Tudo que eu queria e precisava na vida era daquele beijo. Sentir a língua dele dentro de minha boca, brincando, exigindo-a, tocando-a de forma intensa e agressiva. Apertei seu pau, começando a inchar dentro da calça e sorri em meio aos seus lábios, quase deitando na mesa enquanto ele praticamente se jogava sobre mim.
Deus, precisávamos parar... Não podíamos fazer aquilo. Mas eu queria... Necessitava...
Chain, parecendo pensar o mesmo que eu, afastou-se bruscamente, me deixando cair de costas sobre a mesa. Voltou e ajudou-me a descer e recompor-me, enquanto eu limpava o batom de minha boca e fechava os botões da própria camisa.
Observei-o e percebi parte do meu batom em seus lábios e queixo e passei os dedos com força, a fim de tirá-lo. Nossos olhos se encontraram e meu coração ainda batia intensamente.
— Isso não pode acontecer... — Ele afa
— Por um mês? — Fui sarcástica.— Temos tido muito trabalho... Com relação ao crescimento da empresa nos 30% que foi solicitado. — Tentou justificar-se.Olhei no relógio:— Duvido que estivesse na Partenon. São quase 23 horas!— Sim, eu estava trabalhando. Se quer provas, posso lhe dar.Milano tossiu, de forma fingida:— Precisamos crer que vai dar tudo certo e Candy já estará medicada e tanto ela quanto o bebê estarão bem. – Tentou trocar o foco do assunto.Abaixei a cabeça, olhando para o nada:— Sou uma filha ingrata.— Não é uma filha ingrata — Chain falou.— Ela esteve ao meu lado a vida inteira... E no primeiro erro eu a deixei, indo embora com meu pai... Que nem conhecia.— Não comece a se culpar, porra! — Chain continuava
— Eu vou — ela aceitou, sem contestar. — Mas que fique claro que é só por conta do bebê.— Não imaginei que fosse por minha causa, Candy. — Milano deixou claro. — Mas o bebê que você carrega aí dentro é meu filho também.— Eu sei... — mamãe concordou, mesmo a contragosto.— O médico já vai liberá-la. Mando o motorista pegar suas coisas no Hotel. Cuidarei de vocês dois... — Ele olhou carinhosamente para Candy. — Ou melhor, vocês três. — Virou na minha direção.Sim, eu me senti acolhida e amada. Por mais que tivesse ficado furiosa com toda a mentira de minha mãe ao longo de toda a vida, fazendo-me acreditar que meu pai estava morto, ainda assim ela tinha me dado todo amor e carinho que eu podia ter recebido. Foi um erro grave? Muito. Mas perdoável, j&aacu
No caminho, fechei os olhos e senti o peso do cansaço me dominar. Tinha sido uma semana cheia. Ninguém conversava no carro, o que deixava o clima mais tenso.Enfim, quando Milano puxou assunto sobre a ecografia e algumas considerações sobre a gravidez, fingi dormir profundamente... E numa curva, deixei o corpo cair sobre Chain, que me segurou.Deitei a cabeça no ombro dele, que foi incapaz de me devolver para o banco ao lado, sozinha. Percebi sua mão segurando meu rosto para que eu ficasse mais confortável e sorri, satisfeita. Aproveitaria aqueles minutos sentindo seu cheiro e o corpo contra o meu, fingindo ser algo não planejado.— Ela... Dormiu. — Ele observou, creio que tentando justificar-se.— Deve estar cansada — meu pai explicou. — Estudou manhã, tarde e noite alguns dias desta semana. Mal a vi.— Quer trocar de lugar comigo, Chain? — Ouv
Um mês depois Milano apareceu com os cinco exames de DNA, de diferentes laboratórios. Estávamos eu e minha mãe no quarto quando fomos surpreendidas por ele.— Eu quero que fique claro que nunca duvidei da paternidade, Merliah — me falou. — E só estou fazendo isso porque você me pediu.— Eu sei... É importante para mim, tanto os resultados positivos quanto que entregue-os ao advogado. Eu sou a primeira filha.Ele entregou dois exames para minha mãe, dois para mim e ficou com um deles. Começamos a abrir. Os meus dois deram positivo. Ele mostrou o dele, que também deu positivo. Candy, por sua vez, não abriu os dela:— Não vou abrir. Eu sei o resultado. Sei exatamente o dia em que você foi gerada, dia e hora em que peguei o exame dando positivo... Ela é sua filha. — Olhou para Milano.— Jamais duvidei disto, Candy. E
- Oi. – Respondi sem parar de andar.- Conseguiu responder as questões da prova? – Perguntou, seriamente.- Não. – O olhei, confusa com a pergunta.- Percebi que ficou duas horas olhando a prova. E que sua mente não estava na sala.- Não mesmo... – Sorri.- Nós fazemos várias disciplinas juntos. – Ele observou.- É? – Impressionei-me, já que nunca havia o visto antes.- Eu vi seu portfólio. O vestido era maravilhoso.- Viu? – Parei de andar – Esqueci seu nome...- Anderson.- Sou Merliah.- Prazer... – ele apertou minha mão – Mas eu já sabia o seu nome.- Ah, eu também já sabia o seu. Só tinha esquecido. – Menti.- Você é uma péssima mentirosa. – Ele riu divertidamente.- Já fui melhor... &nda
Quando ele pediu o beijo, parecia um sonho. Mas não era. Toquei o rosto dele, e era real.Aproximei-me, encostei a testa na dele e fechei os olhos. Ficamos assim um tempo, enquanto ouvíamos nossas respirações aceleradas e o som dos corações de ambos batendo forte.- Eu amo você... – Ele disse, com os olhos fechados.- Eu amo você... E vou amar para sempre. – Afirmei, antes de separar nossas testas e encostar os lábios nos dele, sentindo-os sem pressa.Envolvi sua nuca e uma mão dele foi parar na minha cintura enquanto a outra pegou meus cabelos com força. Foi quando finalmente senti sua língua voraz e selvagem, dançando apressadamente com a minha, nossos lábios devorando-se, como se o mundo fosse acabar depois daquele beijo.Por que não poderíamos fingir que nada tinha acontecido? Por que não podíamos ficar juntos? Por que a vida era tão injusta conosco?Um beijo já não era mais suficiente para mim. Meu corpo o queria, desesperadamente. Eu estava há meses sem sexo. Pus-me, com um pouc
Abaixei a cabeça e chorei, pouco me importando com qualquer coisa. Deixei as lágrimas escorrerem e o gemido de dor intensa escapar.- Eu... Não vou tocá-la... Não vou tocar um dedo em você... – Ele disse, nervosamente.- Não toque, porra! – gritei – Não encoste em mim se acha que isso vai resolver o seu problema.- Liah, meu amor...- Não me chame de “meu amor”. Você pediu o divórcio, você me tirou de onde eu estava, um almoço com um colega... Para que, Chain? Para certificar-se de que eu ainda o amo? Sim, eu o amo. O que você quer de mim agora? Que eu seja uma divorciada e viva a vida inteira lamentando pelo que não fomos? Estou cansada disto tudo.- Eu vou deixar a mansão.- Não! – gritei – Se fizer isso, nunca mais, em toda a sua vida, vai me ver novamente.- Estamos nos destruindo, porra!- Viverei esperando por um beijo roubado... Ou um deslize seu, como o de hoje... – Limpei as lágrimas – Melhor um pouco de você do que nada. Se for embora, nunca mais vai voltar, eu sei disto.El
- Não é recente a compra do revólver. Eu já tenho há muitos anos... Desde que ainda morava aqui, com meu pai.- Pensou em... – Engoli em seco, não conseguindo concluir.- Sim, pensei. – Ele confirmou, sabendo a que eu me referia.- Eu cheguei a cogitar que Robson Archambault Chalamet poderia estar vivo e assistindo isso tudo numa TV em tela grande, comendo pipoca e rindo da cara de todos.Ele gargalhou:- Não... Não há possibilidade. Se meu pai estivesse vivo, você jamais estaria dentro desta casa. Muito menos sua mãe.- E agora? Como vai saber quem pegou seu revólver?- Se não foi você... Nem Chain... Eu me sinto mais tranquilo.- Chain? – Arqueei a sobrancelha.- Ele também negou.- Acha Chain pegaria sua arma?- Esqueça. Você não tem que se preocupar com isso.- Sim, eu tenho... Me preocupo com tudo relacionado a ele... E... Nossa família – fiquei confusa.- Está tudo certo, Liah. Vá dar um beijo de boa noite na sua mãe e dormir. Sua cara está péssima. Está estudando demais.“Sim,