Droga, eu precisava da boca dele urgentemente. Se aquilo era um teste de até quando eu aguentaria, logo ele saberia que talvez eu fosse fraca... Muito fraca.— Gosta disso? — a pergunta veio em outro sussurro no meu ouvido.— Sim... Muito — confessei, abrindo as pernas. — Mas eu que deveria lhe dar prazer e não o contrário.— Quero que goze, Liah — ele disse, descansando o queixo no meu ombro enquanto mordia levemente minha orelha, agora colocando dois dedos na minha fenda úmida e aumentando a velocidade.— Chain... Eu... — minha voz quase não saiu.Mordi meus lábios para não gritar na frente de todo mundo o quanto eu estava excitada e a ponto de gozar nos dedos dele. Semicerrei os olhos, deixando o prazer me consumir, retirando todo pensamento que tinha na minha mente.Toquei sua calça e senti o pau duro sob ela. Senti vontade de re
— Mas... Vocês podem encontrar outro lugar, não é mesmo?— O Hotel e Bordel Califórnia sempre foi aqui. — Suspirou. — Vai ser difícil sair... Bem como levar os clientes para o novo lugar. Temos nossas vidas em cada andar... Cuidamos até mesmo de uma criança. Talvez isso não seja tão bem aceito em outra cidade, entende?— Então quer dizer que todos sabem sobre vocês aqui?— Creio que grande parte das pessoas que moram nas redondezas sim. Mas são discretos e nunca nos incomodaram. Os homens próximos não frequentam o Bordel.— Isso é interessante.— Minha avó começou isso aqui. Depois minha mãe tomou conta...— E um dia será seu?Ela riu, balançando a cabeça:— Eis a questão: eu não faço questão desta
— Não tenho nada para dizer. Eu só trabalho. E tento não me envolver...— Com mulheres? — perguntei seriamente.— Com tudo.— Eu... Não vou forçá-lo a falar o que não quer. Tudo bem.Ele pegou a minha mão. Por que eu sentia tantas coisas com o toque dele? Por que tudo era diferente com aquele homem?— Eu... Preciso ir, Chain.— Trabalhar?— Trabalhar — confirmei.Chain pegou a carteira e retirou algumas notas de dinheiro, colocando-as na minha direção:— Pelo seu tempo perdido.— Eu não perdi meu tempo. Vim porque quis.— Sei que todas cobram neste lugar. E você certamente receberia pela noite, mesmo sua mãe ou avó sendo as donas do lugar.— Eu não preciso do seu dinheiro... E não quero. — Comecei a me ofende
— Boa tarde! Sou Janaína Ramirez, viúva de Joel Ramirez, que morreu neste lugar.Minha avó levantou-se, tentando parecer tranquila. Mas percebi o quanto estava nervosa:— Seja bem-vinda, Janaína. Podemos... Ajudá-la em alguma coisa?— Podem, podem sim. Que tal deixarem de existir da face da terra?Rosela arqueou a sobrancelha, demorando a responder:— Você não está sendo muito gentil, senhora Ramirez.— Quem era a vagabunda que estava com meu marido quando ele morreu?Ninguém disse nada. O silêncio foi mortal e ela demorou para recompor-se e continuar, mesmo com dificuldade:— Sei que este lugar é um Bordel. Estou a par das atrocidades que acontecem aqui. Só vim avisar que vou destruir não só este prédio inteiro, mas também todas vocês.— Ninguém teve culpa d
Chain ficou um tempo confuso, parecendo procurar palavras para dizer:— A Construtora Partenon está fechada.— Você... Trabalha aí? — perguntei, mesmo dizendo que nunca mais falaria com ele da última vez que nos vimos.— Não... Não... Claro que não. Eu trabalho aqui perto e... Vim pegar um documento.Olhei-o dos pés à cabeça, vestido de terno e gravata. Os óculos escuros estavam repousando sobre a cabeça. Caralho, como conseguia ser tão lindo naquele traje que cobria completamente seu corpo perfeito?— Sabe dizer se precisamos marcar hora com o dono desta coisa? Aliás, conhece o dono, bonitão? — Minha vó estava bem interessada em resolver as coisas com o proprietário do terreno do Hotel.— Eu... Não o conheço pessoalmente. Mas... Ouvi dizer que ele está numa viagem de negócios.— Que porra do caralho!Suspirei:— Vó, estamos na rua. Menos, por favor.— Mas é uma porra do caralho, Liah. Quando precisamos falar com o dono ele viajar. É ou não falta de sorte?— O que... Vocês precisam do
— Bonitão, faremos um leilão para arrecadar dinheiro.— Dos móveis?— Das mulheres, querido.— Como assim?— Vamos oferecer todas as mulheres do Bordel em forma de leilão. O melhor lance leva a garota por um final de semana inteirinho. Se quiser ir e convidar seu amigo, serão muito bem-vindos, assim como a grana de vocês.Chain me olhou, confuso, mas não disse nada.— Sim, Liah vai participar. — Ela pareceu entender o que se passava na cabeça dele. — Ela precisa ajudar. E o fato de nunca ter se vendido no Bordel fará com que altos lances sejam feitos por ela.— Isso é loucura, Liah! — Ele me olhou novamente, perplexo.— Chain, é a minha vida!— Você não quer esta vida, porra! Me disse isso.— Há coisas que não podemos escolher, Chain.Ele pôs a mão na cabeça, aturdido. Rosela tocou seu rosto e disse, encarando-o:— Eu disse que é a primeira vez dela. Você pode estar lá... E impedir que seja com outra pessoa.Meu Deus! Eu queria dizer que não, que ele não deveria ir. Que não tinha o di
Naquela noite, enquanto atendia nas mesas, vi minha avó indo em direção ao escritório com um cliente. Fiquei um pouco preocupada, o que não aconteceria se fosse com minha mãe. Aliás, quanta saudade eu estava sentindo de Candy Smith. Chegava a doer meu peito.Não aguentando de curiosidade, fui até o escritório e bati na porta. Logo ela me atendeu e vi o homem sentado à mesa, de frente para ela.— Liah?— Eu vim participar da conversa — fui firme, entrando e fechando a porta.Observei o homem bonito e bem-apessoado, puxando uma cadeira e sentando entre os dois, na lateral da mesa.— Minha neta — vovó apresentou-me.— Tão linda quanto você e Candy — ele disse, sem cerimônias.— Não faço parte do cardápio — avisei.— Cardápio? — O homem a
— Bem, se você ver que uma pessoa que não é muito agradável estiver pensando em passar o final de semana comigo, esperarei que intervenha, Rambo.— Eu vou tentar... Juro. Além de comprar a senhorinha do ex-asilo também. Então, caso dê certo, não leve a mal de ter que me dividir com ela.Eu gargalhei:— Ficarei honrada.— Vou lá... Preciso correr um pouco para aliviar o estresse.Ele se virou e eu disse:— Rambo?O homem extremamente forte e sedutor olhou na minha direção, com os olhos puxados e escuros, capazes de deixar qualquer mulher excitada.— Fale, Liah.— Eu... Preciso fazer valer o “prazer garantido ou seu dinheiro de volta”?— Acho que sim. No meu caso, não vou cobrar isso de você, pode ficar tranquila. — Sorriu.— Mesmo que me compra