(Ariel)
Ele mais uma vez me puxou para trás de si, como se fosse uma parede humana a fim de me proteger de Seok.
Meu antigo amigo ficou confuso, olhando entre Christian e eu.
ー Podemos conversar lá dentro? Sei que moro em Nova York, mas não estou acostumada com o nível do frio daqui.
Eu não estava com frio de verdade, apenas quis acabar com a discussão desses dois.
ー Tudo bem, entrem. - Seok seguiu na frente e antes que eu pudesse ir, senti a mão de Christian no meu braço, me parando. Ele parecia bastante frustrado.
(Ariel)Enquanto me concentrava no café da manhã, Christian apareceu na cozinha.Seu cabelo ligeiramente desalinhado e o rosto um pouco inchado pelo sono recente o tornavam ainda mais encantador aos meus olhos. Apesar do clima entre nós, não pude deixar de notar como ele ainda era incrivelmente bonito.Ao perceber que eu o observava, um sorriso genuíno se formou em seus lábios. Foi a primeira vez que vi um sorriso verdadeiro nele desde que nos conhecemos, e isso trouxe uma sensação de calor ao meu peito.Sorri de volta, sentindo uma chama de esperança acender dentro de mim.Christian
(Ariel)Um gemido baixo escapou de seus lábios, e eu senti um aperto no peito ao perceber que ele estava consciente. Mesmo com a dor e o caos ao nosso redor, o simples fato de ele estar ali, ainda respirando, trouxe um certo conforto em meio à tragédia iminente.O coração batendo descompassado no peito, eu olhei para Christian com preocupação estampada em meu rosto. Seu gemido de dor ecoou pelo espaço, cortando-me como uma faca afiada.ー Christian, você está bem? - perguntei, minha voz trêmula enquanto observava a expressão de dor em seu rosto.Ele assentiu com a cabeça, mas sua respiração estava rápida e irregular. Com cuidado, ele tentou se mover, mas soltou um grunhido abafado ao percebe
(Ariel)ー Junior, você está bem? - perguntei, minha voz trêmula de preocupação. ー Aguente firme, vou tentar ajudar você a sair daqui.Meu coração se apertou ao ver a expressão de dor no seu rosto enquanto ele gritava ao tentar se mover.Com cuidado, peguei um pedaço de metal afiado e cortei o cinto que o prendia, liberando-o da poltrona. Ele se levantou com dificuldade, soltando mais alguns gemidos de dor.ー Desculpe, eu sei que dói. - murmurei, sentindo-me impotente diante de sua agonia.Rapidamente, olhei para todos os lados, buscando por algo que pudesse ajud&aacu
Christianー Ariel! - Gritei, tentando me levantar mas o meu corpo não me obedecia.Seu corpo caiu desacordado ao meu lado e ela não me movia. O desespero me tomou por completo, temendo o pior.Parecia que havia sido esfaqueado no coração de tamanha a dor que senti nesse momento, achando que tinha a pedido.A equipe chegou até nós, correndo até ela para ajudá-la, verificando seus sinais vitais e preparando a prancha para colocarem ela. Quando a ergueram, vi o sangue escorrer pelo seu nariz e nesse momento meu coração parou por uns segundos.Outros vieram na minha direção, mas eu estava concentrado demais em Ariel
ChristianMeu olhar vagueava pelo quarto de hospital, mas minha mente estava em outro lugar completamente diferente.A imagem de Ariel ajudando Junior, sua expressão determinada e corajosa, ecoava em minha mente, contrastando cruelmente com a imagem de sua frágil forma deitada em uma mesa de cirurgia.Enquanto eu lutava para processar tudo o que estava acontecendo, o médico e sua equipe me examinaram, mas eu mal percebi. Minha mente estava totalmente absorvida pela preocupação com Ariel, com sua segurança e sua recuperação.Quando o médico e os enfermeiros finalmente saíram do quarto, deixando-me sozinho com meus pensamentos tumultuados, Alic
ChristianAssustei com um pulo, a sensação que o pesadelo havia me causado ainda presente em todo o meu corpo..Sentia um calafrio em todo o corpo, enquanto minha mente me levava para as cenas angustiantes do acidente, o som do metal retorcido, o cheiro de fumaça e a imagem de Ariel…A pior parte desse pesadelo, quando vi Ariel, pálida e imóvel, seu corpo sem vida. Um grito de agonia rasgou minha garganta enquanto eu lutava contra a sensação dolorosa em meu peito.O toquei, sentindo ainda doer de tão vívido que foi esse sonho. Suspirei, sabendo que estava com a respiração irregular e meu corpo todo tenso e suado.&nb
Ele se aproximou com um sorriso no rosto, mas eu não consegui retribuir. Tentei me mover, mas ele me prendeu contra a cama, e meu corpo inteiro ficou tenso.ー Calma, meu anjo. Eu só vim verificar se você está bem. Não imagina o medo que eu fiquei de te perder.Sua voz ecoava em meus ouvidos, e eu me sentia presa, incapaz de escapar de suas mãos.ー O que você está fazendo aqui? Como entrou?ー Relaxa. Eu só queria ter certeza de que você está bem.Sua proximidade me deixou desconfortável, e eu me senti encurralada. Ariel10-10 quartaOs dias se arrastavam lentamente, e eu me encontrava presa em um turbilhão de pensamentos e emoções. Cada toque na campainha fazia meu coração disparar, na esperança de que fosse Christian, mas ao mesmo tempo, temendo o que aconteceria se fosse.A lembrança dos beijos ainda me assombrava, a sensação de seus lábios nos meus, seu toque firme e apaixonado. Era difícil ignorar como meu corpo reagia a ele, como se reconhecesse algo que minha mente ainda se recusava a aceitar.Mas junto com essas lembranças vinham outras, mais sombrias e dolorosas. Os momentos em que ele me humilhava, as palavras cruéis que Cap.64 - Confusa.