberta, se levantou às pressas, apanhou a mala e desceu sem esperar por ninguém.— Barbara! — chamou o seu pai.Ela nada disse. Apressou os pas
Ester estava largada do sofá e bebia a sua quinta dose de Bourbon. Barbara já havia chorado bastante e se perguntado o que fazer e qual decisão tomar. Porém, achava injusto tomar qualquer posicionamento sobre a sua gravidez sem antes falar com a outra parte envolvida. No quarto, pegou o celular azul. Buscou pelo único número salvo e ligou. Embora ainda achasse que as paredes na sua casa tivessem ouvidos, precisa falar com Matheus e ouvir a voz dele.— Te mandei várias mensagens, mas você não viu nenhuma delas — disse ele ao atender.— Me desculpe. — A voz dela saiu baixa.Ele estranhou. Do outro lado, Matheus franziu o cenho e sentiu uma leve preocupação.— Tá tudo bem?— Eu preciso te ver.— É só dizer quando e onde.— Pode ir até o Copacabana Palace, em uma hora?— Posso, é claro.— Diz que me ama. Preciso muito ouvir isso agora. — Fechou os olhos, sentindo mais lágrimas descerem.— Eu te amo, Barbara. Como todo o meu coração. — Ele sempre era muito firme quando dizia isso. Barbara
Barbara se levantou cobrindo os seios com um dos travesseiros sobre o colchão. Abaixou a cabeça, nervosa. Matheus acariciou a sua face e beijou a sua testa. — Fala o que aconteceu, por favor. Estou preocupado.Ela o olhou aflita. Respirou fundo e abriu a boca, mas não conseguia dizer nem uma palavra. Matheus franziu o cenho. Retirou uma mecha do cabelo caída sobre o rosto e olhou-a nos olhos. Pelo medo que via neles, temeu que o maldito Edgar tivesse feito algo com ela durante aquele fim de semana em que quase não se falaram. Ela nunca ficava estranhamente tensa na hora do sexo.— O Edgar fez algo com você? — Ela negou outra vez com a cabeça em resposta. — O seu pai, talvez?— Não. — Outra lágrima desceu pela face.— Por favor, Barbara... fala! — disse em um tom mais firme.Ela engoliu em seco o medo de falar-lhe o que veio dizer.— Matheus... — Encarou-o no fundo dos olhos com receio da reação que ele teria, embora tivesse certeza de que não seria um escroto.— Fala — encorajou-a.
Barbara remexia o quadril sobre o colo do Matheus, indo e voltando. Para frente e para trás. Os corpos estavam suados e o cômodo se enchia com gemidos excitantes e palavrões que provocavam cada vez mais tesão neles. As mãos dele apertavam os seios dela, sentindo-o um pouco maior que o costume. Uma delas deslizou por entre as mamas descendo pelo vale e atravessando a barriga até chegar ao seu ponto sensível onde ele a massageou. Ela curvou o corpo para frente, pairando sobre ele e o beijou. Matheus mordeu o seu lábio inferior, agarrando os cabelos da nuca, enquanto continuava com a massagem.— Ah! — ela gemeu alto, sentindo o orgasmo se aproximar.— Porra! — murmurou ele quando as paredes internas da sua vagina apertaram o seu pau, levando-o à loucura. — Eu vou gozar — anunciou ele.Barbara continuou a sentar com mais agilidade. E enfim os dois chegaram juntos ao ápice. Ela o beijou com calor e volúpia, repleta de tesão e desejo puro.— Você é uma delícia!— Toda sua — disse cheia de p