No dia seguinte, Barbara acordou enjoada outra vez. Ela se levantou e correu em direção ao banheiro. Ajoelhou-se em frente à privada e vomitou. Arrependeu-se amargamente da dose de tequila e do meio copo de cerveja que tomou. A cabeça latejou e as coisas rodaram ao seu redor por alguns segundos. Ela não entendia o porquê se sentia mal. Já havia ido para festas e bebido muito mais do que na noite anterior e nunca se sentiu assim como naquela manhã ou quando voltou para casa.Uma batida contra a porta soou chamando a sua atenção. Vagarosamente, se levantou e foi até lá, abrindo-a. Ângela estava parada do outro lado com um sorriso congelado no rosto, que se desfez ao ver a filha. Barbara estava pálida e suava um pouco.— O que você tem? — ela perguntou ao entrar.— Nada. — Fechou a porta.— Você não parece bem, está doente? Vomitou? — Estreitou os olhos para ela.— Estou bem, só bebi demais ontem.Uma risadinha irônica ecoou da sua mãe.— É bom que isso seja muita tequila. O seu pai fica
Após se despedirem, ela, Carlos e Ângela seguiram para o aeroporto onde o jatinho da família os esperava. Durante a uma hora e quinze minutos de voo, Barbara sentiu-se um pouco enjoada. Ela foi ao banheiro algumas vezes e jogou água no rosto. Respirou fundo tentando aliviar a vontade de vomitar todo o café da manhã. O desespero voltou a brotar dentro dela, deixando-a muito ansiosa e nervosa. Olhou-se no pequeno espelho e sentiu vontade de chorar. Envolver um bebê nessa merda de vida era muito injusto. E ela nem mesmo estava perto de estar pronta para ser mãe.Alguém bateu na porta do banheiro, assustando.— Vamos descer — ouviu o seu pai dizer.— Já estou saindo.Ela voltou para o assento e afivelou o cinto de segurança. Quando começaram a descer, cobriu a boca com a mão contendo o vômito que subia a goela. Quando enfim a porta da aeronave foi aberta, se levantou às pressas, apanhou a mala e desceu sem esperar por ninguém.— Barbara! — chamou o seu pai.Ela nada disse. Apressou os pas
Ester estava largada do sofá e bebia a sua quinta dose de Bourbon. Barbara já havia chorado bastante e se perguntado o que fazer e qual decisão tomar. Porém, achava injusto tomar qualquer posicionamento sobre a sua gravidez sem antes falar com a outra parte envolvida. No quarto, pegou o celular azul. Buscou pelo único número salvo e ligou. Embora ainda achasse que as paredes na sua casa tivessem ouvidos, precisa falar com Matheus e ouvir a voz dele.— Te mandei várias mensagens, mas você não viu nenhuma delas — disse ele ao atender.— Me desculpe. — A voz dela saiu baixa.Ele estranhou. Do outro lado, Matheus franziu o cenho e sentiu uma leve preocupação.— Tá tudo bem?— Eu preciso te ver.— É só dizer quando e onde.— Pode ir até o Copacabana Palace, em uma hora?— Posso, é claro.— Diz que me ama. Preciso muito ouvir isso agora. — Fechou os olhos, sentindo mais lágrimas descerem.— Eu te amo, Barbara. Como todo o meu coração. — Ele sempre era muito firme quando dizia isso. Barbara
Barbara se levantou cobrindo os seios com um dos travesseiros sobre o colchão. Abaixou a cabeça, nervosa. Matheus acariciou a sua face e beijou a sua testa. — Fala o que aconteceu, por favor. Estou preocupado.Ela o olhou aflita. Respirou fundo e abriu a boca, mas não conseguia dizer nem uma palavra. Matheus franziu o cenho. Retirou uma mecha do cabelo caída sobre o rosto e olhou-a nos olhos. Pelo medo que via neles, temeu que o maldito Edgar tivesse feito algo com ela durante aquele fim de semana em que quase não se falaram. Ela nunca ficava estranhamente tensa na hora do sexo.— O Edgar fez algo com você? — Ela negou outra vez com a cabeça em resposta. — O seu pai, talvez?— Não. — Outra lágrima desceu pela face.— Por favor, Barbara... fala! — disse em um tom mais firme.Ela engoliu em seco o medo de falar-lhe o que veio dizer.— Matheus... — Encarou-o no fundo dos olhos com receio da reação que ele teria, embora tivesse certeza de que não seria um escroto.— Fala — encorajou-a.
Barbara remexia o quadril sobre o colo do Matheus, indo e voltando. Para frente e para trás. Os corpos estavam suados e o cômodo se enchia com gemidos excitantes e palavrões que provocavam cada vez mais tesão neles. As mãos dele apertavam os seios dela, sentindo-o um pouco maior que o costume. Uma delas deslizou por entre as mamas descendo pelo vale e atravessando a barriga até chegar ao seu ponto sensível onde ele a massageou. Ela curvou o corpo para frente, pairando sobre ele e o beijou. Matheus mordeu o seu lábio inferior, agarrando os cabelos da nuca, enquanto continuava com a massagem.— Ah! — ela gemeu alto, sentindo o orgasmo se aproximar.— Porra! — murmurou ele quando as paredes internas da sua vagina apertaram o seu pau, levando-o à loucura. — Eu vou gozar — anunciou ele.Barbara continuou a sentar com mais agilidade. E enfim os dois chegaram juntos ao ápice. Ela o beijou com calor e volúpia, repleta de tesão e desejo puro.— Você é uma delícia!— Toda sua — disse cheia de p
Naquela noite, ela não conseguiu dormir. Estava ansiosa demais. Passou a madrugada andando pelo apartamento, enquanto comia cereal de milho como petisco. Quando amanheceu, se vestiu colocando um boné na cabeça, colocou algumas peças de roupa da bolsa e sentou-se na sala esperando que desse a hora de sair. No momento em que o relógio marcou dez e meia, ela desceu e dirigiu para o shopping, certificando de que estava sendo seguida. E sim, o carro estava sempre dois veículos atrás dela. Ao chegar, encontrou as lojas abrindo. Ela entrou em uma bomboniere, comprou alguns doces esperando ver o seu perseguidor. Ele estava do lado de fora, fingindo falar ao telefone, mas ela sabia que ele devia estar fotografando ou filmando-a.Recebeu uma mensagem da Ester avisando que estava no banheiro feminino que ficava no final daquele andar. Saiu da loja e seguiu para lá, era o único local onde o detetive não se atreveria a entrar, é claro. Ao passar pela porta, viu a amiga sentada sobre a bancada da p
Quando Matheus se aproximou, pediu para que Barbara pulasse para o banco de trás e se deitasse. Assim os soldados ao pé do morro não a veriam pelo vidro da frente que era translúcido. E assim ela fez. Ele parou em frente à sua casa, abriu o portão da pequena garagem e entrou de ré com o carro. Desceu, deu a volta e abriu a porta da cozinha. Então, abriu a porta do passageiro e deu uma boa olhada para rua, certificando de que ninguém o observava. Retirou Barbara lá dentro, puxando-a rapidamente para dentro de casa. Matheus trancou a porta da cozinha e se virou para ela, parada ao lado da mesa. Eles se entreolharam um tanto tensos e em silêncio. Ele se aproximou e segurou as mãos dela. Viu os olhos da Barbara brilharem de emoção. Os dois riram, felizes.— Essa foi a parte fácil. O mais difícil, vem agora — disse Matheus.— Eu sei. Mas nós vamos conseguir.— Vamos. Pelo nosso grãozinho, né? — Ele sorriu docemente, fazendo o coração dela se derreter mais de amor por ele.Adorava quando el
Barbara abriu os olhos e observou o teto do quarto escuro. Ali dentro estava muito quente. Nesses últimos três dias, havia apenas uma única coisa da qual sentia saudade. O seu ar-condicionado. Matheus se mexeu ao seu lado, ajeitando-se melhor na cama. Olhou para ele e sorriu feliz. Apesar de ali não ter o mesmo conforto com o qual estava acostumada, tinha o amor da sua vida. Ele dormia ressonando profundamente. Tinha um braço acima da cabeça e a mão direita largada sobre a barriga. Ah, aquela barriga. Barbara tinha um desejo constante de lambê-la.Olhou para cama de solteiro que ficava a um metro dos pés da sua cama e a viu vazia. Gabriela não dormia em casa desde que ela chegou ali. Mal entrava e já saia, sempre de cara amarrada e resmungando pelos cantos. Barbara fazia questão de não ouvir as provocações dela. Fazia de tudo para não tornar a convivência difícil.Suspirando fundo, voltou a sua atenção para Matheus. Os dedos tocaram cuidadosamente o peitoral dele com carícias, fazendo