— Faço questão de lhe dar prazer esta noite, bonitão. Não é de hoje que lhe observo de longe, sempre atento e dispensando todo mundo. Aposto que nunca sentiu prazer de verdade. Eu sou a mulher que lhe dará isso.— Ah, eu aposto que sim. Mas já senti prazer de verdade, acredite.Ela olhou para Tiago:— Podemos levá-lo também, o que acha? Se está pensando em negar por amizade a ele, vamos de três. Sei que não testou ainda com dois homens, mas eu prometo que vai gostar. Não precisa fazer nada com ele... Os dois me tocam. — Os lábios dela vieram ao meu ouvido e sussurrou: — Quero você por trás... Forte.Ouvi gritos e Britney Spears ecoando pelo lugar. Balancei a cabeça, aturdido, e olhei para meu pau, ainda sem dar sinal de vida. Os seios perfeitos dela estavam quase na altura dos meus olhos e meu membro fingia demência?Observei sua orelha, que trazia um brinco estranho, que brilhava muito, mas não era ouro e a pedra também não se parecia com um diamante verdadeiro. Contornava toda a ore
Fiquei incerta sobre o que me preocupar mais: Cris ou os gritos vindos do corredor. Levantei, só de calcinha, com o olhar incrédulo do meu ex.— O que você está fazendo aqui, porra? — perguntei-lhe.Cristiano também parecia confuso e indeciso sobre me criticar ou ajudar quem pedia socorro.Empurrei-o com força, saindo praticamente nua pelo corredor. Então deparei-me com Diany, ainda de roupa, chorando compulsivamente.— O que houve? — indaguei, atordoada.Paty e Kiara já deixavam seus quartos, vindo na nossa direção e Rambo surgia no corredor, correndo.Diany apontou para dentro do quarto e vi o tal político conhecido deitado sobre a cama, só de cueca, os braços abertos e as pernas para fora da cama.Chain entrou no quarto e tocou-o. Rambo começou a massagear o coração dele e então eu tive coragem de me aproximar, percebendo que o homem parecia morto.Rambo alternava entre massagear o coração e dar-lhe ar pela boca, tentando fazê-lo voltar. Senti as lágrimas escorrendo por meu rosto e
— Candy, o que eu faço agora? — Rambo perguntou.— Não tem nenhum cliente que possa me ajudar hoje, Rambo. — Minha mãe olhou-o. — Você precisa chamar a Polícia. Não podemos esconder o corpo deste homem aqui.— Devo chamar algum policial em especial?— Peça ajuda para Jadis. Ela dirá qual é o melhor nome a pedir socorro neste momento. Ainda assim, sabe que estamos fodidos, não é mesmo?— Sim — ele confirmou.Rambo saiu e ficamos somente nós duas. Ela limpou as lágrimas retirou o lençol de cima do meu corpo, observando-me nua:— Você gozou? — Sorriu, em meio ao caos.— Não deu tempo. — Eu ri, puxando o lençol de volta.— Por que ele? Por que aqui e não no seu quarto, na sua cama?— Ele me causa sensações que jamais senti antes com qualquer outra pessoa. Não quis levá-lo para o meu quarto porque não sei a que ponto quero deixá-lo entrar na minha intimidade... E dividir minha vida. Não tenho certeza se ele quer isso, entende?— Ele é um rio ou um córrego?— O mar, mamãe. Ele é como um mar
Dinheiro! Exatamente o que não tínhamos para dar.— Quanto? — Candy perguntou.— Cem mil.— Tudo isso? — Jadis reclamou. — Não está sendo muito sensato, amigo. Somos prostitutas e não banqueiras.— O que eu posso fazer por vocês é fingir que o corpo foi encontrado no Hotel e jamais mencionar o que acontece no quinto andar.Deus, por que não pensamos nisso antes? Poderíamos ter carregado o corpo até o quarto andar e dizer que o ilustre político veio a falecer nas dependências do Hotel Califórnia.— Quanto tempo para lhe dar o valor? — Candy já se deu por vencida.— Uma semana.— É impossível conseguir cem mil em uma semana.— Pelo nível dos seus clientes, incluindo o morto, posso apostar que você arranja esta quantia facilmente.
Peguei minha roupa no quarto e desci com Ketlin quando já era quase sete horas da manhã. Todos estavam reunidos no restaurante. Ninguém havia ido dormir. E pessoas estranhas entravam e saíam do prédio em função do corpo do homem no quinto andar.Foi servido café puro para que todos pudessem tentar acalmar-se, como se aquilo não fosse deixar os presentes ainda mais ansiosos e elétricos.Entre uma conversa e outra, preocupados com o paradeiro de Corinne, surgiu Diogo, junto da babá. Era impossível não parar o mundo e ficar observando aquela linda criatura que era o menininho que trazia na mão uma sacola de papel estilo pardo.Enquanto uns o afagavam e outros lhe elogiavam, Davina pegou-o no colo, retirando a sacola das mãos do filho.— Estou começando a realmente ficar preocupada com Corinne — minha mãe disse, descansando a cabe
Quando minha mãe despertou, eu e vovó estávamos na cama, ao lado dela.Rosela lhe pegou a mão, dando um beijo carinhoso no dorso.— Velando meu sono? — ela perguntou à mãe.— Sempre estarei a velar. Você é tudo para mim e sabe disto.Candy sentou-se sobre a cama e abraçou a mãe, deixando as lágrimas caírem novamente.— Mãe, você sempre me disse que não gostava de Corinne. Eu nunca lhe dei ouvidos.— Não, não me deu. Assim como Liah não lhe dá ouvidos e eu não dava para a minha mãe. É assim, meu amor e você sabe disto. Mães tem olhos até no cérebro e sempre querem o bem de suas crias. Minha intuição sempre disse que Corinne não era boa pessoa. E sabe por que? Porque ela era perfeita demais. Eu não acredito neste tipo de pessoa: que está sempre sorrindo, que nunca se altera, que ama todo mundo e é gentil o tempo inteiro. Gente verdadeira comete erros, põe os pés pelas mãos, se arrepende, chora, grita, esbraveja e manda todo mundo se foder vez ou outra.Suspirei, mais uma vez admirando c
— Como levantar isso se estamos perdendo o prédio?— Rosela Smith levanta qualquer coisa. — Vangloriou-se de si mesma.— Mãe, precisamos de cem mil para dar ao policial.— Não vou pagar porra nenhuma. Vou é denunciá-lo por extorsão e chantagem.— Sabe que não é assim que funciona, vó.— Quanto temos?— Nada? — Minha mãe olhou-a, confusa.— Ok, vou pegar o dinheiro das meninas e dividir um pouco para você e o restante guardarei para o policial corrupto. O Bordel seguirá funcionando e tudo que entrar será destinado a este fim. E não, não vou guardar debaixo do colchão o dinheiro — macetou.— Quem sabe você bate na minha cara que dói menos? — Candy sugeriu.— Prefiro a tortura psicológica.— Mãe, eu vou conseguir parte do dinheiro. Vou alugar minha barriga.— Liah já me falou sobre esta sua ideia louca.— Estou decidida. É muito dinheiro que está em jogo.— Vai levar um filho que não é seu dentro da barriga e se apaixonar por ele. Não vai dar certo. Já estou vendo você metida em outra en
Assim que me aproximei, vi as caixas de remédios no chão. Rambo foi o primeiro a chegar:— Chame uma ambulância, imediatamente!Rambo foi fazer o que pedi. Levantei Cris, pondo sua cabeça sobre os travesseiros. Conseguia sentir sua respiração, embora fraca. Precisávamos que o socorro viesse logo, ou o perderíamos.Logo as meninas estavam ali, tentando ajudar. Fiz questão de acompanhá-lo na ambulância. Enquanto ouvia o som da sirene estridentemente nos meus ouvidos, fiquei a pensar que tipo de mãe Corinne era. Como foi capaz de deixar o próprio filho para trás? Todos sabíamos que ele já tinha 19 anos e não era mais uma criança. Mas sempre foi extremamente apegado à ela. E se hoje era um homem imaturo, foi graças a forma ridícula dela em criá-lo, debaixo de sua saia, dependente e cheio de mimos e vontades.