Capítulo 61

O celular da Barbara começou a tocar. Ela o sentiu vibrar nos seus pés. Lá fora um barulho assustador começou a ecoar. Era de uma motosserra. O carro então se movimentou um pouco e ela sentiu uma dor lacerante na sua perna. Gritou.

— Tudo certo aí? — perguntou Valéria.

— A minha perna dói. Dói muito.

Começou a mexer no airbag, tentando se livrar de toda aquela lona amontoada em cima de si. Enfim, conseguiu enxergar a sua coxa direita. Havia um pouco de sangue ali. Levou os dedos até lá e sentiu um pequeno estilhaço fincado na pele. Ela mexeu um pouco mais no airbag e conseguiu liberar a janela à esquerda. Lá fora a chuva ainda caia, mas não mais tão forte.

Uma mulher do corpo de bombeiros se aproximou às pressas quando a viu aparecer na janela.

— Tudo bem, Barbara?

Ela secou as lágrimas e olhou novamente para coxa.

— Tem um estilhaço na minha perna.

— Já estamos acabando. A sua porta está emperrada, então vamos ter que cortar. Só mais alguns minutos.

Barbara assentiu.

Não demorou mui
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