CAPÍTULO 43 Rodolfo

Chego no galpão e vejo o espetáculo. O velho Leopoldo está acorrentado entre duas barras de ferro. Eu não gosto de torturar enquanto estão sentados, não tem graça, e outra: por que eu daria tanto conforto a um traidor?

Ele se encontra enfiado até a cintura em um barril de gelo, o que o faz tremer descontroladamente. Tenho certeza de que foi Otávio quem deu a ordem; ele adora dar choque térmico nos prisioneiros.

– O carro?

– Nos fundos, Senhor.

Caminho até a área externa no galpão. De longe, vejo o carro de Yago.

– Alguém abriu o veículo?

– Não, Senhor. Seguimos conforme às ordens.

Caminho o mais rápido que posso e abro a porta do motorista. O corpo de Yago cai ao chão. Há muito sangue em sua camisa, um tiro em sua testa e seus olhos estão abertos. Sorrio para a cena.

Lembro-me bem que, no dia do casamento de Alexander, Helena me disse que ela seria a mulher que meteria uma bala na cabeça de Alexander e também na minha. Realmente, minha cunhada sabe dar um belo tiro na cabeça. Tenho qu
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