— Você não foi chamada nesta conversa — bradei.
Tessália gargalhou:
— Achei hilária a cena da igreja. Parecia aqueles casamentos de filmes ou novelas.
Olhei para Chain, mas percebi que ele também parecia estar sem palavras.
— Confesso que até tive “peninha” de vocês. Claro que a igreja, bem como a cerimônia estavam ridículos. O vestido da noiva então... Totalmente brega. Mas ninguém merece saber que está casando com o próprio tio na hora do sim. Ou com a sobrinha, no caso. — Olhou para Chain. — Nem no meu casamento com Robson isso aconteceu. E olhem que esperei que Chain aparecesse para estragar tudo.
— Eu não faria isso... Nunca — ele defendeu-se.
— Vocês são dignos de pena.
— “Você” é digna de pena! Quero assistir quando estiver se
— Sim, uma ótima hora.— Acha que vai dar certo nossa tentativa de tirá-la do testamento?— Eu sinceramente não sei.— Quero Diogo com Davina de volta.— Este também é meu maior objetivo... O menino de volta ao colo da mãe, Tessália fora da casa. Mas o dinheiro... Difícil de acreditar, mas estou me fodendo para ele.Mordi os lábios, o olhando demoradamente, sentindo a saudade apertar, mesmo estando de frente para Chain.— Poderia me levar na faculdade, se não for ruim para você?— Posso, claro que posso.Eu estava entrando no carro quando Milano apareceu, vindo não sei de onde.— Onde vocês vão? — perguntou antes mesmo de nos cumprimentar.Ele estava tão sério que cheguei a me sentir culpada por algo que não fiz.— Vou levar Liah na
POV CHAINDurante toda aquela semana mergulhei no trabalho. Todas as madrugadas descia até a cozinha para beber leite, algo que eu simplesmente não gostava. Mas lá estava o copo cheio na geladeira, vez ou outra com batom marcando. O leite era ruim, mas o gosto dos lábios dela era o combustível para continuar a viver.Numa das noites bebi a metade e pus o restante na geladeira. Na manhã seguinte estava vazio. Sorri ao pegar o copo com algumas gotas ao fundo e ver o batom dela. Não era exatamente um beijo... Mas de certa forma nos satisfazia.Passamos a dividir o leite, embora não nos víssemos. Eu porque tentava imensamente saber viver com ela sem poder tocá-la. Ela... Bem, desta vez eu não sabia o que se passava na cabecinha doida de Liah.Na sexta-feira à noite aluguei um quarto de Hotel no Centro de Noriah e fiquei lá até segunda pela manhã, quando fu
— Tenho provas de que estava tendo um caso com o senhor Tiago Willians.— Isso... É uma mentira absurda. — Ela levantou-se, furiosa.— Tenho provas dos vídeos feitos na Farmácia, onde inclusive encontrou o senhor Chain e sua esposa, Merliah. Além das escutas colocadas pelo seu próprio marido, em vida, no seu carro e celular. A pergunta que deve estar se fazendo é: por que eu não a retirei antes, se tinha as escutas? A resposta é que, segundo o desejo do seu marido, primeiro deveria haver provas com imagens, para então usar as demais. Caso, ao final dos dois anos, não tivéssemos nenhum vídeo que a comprometesse na mansão, deveríamos então usar as escutas, que era o “elemento surpresa”, segundo seu falecido marido. Ele acreditava que a viúva o trairia com o próprio filho, Chain. Mas pelo visto, enganou-se.&mdas
POV MERLIAH— Você não é responsável por isso também, meu amor! — Chain sussurrou no meu ouvido, fazendo o sangue latejar nas veias e minha intimidade umedecer subitamente.Eu estava entre o pânico com o sumiço da criança e a sensação de ter Chain nos meus braços depois de uma semana. E o fato de não estar inteiramente focada na situação de Diogo fazia com que eu me sentisse uma pessoa horrível. Mas era o amor ali, junto de mim, que eu segurava por alguns minutos entre os dedos... Antes que se fosse novamente.A porta se abriu e, com a cabeça ainda deitada sobre o peito de Chain e nossos corpos envolvidos num forte abraço, vi Milano parado, parecendo incerto sobre como agir frente àquela situação.Chain e eu nos afastamos imediatamente. Senti minhas bochechas ruborizarem e a culpa me maltratar ainda mais.
— Onde ele estaria? — argumentei. — É uma criança... Com perninhas curtas. Ele não teria como sair da mansão sozinho. Tampouco esconder-se num lugar onde não o encontrássemos.O interfone do portão da portaria tocou e a empregada atendeu.— Senhores, a Polícia chegou.— Porra, não gosto de envolver a Polícia nisto! — Davina reclamou, limpando as lágrimas.— A Polícia que resolve estes casos, Davina. — Chain a olhou, confuso.A empregada já os esperava com a porta aberta. Entraram dois policiais homens e atrás uma mulher fardada... Trazendo pela mão nosso menino, Diogo.Fiquei completamente confusa. Como assim eles estavam com Diogo?Ela largou a criança, que andou alguns passos. De imediato, pensei em correr e pegá-lo no colo, instintivamente. Mas Milano pegou meu ombro,
Davina estava devidamente empregada e o doutor Telles já entraria no dia seguinte comprovando todas as exigências cumpridas para que ela pudesse voltar a ficar com o filho, bem como relatar os atos de irresponsabilidade de Tessália.Chain acabou indo conversar em particular com o doutor Telles e fiquei com Milano na sala. Ele pegou a maleta de couro, disposto a subir para o quarto quando parei em sua frente, impedindo-o.Olhei para cima e encarei os olhos esverdeados, que sempre me pareciam azulados, embora ele garantisse que não eram.— Obrigada! — falei. — Por me defender... Por ajudar Davina a ficar com o filho... Por tudo. Você e Chain foram muito bondosos.Ele comprimiu os lábios e deu um sorriso sem jeito:— Chain e eu tivemos um péssimo pai e nossas mães morreram relativamente jovens. Por isso faço e farei qualquer coisa para bons pais ficarem com seus filho
— Tente esquecer Chain. Você está na faculdade. Deve haver uns homens bonitos e inteligentes por aí... — Rosela olhou para os lados, tentando encontrar alguém.— Como se fosse fácil assim esquecê-lo. Isso é impossível. — Ri com amargura e dor.Vovó abraçou-me novamente, com força:— Você não está sozinha. Estou disponível, sempre que quiser. Seja para rirmos juntas, passearmos ou chorarmos. E se quiser sair por aí em minha companhia, prometo não usar meus macacões.Começamos a rir.— Amo você, Merliah.— Também amo você, vó. E já estou indo para casa. Vou lhe dar uma carona.— Eu aceitarei. Detesto viajar de ônibus. Os homens ficam todos olhando para minha bunda. Acham que é de graça?— E olhar
Tudo que eu queria e precisava na vida era daquele beijo. Sentir a língua dele dentro de minha boca, brincando, exigindo-a, tocando-a de forma intensa e agressiva. Apertei seu pau, começando a inchar dentro da calça e sorri em meio aos seus lábios, quase deitando na mesa enquanto ele praticamente se jogava sobre mim.Deus, precisávamos parar... Não podíamos fazer aquilo. Mas eu queria... Necessitava...Chain, parecendo pensar o mesmo que eu, afastou-se bruscamente, me deixando cair de costas sobre a mesa. Voltou e ajudou-me a descer e recompor-me, enquanto eu limpava o batom de minha boca e fechava os botões da própria camisa.Observei-o e percebi parte do meu batom em seus lábios e queixo e passei os dedos com força, a fim de tirá-lo. Nossos olhos se encontraram e meu coração ainda batia intensamente.— Isso não pode acontecer... — Ele afa