— E por qual motivo Robson Archambault Chalamet me mandaria destruir o lugar? Se eu encontrasse Candy, poderia lhe contar. Não faz sentido.
— Ele não sabia que nos falávamos, Chain. Achava que não éramos próximos. E quem imaginaria que você iria querer conhecer o lugar antes de o destruir? Nem eu esperava que agiria desta forma.
— Eu... De alguma forma pensei sobre quem morava lá. E me importei...
— Sim, tanto que não fez absolutamente nada para impedir que o local venha abaixo.
— Não é verdade. Eu dei mais 60 dias de prazo para elas.
— Você não vai destruir o Hotel, Chain. — Ele foi enfático.
— Milano, eu vou. É a minha parte da herança. Achei ridículo você contratar uma barriga de aluguel para enfiar seu esperma dentro. Ainda assim não me meti, porque é a su
Eu ri:— Joguei meu trauma no sexo e nas mulheres. Ainda assim, depois de Tessália, passei a ter um medo extremo de me envolver emocionalmente com qualquer uma delas.— E eu decidi me recolher do mundo, num lugar só meu, longe de tudo e todos. E me culpar, por tudo que fiz no passado com Candy.— Candy superou, Milano. Casou duas vezes, teve uma filha... Você também precisa superar.— Ela era tão inocente, Chain. Como foi parar num Bordel? Não tem noção do quanto eu desejei viver o resto da vida ao lado dela. E... Quase não consegui dormir pensando em quantos homens passaram pela vida dela...— Acho melhor não tentar fazer as contas. Se a deseja de volta, vai ter que passar por cima de tudo... Assim como ela.— A filha dela é diferente... Me parece mais decidida.— Sim, Liah é decidida. E tenta passar seguran&cc
— Você é a terceira peça a se mexer neste tabuleiro.— O terceiro?Ou seja, Tessália e Milano já haviam cumprido suas exigências? Milano não comentou nada sobre isso. Tessália... Bem, eu não falava com ela há um bom tempo, evitando-a ao máximo, mesmo morando sob o mesmo teto.— Tem sua permissão para sair do país por dois dias, depois que me mandar a cópia da certidão de casamento.— O que Tessália e meu irmão já fizeram?— Eu não tenho autorização para lhe falar sobre o cumprimento das exigências dos demais.— Que porra! — Desliguei o telefone, com raiva.Ouvi uma batida na porta e fui atender. Sim, eu me trancava à chave dentro do meu próprio quarto, para não ter que correr o risco de ser “atacado” por minha ex
Meu carro chegou a tempo para que eu conseguisse chegar às 17 horas no Hotel Califórnia. Até então, tudo havia acontecido conforme eu esperava.Estava em dúvida sobre qual roupa usar: algo casual, como se aquilo que eu estivesse prestes a fazer não significasse nada, ou uma roupa digna de um casamento de verdade. Optei pela segunda, um terno bege, novo, escolhido especialmente para o momento.Olhava no relógio o tempo todo, amedrontado de ela não aparecer. Vi meus dedos tremerem levemente no volante, demonstrando todo meu nervosismo.Merliah saiu pela porta do Hotel exatamente 17 horas e 3 minutos. Só que os três minutos pareceram 3 horas na minha cabeça.Caralho! Não existiam palavras que pudessem descrever a beleza dela e o quanto meu corpo reagiu ao vê-la. Usava um vestido cinza claro, tomara que caia, justo até a área da cintura e longo. Os cabelos e
Chegamos ao cartório alguns minutos antes do horário agendado. Chain estacionou na frente da escadaria, que parecia infinita. Assim que descemos do automóvel, perguntei:— Tem um elevador, não é mesmo?— Dentro do prédio, sim. Mas para chegar lá, não vai escapar das escadas.Subi um degrau e percebi que estava literalmente numa saia justa. Meu vestido não cedia o suficiente para que as pernas pudessem se movimentar. Chain já havia subido uns três degraus quando me encarou:— Não me diga que está desistindo, Liah!— Na verdade, não. Mas estou com um problema, Chamalet.Ele desceu curioso, parando um degrau acima:— O que houve? Suas botas “novas” estragaram?— Meu vestido não me deixa abrir as pernas... — confessei, sem jeito. — Acho que vou ter que rasgar a lateral d
— Não havendo nenhum impedimento para o registro desta união, eu os declaro casados perante a lei. Farão troca de alianças?— Sim — respondeu Chain, retirando do bolso uma pequena caixinha com duas alianças grossas.Sim? Ele tinha mesmo adquirido alianças? E o juiz de paz perguntou se faríamos a troca de alianças, ou seja, não era obrigatório? Saberia ele, antes de comprar, que era opcional?Deus, aquilo tudo estava me enlouquecendo... Ainda mais do que quando eu descobri que estava apaixonada por ele.Quando percebi, estava com a mão esquerda em direção a ele, que pôs a joia no meu dedo anelar, enquanto me encarava, como se aquela cerimônia toda tivesse algum significado para ele, mesmo eu sabendo que tudo que Chamalet queria era pôr as mãos na porra da sua herança bilionária.Retirei a outra alian&cce
Antes que eu me defendesse, dizendo que aquilo não aconteceria, Chain já estava pedindo para a atendente colocar os doces numa embalagem para viagem.— O que você gosta de beber, Liah?— Margarita.Ele gargalhou:— Acho que vou ficar lhe devendo isso. Podemos pensar em beber algo assim à noite. Por hora, café, chá ou água?— Com doces, água. Café para tirar o sono ao longo da noite. Chá só quando ficar doente.— Ok, vou começar a anotar isso. Quero saber absolutamente tudo sobre a minha esposa. — Abaixou-se na direção do meu ouvido, sussurrando: — Como ela gosta de dormir, onde gosta do beijo de boa noite...Me afastei um passo, sentindo o coração acelerar:— Isso não é real e você sabe. Não force a barra.— É p
Assim que entrei na Recepção, fui em direção ao balcão de informações e avisaram que minha avó já estava pronta, esperando por mim.Quando me encaminhei para o quarto, Chain já estava ao meu lado. Tinha retirado a gravata e aberto os primeiros botões da camisa.— Vovó já recebeu alta hospitalar — avisei.— Então vamos pegar suas coisas e depois ir para casa.— Sim, vou pegar as minhas coisas... Mas o Hotel Califórnia é a minha casa, Chain e nada vai mudar isso, nunca. Eu nasci no quinto andar daquele lugar... Vivi a vida inteira lá.— Eu... Não sabia que era tão importante assim para você aquele lugar.— É... É muito importante para mim, independentemente de eu querer ou não virar dona de Bordel.Toquei a maçaneta da porta para abrir e
— Bem... Chain me pediu em casamento e eu aceitei. — Tentei fazer parecer algo normal.Rosela me encarou demoradamente e depois pôs os olhos sobre Chain, gargalhando em seguida. Nós dois nos olhamos, confusos com a atitude dela.Franzi a testa, ao passo que ela disse:— Acham que sou idiota?— Não... De forma alguma, Rosela — ele respondeu por mim.— Homens como você não pedem mulheres como Liah em casamento.Enquanto eu pensava numa resposta, Chain já estava dizendo:— Por que porra vocês falam isso o tempo todo? O que são homens como eu? O que são mulheres como vocês? Liah não é como todas as outras...— Por que não sou uma prostituta, Chain? — Me ouvi perguntando.— Não... Não é como as outras por inúmeros outros motivos, Liah... — Ele me e