Depois de esclarecer as coisas para Christian, ele não me procurou mais. Continuei fazendo o meu trabalho e o que ele tinha para resolver, ia atrás de Marissa. Por um momento achei bom, mas não podia mentir ao dizer que isso não me incomodava. Até hoje, tento entender porque sinto essas coisas, sendo que ele apenas me menosprezou desde o início. Não posso me amolecer apenas porque ele começou a agir um pouco melhor. Thomaz era o melhor homem do mundo para mim antes de começar a ser o meu pesadelo. 04-09 TerçaCheguei no estúdio de luta de Alex e o encontrei sentado em um dos bancos, encarando o celular com uma expressão preocupada. Me aproximei, chamando a sua atenção. Ele guardou o aparelho e me ofereceu o sorriso lindo de sempre. 一 Tudo bem? Você parecia um pouco preocupado enquanto olhava o celular. 一 Está tudo bem, são só algumas pendências sobre a instituição, mas vou conseguir resolver. - Ele veio me abraçar e eu retribui, sentindo o seu perfume masculino. 一 Se precisar d
ChristianQuando estava prestes a ir embora, meu celular vibrou com uma mensagem e ao ler, vi que era Marissa, dizendo que estava me esperando no seu apartamento.Respirei fundo, sabendo que teria que agir conforme planejei, mas que minha paciência para aguentá-la não estava crescendo e sim diminuindo.一 Marissa? Continua se encontrando com ela?Ergui o olhar, vendo a confusão de Alex, já que eu tinha dito a ele que não me encontraria mais com Marissa.Ainda não contei ao meu amigo que o gravador na minha sala, encontrado por Ariel, foi obra de Marissa, que as digitais dela
Rapidamente coloquei os papéis nos braços de Ariel, sentindo uma mistura de emoções e principalmente raiva de mim mesmo.一 Obrigada. - Ariel sussurrou, seguindo em frente e eu logo atrás dela, não conseguindo desviar meus olhos do seu corpo pequeno, mas bem distribuído.Ao chegarmos no corredor que levava a minha sala, meu olhar foi imediatamente atraído para Marissa, que estava sentada em sua mesa, parecendo surpreendida com a minha entrada.No entanto, foi a expressão furiosa de Ariel na direção de Marissa que realmente chamou minha atenção. Nunca a vi tão enfurecida antes, e a maneira como ela bateu a porta com força ao entrar na sala me deixou
ArielEu estava sentada na sala, ainda tentando processar o elogio de Vitória e o reconhecimento que recebi durante a reunião. A sensação de satisfação era diluída pela presença opressiva da situação com Christian e Marissa. Enquanto tentava focar nos documentos à minha frente, a porta se abriu abruptamente, anunciando a entrada de Christian.Seu olhar gélido encontrou o meu, e eu senti um arrepio percorrer minha espinha. Era o mesmo olhar repleto de raiva que ele costumava me lançar antes, quando as coisas entre nós eram tensas. Uma sensação familiar de desconforto e medo começou a se apoderar de mim, e instintivamente, me encolhi um pouco na cadeira, tentando me proteger daquela intensidade.
Eu observei ansiosamente enquanto Christian inseria o pen drive no computador, sentindo um nó se formar em minha garganta. Não sabia o que esperar, mas meu coração acelerou quando vi sua expressão se tornar séria ao examinar os arquivos.Sua voz soou firme quando ele se virou para mim, exigindo uma explicação. 一 O que é isso? Por que você está com isso?Engoli em seco, me sentindo cada vez mais desconfortável com a situação. 一 Eu já disse, Christian. Eu só peguei os documentos na minha mesa que Marissa deixou e o pen drive estava em cima deles. Eu pensei que fosse dela. - expliquei, tentando manter a calma.No entanto, Christian não parecia convencido. Seus olhos estavam cheios de desconfiança e raiva quando ele se aproximou de mim, tirando o pen drive com força do computador. Seu olhar penetrante me fez recuar instintivamente, sentindo-me assustada com sua reação intensa.一 Por que está mentindo e jogando a responsabilidade em Marissa? Acha que sou idiota?Sua voz, tão autoritária
一 Ariel.. Você está com muita febre, tem que ir ao hospital. - A voz dele parecia aflita. 一 O que… você está fazendo aqui? - Senti ele tocando minha bochecha de uma forma tão delicada que mais parecia um sonho. 一 Jessica me disse que você amanheceu com muita febre e que estava sozinha aqui… eu… não podia te deixar sozinha desse jeito. Vamos ao hospital. 一 Eu… já tomei um remédio agora a pouco e… como você entrou aqui? Por que… está aqui?Christian ficou em silêncio, preferindo não me responder. Minha mente estava uma confusão e eu acreditava ser por causa da temperatura elevada do meu corpo. Ele colocou o termômetro e murmurou um 39°c , reclamando que a febre não estava diminuindo e em como eu era teimosa em não ir ao hospital. Ele então se afastou e ouvi baixinho sua conversa ao telefone, mas não entendia suas palavras. Ele então saiu do quarto e não voltou mais, foi quando me convenci de que foi apenas uma ilusão da minha cabeça. 一 Ariel… Ouvi sua voz novamente, mas agora eu
Nova YorkJunho, 16 Cheguei em casa e me joguei no sofá, sentindo uma vontade de chorar e gritar para todos ouvirem. A pressão no meu peito era insuportável. — Amiga, aconteceu alguma coisa? — Jéssica, minha melhor amiga, perguntou, se aproximando com a expressão preocupada. Levantei o rosto, vendo-a terminar de arrumar o cabelo antes de voltar ao trabalho.— Fui demitida. — A resposta saiu como um sussurro, quase um lamento.A expressão de curiosidade de Jéssica se transformou em susto. Ela calçou os saltos e se sentou ao meu lado no sofá, com um olhar preocupado.— Foi o seu chefe? — Ela perguntou, a voz tremendo. — Sim. — Respirei fundo, sentando-me. — Ele disse que se eu não cooperasse com ele, iria me demitir. E quando ele veio com aquelas mãos imundas na minha perna, eu não aguentei e gritei, chamando a atenção do escritório inteiro. — Ele tocou em você? — A raiva dela era nítida.— Não deu tempo. Eu levantei e saí. Mas ele me alcançou e disse uma coisa que eu já sabia.— O
ArielAssim que cheguei em casa, joguei minha bolsa em um canto e deixei-me cair no sofá. Teddy, meu pequeno furacão peludo, não perdeu tempo. Ele correu em minha direção, pulando em meus braços como se eu fosse sua maior alegria. — Oi, meu amor! — disse, envolvendo-o com carinho. — Sentiu saudades? Ele balançou o rabinho, cheio de entusiasmo, e começou a lamber meu braço, como se estivesse me dando boas-vindas depois de um longo dia. — Vamos dar uma volta, então? — sugeri, levantando-me.Com um pulo animado, Teddy desceu do meu colo e correu até o lugar onde guardo sua coleira. Peguei-a, colocando-a com cuidado em seu pescoço, enquanto ele se contorcia de alegria. Saímos para o parque ali perto do apartamento. O sol estava começando a se pôr, e o céu estava pintado de laranja e rosa. Enquanto caminhava, minha mente se distraiu e fui levada de volta a todas as dificuldades que passei desde que deixei Thomaz. A vida não tinha sido fácil, mas agora que eu tinha um novo emprego, eu