POV Chain
Depois de tudo que houve naquela noite, claro que não consegui dormir. Só não tinha certeza se o motivo era um homem ter morrido no quarto ao lado do meu enquanto fodia com uma prostituta num bordel ou porque estive a um passo de transar com Merliah. O certo é que eu não conseguiria ter chegado até o fim, porque se não fosse interrompido pelo “fracote” do ex dela, teria sido pelo morto.
Desde o início da minha trajetória sexual, jamais demorei tanto para comer uma mulher. E quanto mais esperava para tê-la, maior ficava minha ansiedade e meu corpo se desesperava. Tive que chegar em casa e me masturbar. O pior não foi isso e sim fechar os olhos e vê-la na minha frente, como jamais vi outra mulher antes, com tantos detalhes, sem ela realmente estar ali.
A cama só foi o lugar onde rolei de um lado para o outro, incerto sobre voltar para o Hotel e me certifi
Enruguei a testa, custando a aceitar que ela realmente estava pensando aquilo. Mal sabia que era por outra mulher. Quer dizer, não era por outra mulher. Era somente porque eu estava confuso.— Vamos beber! — Sentei, de frente para ela, já que fazia tanta questão que eu a observasse praticamente nua.Pedi um uísque sem gelo e ela com gelo. A empregada foi preparar.— Então, meu amor. Me conte por qual motivo está assim: arredio, distante! Chain, são só dois anos que vamos estar separados. O que são dois anos se depois teremos uma vida inteira pra ficar juntos?— Você bebeu?— Claro que não. Você sabe que detesto beber sozinha. — Revirou os olhos, me fazendo lembrar de Liah.Sim, porque Liah tinha aquela atitude o tempo todo. E quando fazia aquilo parecia uma menina levada. “Minha menina levada”.A empregada
POV MerliahCheguei com Rambo no Hotel Califórnia quando já passava das dez da noite. Jadis estava na recepção, o que era bem raro de acontecer. Mas com minha avó ali, ela não tinha privilégios.— Como Cris está? — ela perguntou.— Apaixonado por você. — Comecei a rir.Ela arqueou a sobrancelha, os olhos verdes confusos e ao mesmo tempo intrigados:— Como assim?— Foi o que ele me disse, com todas as palavras: estou apaixonado por Jadis.— Isso... Bem, quem não se apaixona por mim, não é mesmo? Então, era de se esperar.— Ele está bem — Rambo garantiu, me puxando pelo braço, levando-me em direção ao elevador.Quando a porta abriu e entramos, ele apertou o botão de número 2 e disse:— Por que você gosta tanto de provocá-la?— Eu não a provoco. Ela que faz isso comigo.— Vocês devem ter sido inimigas em outra vida.— Certamente.A porta do elevador se abriu e eu agradeci:— Rambo, obrigada por ter ficado comigo lá.— Não foi nada, Liah. Eu gosto muito de você, assim como de sua mãe e av
Para quem é acostumado a dormir à noite, certamente este momento é perfeito: fecha-se os olhos, o corpo descansa e o sono vem automaticamente. No meu caso, a vida toda dormi durante a manhã e parte da tarde. A noite era o meu dia, no caso. Por este motivo, eu não peguei no sono. Mas fiquei abraçada à minha avó, que não só dormia, como também roncava, impedindo que o silêncio imperasse no cômodo.E se Chain tivesse vindo naquela noite e encontrasse o Bordel fechado? Será que ele pediria para Jadis me chamar? E se ela não chamasse?Fechei meus olhos e o vi na minha frente. Deus, ele era tão perfeito. E eu não falava só do porte físico, que me atraía bem mais do que eu queria. Mas também do jeito todo daquele homem, como se fosse feito exatamente para mim. Gostava do seu jeito debochado, sempre com respostas na ponta da língua para minhas peraltices. Ele tinha um ar de mistério, que me enlouquecia. E o gosto da sua boca? Simplesmente inexplicável. Eu conseguia sentir sua saliva morna e a
Já estava quase na hora de subir para mais uma noite de trabalho. Eu estava em frente ao espelho, passando batom, quando ouvi batidas na porta. Incrivelmente, estavam sempre a bater na minha porta. Geralmente era Cris, mas nos últimos tempos não estávamos nos vendo muito. Então poderia ser... Qualquer pessoa. Por um lampejo de esperança, pensei que pudesse ser Chain, pedindo por mim na recepção. Levantei e abri, vendo Rosela, vestida com brilhos dos pés à cabeça, dentro de um macacão extremamente colado, de onde podia se ver até sua alma.— Estou sem calcinha — ela avisou enquanto descansou o corpo na parede, próximo da penteadeira, com os braços cruzados.Terminei minha boca e observei:— Os bons tempos estão de volta.— Jamais se foram. Só estavam esquecidos.Eu fiz menção de levantar, mas ela segurou meus ombros, fazendo-me permanecer sentada. Pegou uma paleta de sombras e pincel e começou a maquiar meus olhos:— A ideia de Jadis não foi ruim.— Talvez. — Não admiti que sim.,— V
Olhei na direção dele, finalmente e a sensação foi de que meu corpo queimava por dentro, como se o sangue tivesse sido fervido, eletrocutando-me por cada veia que passava.— Ok, se precisarem de alguma coisa, podem me chamar. Fiquem à vontade. Virei as costas e senti a mão dele, forte, me puxando de volta. Não me desvencilhei do toque de seus dedos no meu pulso.— Liah, é possível pagar para ter você comigo, à mesa?Enruguei a testa, confusa. Precisava ser perspicaz no que responder. Ficamos nos olhando por um tempo, até que eu disse:— Não precisa pagar pela minha companhia, Chain. Posso fazer isso, de bom grado, sem ganhar nada em troca.— Agora?— Eu... Agora estou trabalhando.— Por isso eu pago... Estou disposto a pagar, para que ninguém saia no prejuízo.Olhei para Tiago, que se remexeu confortavelmente no sofá, com um meio sorriso irônico na minha direção.— Eu... Acho que posso ficar aqui. Aguarde um minuto.Fui até minha avó, que estava sentada numa mesa com alguns clientes.
Droga, eu precisava da boca dele urgentemente. Se aquilo era um teste de até quando eu aguentaria, logo ele saberia que talvez eu fosse fraca... Muito fraca.— Gosta disso? — a pergunta veio em outro sussurro no meu ouvido.— Sim... Muito — confessei, abrindo as pernas. — Mas eu que deveria lhe dar prazer e não o contrário.— Quero que goze, Liah — ele disse, descansando o queixo no meu ombro enquanto mordia levemente minha orelha, agora colocando dois dedos na minha fenda úmida e aumentando a velocidade.— Chain... Eu... — minha voz quase não saiu.Mordi meus lábios para não gritar na frente de todo mundo o quanto eu estava excitada e a ponto de gozar nos dedos dele. Semicerrei os olhos, deixando o prazer me consumir, retirando todo pensamento que tinha na minha mente.Toquei sua calça e senti o pau duro sob ela. Senti vontade de re
— Mas... Vocês podem encontrar outro lugar, não é mesmo?— O Hotel e Bordel Califórnia sempre foi aqui. — Suspirou. — Vai ser difícil sair... Bem como levar os clientes para o novo lugar. Temos nossas vidas em cada andar... Cuidamos até mesmo de uma criança. Talvez isso não seja tão bem aceito em outra cidade, entende?— Então quer dizer que todos sabem sobre vocês aqui?— Creio que grande parte das pessoas que moram nas redondezas sim. Mas são discretos e nunca nos incomodaram. Os homens próximos não frequentam o Bordel.— Isso é interessante.— Minha avó começou isso aqui. Depois minha mãe tomou conta...— E um dia será seu?Ela riu, balançando a cabeça:— Eis a questão: eu não faço questão desta
— Não tenho nada para dizer. Eu só trabalho. E tento não me envolver...— Com mulheres? — perguntei seriamente.— Com tudo.— Eu... Não vou forçá-lo a falar o que não quer. Tudo bem.Ele pegou a minha mão. Por que eu sentia tantas coisas com o toque dele? Por que tudo era diferente com aquele homem?— Eu... Preciso ir, Chain.— Trabalhar?— Trabalhar — confirmei.Chain pegou a carteira e retirou algumas notas de dinheiro, colocando-as na minha direção:— Pelo seu tempo perdido.— Eu não perdi meu tempo. Vim porque quis.— Sei que todas cobram neste lugar. E você certamente receberia pela noite, mesmo sua mãe ou avó sendo as donas do lugar.— Eu não preciso do seu dinheiro... E não quero. — Comecei a me ofende