CAPÍTULO 57 Halina

A neblina negra se aproximava novamente, mas desta vez, eu não sentia medo. Permaneci sentada, observando-a como se fosse minha única salvação. Desta vez, eu desejava ser arrastada por aquele jovem e sua escuridão profunda; queria que o sangue derramado fosse o meu.

Eu o vi sair do galpão da máfia, com as mesmas calças e o torso nu, e a faca ensanguentada em sua mão sujas de sangue. Ele sorriu ao me ver sentada no chão, observando-o. Acho que percebeu que desta vez eu não fugiria. O medo já não me dominava mais.

Ele se aproximou com passos decididos, deixando marcas de sangue a cada passo.

— Você não vai correr? — Ele sorriu, sentando-se no chão, à minha frente.

— Você não é mais o pior monstro da minha história. — Sorri, lembrando do homem que um dia amei.

Eu me sentia anestesiada, quase entorpecida, como se nada mais fizesse sentido.

— Que bom. — Ele olhou para o céu, encarando as nuvens negras. — A tempestade está chegando.

Levantei a cabeça. — Ela já chegou, amigo.

Ele soltou uma
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