Depois que sai de Belfast - Reino Unido, deixando meus pais e meus três irmãos lá, para vir morar e estudar em Los Angeles - Califórnia, minha vida mudou por completo.
Ter me casado com o Anthony James Pettison, três anos após ter terminado a faculdade foi a realização de um sonho, mas que se tornou um pesadelo dois anos e meio depois. E tudo graças a seus velhos amigos de infância.- Mais um mês que se passa e o Anthony continua do mesmo jeito, Emma. - digo sentindo- me esgotada - Para ele a única coisa que importa é os amigos, o jogo de futebol aos domingos e as noites nos barzinhos de Los Angeles. - suspirou cansada com a xícara de café na mão - Eu já estou cansada de dizer a ele que ele precisa achar um trabalho logo, ou o banco nós tomará a casa por falta de pagamento da hipoteca, mas ele não dá a mínima para o que digo.- Nossa, Grace. - diz num tom de pena - Eu até queria muito ajudá-la, mesmo, mas estou na mesma situação que você amiga. - explica - O pouco que estou ganhando como dançarina na boate *Flor da noite* e a merreca que estou recebendo como garçonete no restaurante *De Luca*, mal dá para mim pagar minhas despesas.- Acha Emma, eu jamais aceitaria um dólar seu. Afinal sei que estamos no mesmo barco. - seguro em sua mão sobre a mesa e a olho com gratidão - Só de ter você sempre do meu lado, me apoiando, me ouvindo, me aconselhando, já é de grande valia.- Isso, sempre Grace. - olha- me carinhosamente.Enquanto tomamos o café da manhã nós aproveita para colocar o papo em dia, já que não conseguimos nos ver todos os dias.Afinal a Emma trabalha em dois lugares, enquanto eu passo o dia todo atrás de emprego, e a tarde cumprindo os deveres de uma esposa.Limpando a casa, lavando e passando roupas, cozinhando e servindo o meu marido como se eu fosse sua criada. E em algumas noite ainda sou obrigada a dar prazeres a ele sem reclamar.Muitos me questionam do porque eu ainda estar com ele, e eu nunca sei o que responder.Talvez seja por comodidade, costume de já te- ló ao meu lado, ainda sentir algo por ele, ou até medo de ficar sozinha, sei lá.- Tomará que a entrevista de hoje de certo. - digo otimista - O salário é muito bom. Iria me tirar do sufoco.- E vai amiga, acredite. - diz positivamente.Deixo ela na cozinha terminando de tomar o café da manhã dela e subo para o quarto para me arrumar..." Se tudo der certo e eu conseguir esse emprego hoje, eu juro que no meu primeiro salário eu vou até Belfast visitar a minha família. - suspiro confiante em frente ao espelho.- E aí, pronta? - encosta na batente da porta do quarto - Já são quase 9:00 horas.- O que, sério? - indago incrédula.Ela balança a cabeça positivamente.- Caraio, eu preciso correr para o metrô agora mesmo, Emma, ou eu vou chegar atrasada na entrevista.- Então bora, Grace. - acelera- me.Descemos correndo pelas escada, pegamos nossas bolsas e seguimos para a estação de trem, a três quadras da minha casa.Chegando já em cima da hora.- Nos falamos a tarde, Grace! - segura em minha mão e me olha fixamente - Boa sorte!- Ok, obrigada. - suspiro e entro no metrô.Por estar sem dinheiro para o táxi, caminho até o endereço me passado pela agência de emprego.- Nossa, já estou atrasada para a entrevista. - digo olhando para a hora em meu celular - Preciso correr ou perderei essa oportunidade. - aumento meus passos já ofegante e apreensiva.A entrevista está marcada para às 9:00 da manhã, e paro em frente ao portão da casa do senhor *Thomas Mueller Price*, às 9:40Suspiro fundo antes de apertar o interfone, tentando aliviar um pouco o cansaço e a tensão que adquiri no percurso da estação de trem até o bairro de classe alta de Los Angeles.- Ok, vamos lá, Grace, você consegue. - digo a mim mesmo tentando criar coragem suficiente para apertar a campainha - Se você já conseguiu chegar até aqui, o resto vai ser moleza.Aperto o interfone e ouço a voz de uma senhora do outro lado.- Bom dia, em que possa ajudar?- Oi, bom dia, meu nome é Grace Scotty Butler, eu tenho uma entrevista com o senhor Thomas Mueller Price, e que por sinal cheguei quarenta minutos atrasada, por isso peço desculpas pelo meu ataso.- Ah, sim, tudo bem senhorita Grace, ele ainda esta à sua espera. - diz num tom simpático - Só um segundo que eu vou abrir o portão para você.- Ok, obrigada. - agradeço.Suspiro aliviada ao ver o portão se abrindo automaticamente.- Obrigada senhor. - agradeço baixinho olhando para o céu.Ao entrar e olhar para o tamanho da propriedade, a beleza e a riqueza dos detalhes de cada lugar por onde eu ia , os carros de luxo estacionados do lado de fora da garagem da enorme mansão, eu fiquei totalmente deslumbrada, impressionada e apaixonada, por tudo.- Nossa, ela é belíssima.Fico tão impressionada que nem percebo uma mulher se aproximando atrás de mim.- Bom dia, senhorita Grace.Viro- me rapidamente.- Oh, bom dia, senhora (..).A olho apreensiva e sem graça por não saber o nome dela ainda.- Constância, ao seu dispor.- Ah, sim, obrigada.Ela acena com a cabeça positivamente.- Me acompanhe, eu vou leva- la a sala de visita.- Ah, claro. - concordo.Eu, então, a sigo até uma enorme sala.A decoração é impecavelmente maravilhosa.- Sente- se, eu vou avisar ao senhor Thomas que a senhorita acabou de chegar.- Ah, ok, e obrigada novamente.Sento em um sofá super macio..." Nossa, eu dormiria de boa nesse sofá. Ele é muito mais macio e confortável, do que a minha cama. - aliso o tecido - Imagina eu transar aqui?! Séria como estar transando nas nuvens.Só alguns minutos de apreensão e nervosismo, e ela retorna a sala de visita.- Senhorita Grace? - diz meu nome tirando- me de meu pensamento.- Oh, sim senhora Constância. - a olho surpresa.- O senhor Thomas está um pouco ocupado para vir até aqui, então, ele me pediu para leva- la até onde ele está.- Ah, sim, tudo bem. - aceito - E onde ele está? - pergunto curiosa.- Na hidromassagem.Engulo em seco ao ouvir o lugar onde ele me receberia para a entrevista.- Na hidro.. hidromassagem? - indago receosa.- Sim, porque, algum problema para você?Na verdade sim, por eu ser casada, mas precisando trabalhar, eu não posso questionar.- Ah, não, claro que não. - nego qualquer tipo de problema.- Ótimo, então me acompanhe.Sigo a por um corredor enorme e com várias portas, virando a direita e em seguida a esquerda, parando em frente a uma enorme porta dupla.- Prontinho. - diz olhando para mim - É só bater na porta e esperar ele dizer para você entrar.- Ah, sim, tudo bem.- Boa sorte!- Obrigada. - agradeço sorrindo.Ela sai, deixando- me sozinha em frente a enorme porta.Meu coração dispara em nervosismo, ansiedade e aflição..." Respire fundo, Grace. - faço o que digo a mim mesmo em pensamento - Vai dar tudo certo. Você é uma mulher capaz.Bato na porta duas vezes e ouço uma voz que me faz arrepiar inteira e entrar em um pânico surreal.- Está aberta, entre. - diz num tom firme.Minhas mãos começam a suar e a tremer, meu estômago a embrulhar, minha respiração a dificultar a sair e meu coração a acelerar ainda mais.Travando- me na porta.- Eu já não disse para entrar? - diz num tom autoritário..." Grace, você consegue, é só respirar fundo. - respiro fundo mais uma vez.Eu, então, abro a porta e entro de uma vez, dando de frente a um enorme espelho que vai do chão até o teto, e um balcão na cor preto, contendo toalhas, roupões e chinelos, nas prateleiras dele..." É, esse lugar é bem sofisticado.Virando- me para a esquerda, eu o vejo de costa dentro da hidro.Ombros largos e fortes, braços tonificados, abertos e apoiados na cantoneira da hidro e cabelos castanho e meio encaracolados..." Senhor,.. se só de ver essa parte eu já estou sentindo um calor enorme se espalhar por todo o meu corpo, imagina se eu ver o todo o resto. - bufei levemente - Grace, se contenha. - suspirei - Tudo bem que você já não transa a quase quatro meses, mas mantenha o foco. Você veio aqui apenas e exclusivamente para uma entrevista. Esse homem a sua frente pode ser o novo chefe, então, tire esses pensamentos libertinos da sua cabeça.Respiro fundo mais uma vez, antes de me apresentar.- Bom dia, senhor Price, sou Grace Scotty Butler. - apresento- me cordialmente - Vim para a entrevista, e já peço desculpas antecipadamente pelo meu atraso.Ele, então, se levanta, dando- me uma visão perfeita de suas costas, seus glúteos, coxas e panturrilhas.Um corpo maravilhosamente perfeito..." Meu deus, que homem é esse?! - suspiro profundamente - Um semideus, só pode.Congelo ao ver tanta perfeição, mordendo meu lábio inferior.- Se de costas é assim, imagine de frente. - digo olhando- o fixamente - Uma tentação do capeta, para qualquer mulher.Antes deu dizer mais alguma coisa, ele se vira para mim, fazendo- me engasgar com a minha própria saliva.Coof.. coof.. coof...." Será que eu morri no meio do caminho e agora estou no céu, ou melhor no paraíso?!Um corpo todo tonificado, com água escorrendo pelo seu corpo, deixando- me de boca aberta.— UAU.. - molho meus lábios antes de morder o lábio inferior — É enorme. - engulo em seco.Ele me olha fixamente, sorri encantadoramente e sai de dentro da hidro, aproximando- se de mim.Um sorriso de derreter calcinha.— Você acha mesmo?Atordoada e paralisada com a bela vista em minha frente, eu não consigo ouvir o que ele diz.Ele, então, se aproxima ainda mais.— Senhorita Grace?Volto a si, com seu tom de voz firme chamando o meu nome.— Ah, oi, senhor Price? - digo meia sem jeito.— O que foi mesmo que você acabou de dizer? - pergunta franzindo as sobrancelhas.— Ah, eu? - finjo não lembrar — Não, eu não disse nada, senhor.— Sim, você disse sim. - rebate.— E o que foi que eu disse, senhor? - indago ainda fingindo não lembrar.— Você disse que ele é enorme. - olha para o seu p**** rapidamente.Automatic
— E aí, deu certo, senhorita Grace? - olha-me com expectativa.— Deu sim, senhora Constância, eu já começo amanhã mesmo. - respondo otimista.— Que bom, parabéns, fico feliz em saber que a vaga é sua. - parabeniza- me — Finalmente depois de quase 20 moças, ele conseguiu preencher a vaga..." Depois de quase 20 moças, caramba, ele bem exigente. — Pelo visto o seu currículo deve ser muito bom mesmo.— Obrigada senhora. - agradeço sorrindo.— Bom, então, até amanhã?!— Até.Saiu da mansão toda feliz e sorridente, indo direto para a estação de trem.— Tô tão ansiosa para começar nesse novo emprego. - suspiro fundo — Só de conseguir pagar as dívidas, já será uma preocupação a menos em minha cabeça.Chego em minha casa quase meia hora depois.O Anthony, é claro que ainda não chegou da rua, mas isso não tira a minha alegria, a minha felicidade e o sorriso do meu rosto.— Ele estando aqui ou não, pouco me importa.Tiro meus sapatos preto de salto médio, meu blazer azul marinho e os coloco no
— Oi, amor, como foi a entrevista? - fingi se importar.Na realidade se importa sim, afinal se eu não trabalhar, as contas acumularam ainda mais.— Muito bem, tanto que já começo amanhã.Ele, então, se aproxima, segura em minha cintura e da um selinho em minha boca.— Olha, aí sim amor, eu sabia que você ia conseguir.— Obrigada. - digo num tom seco.Eu olho para a Emma, e ela parece estar com mais raiva do que eu.— Hoje a noite vamos comemorar, delícia.Segura no meu cabelo, vira o meu rosto e da outro selinho.Emma faz uma cara de nojo para mim.— Tá bom, Anthony. - concordo mesmo sabendo que não tô a fim.Pego a garrafa de vinho já vazia, me levanto para ir jogar no lixo e levo um tapa inesperado em um lado da minha bunda.O barulho do tapa ecoa na pequena cozinha.— É isso aí, essa é a minha garota.Eu tenho que me segurar para não mandar ele para o inferno enquanto caminho até o lixo perto da porta.— Ah, e não esqueça de vestir aquela lingerie azul turquesa que amo tanto, hein.
Ao amanhecer, levanto e vou ao banheiro lavar o rosto e escovar os dentes. Deixando- o na cama ainda roncando como um trator velho..." Nem me ouso a acorda- ló. Bebeu tanto ontem que com certeza irá acordar de resseca.Volto para o quarto, me troco e desce para a cozinha para pegar a minha bolsa e ir para a estação de trem.Por não querer e não poder me atrasar logo no meu primeiro dia, resolvo sair sem tomar café da manhã.- Prefiro chegar uma hora adianta do que uma hora atrasada. - digo enquanto tranco a porta.Não sei se é a ansiedade, o medo ou o nervosismo, mas parece que demora uma eternidade da minha casa até a estação, da estação até a mansão do senhor Price, mas depois de 40 minutos mais ou menos chego enfim ao meu novo emprego.Aperto a campainha e mais uma vez sou recebida pela senhora Constância.- Bom dia, Grace, já vou abrir o portão para você.- Ok, e bom dia para a senhora também.O portão se abre, entro e a encontro na porta da entrada da mansão a minha espera.- Pr
Entro no escritório e fico boquiaberta com a decoração.— Nossa, essa prateleira de livros atrás da mesa, ficou muito top, show de bola. - elogio.Vou até a mesa dele e vejo um celular iPhone em cima de uma agenda de capa dura, na cor azul escuro.— Ainda bem que não está dentro de nenhuma gaveta, odeio xeretar as coisas dos outros.Ao pegar o telefone e a agenda, sem querer eu acabo derrubando uma pequena pilha de papéis no chão.— Oh, mas que merda. - xingo num tom alto — Sempre desastrada. Por estar sozinha no escritório, ao invés de eu agachar para pega- los, eu decido só me esquivar.— Quase, falta só mais três. - digo já com vários papéis na minha mão.Crrrr! - a porta se abre de repente.— Uau, acho que depois dessa cena, eu terei que tomar um banho bem gelado antes de sair. - diz num tom malicioso.Eu me assusto e me levanto tão rapidamente que acabo derrubando novamente no chão, todos os papéis que eu já havia pegado.— Ah, senhor Price, me desculpe pela cena. Eu pensei qu
- Ok, eu coloco minhas roupas novamente, mas para isso eu preciso de um pouco de privacidade senhor.Ele me olha e sorri sarcasticamente.- Você disse que quer privacidade? - indaga ironicamente rindo - Sério?Mesmo percebendo o tom irônico dele, eu tento ser educada.- Sim, senhor Price, eu preciso de um pouco de privacidade para me trocar, por favor.Ele senta- se na cadeira bem a vontade.- Desculpa Grace, mas isso você não terá. - diz num tom firme.- E porque não, senhor? - olho atentamente.- Porque, para uma mulher que aparentava pelo menos um pouquinho de decência na entrevista, e já hoje, teve a ousadia, a cara de pau, de vir trabalhar sem calcinha e ainda subir em uma escada só para que seu chefe visse a sua b***** toda depiladinha, não tem nenhum direito de pedir por privacidade. Você não concorda?Ele até está certo em algumas partes, mas eu tenho motivo suficiente para rebater.- Eh, em uma parte o senhor até tem toda razão, fiz errado em não usar calcinha e ainda subir n
Já é sábado e acordo com meu celular tocando insistentemente.— Nossa, quem me ligaria tão cedo? - ainda sonolenta, pego o celular no criado mudo '– Alô!'– Bom dia, senhorita Grace! Me sento rapidamente na cama ao ouvir a voz grossa do senhor Price, do outro lado da linha.'– Oh, bom dia senhor Price. - o cumprimento de volta – Como conseguiu o meu número? - indago curiosa.'– Em sua ficha de emprego! - afirma – De qual outra forma eu conseguiria?'– Ah, sim, claro, eu havia me esquecido deste detalhe. - corrijo - me – Ahm.. mas qual o motivo da ligação a essa hora? - pergunto olhando para a hora em meu celular.Ainda são apenas 06:20 da manhã.'– Eu preciso que você vá até a mansão e separe uma roupa adequada para uma boate..." Uau.. eu jamais imaginaria um cara como o senhor Price, em uma boate. - sinto- me surpresa — Ainda mais sabendo que ele está comprometido.'– Ok, senhor Price, mas seria para o dia ou para a noite?'– Com certeza é para a noite, você não acha, senhorita Gra
Entramos no camarim e nos deparamos com o chefe da Emma, já a nossa espera.— Boa noite, Emma.— Boa noite, senhor Brandon.Ele nos olha, fitando- nos de cima a baixo.— Essa belíssima mulher ao seu lado deve ser a Grace? - indaga olhando - me maliciosamente. Deixando- me um pouco desconfortável.— Sim senhor, é ela mesma. - confirma.Ele se aproxima de mim com o braço esticado e a mão aberta.— Prazer, Grace. Sou o senhor Brandon.Me olha comendo com os olhos.— Prazer, senhor Brandon. - cumprimento- o rapidamente.— Está preparada para dançar hoje e amanhã, para os meus clientes, até às 04:00 da manhã?— Bem, prepara.. preparada, eu não estou, já que nunca fiz isso antes, mas me comprometo a dar o meu melhor, senhor. - digo otimista.— Tá ótimo, já é um progresso.Ele sorri para mim e em seguida se vira para a Emma, que já está se arrumando para começar a trabalhar.— Emma?— Sim, senhor Brandon. - vira- se para olha- ló.— Quero que você ajude- a se arrumar. - ordena — Quero que a