- Não... Está... Tudo bem... – Olhei para tudo encharcado de espumante ao nosso redor.
- Que coisa chata... Eu acho que sobrou... Uma taça só.
Ele mostrou o líquido que não chegou a encher a taça e me deu um ataque de riso. O problema é que quando me dava estes ataques, eu não conseguia parar. Cris, de início, achou engraçado. Mas depois ficou sério, talvez pensando que eu pudesse estar forçando a situação. A questão é que eu tentava falar, mas não saía. Olhava para taça e lembrava da situação e tudo voltava à minha mente.
Eu ri até o ar faltar nos meus pulmões e minha barriga doer. E não sei se era só pela situação com o espumante. Mas pela forma automática como estava sendo aquilo tudo.
Respirei fundo e disse:
- Vamos transar, “my baby”.
- Eu odeio quando você me chama assim.
- Mas você é “my baby”. – Não resisti.
- Liah, vamos começar.
- Tirando a roupa? – Questionei.
- Não precisa deitar na cama molhada de espumante. Podemos... Ir para o carro... A grama. Ou até mesmo adiar se você quiser.
Caralho! Eu tinha 21 anos! A perda da virgindade era para ser algo especial... Para nós dois. Mas de alguma forma Cris mecanizou aquilo tudo, como se fosse um ritual. Não havia a mínima possibilidade de algo sair espontâneo dali.
- Não quero adiar, Cris. Você teve todo trabalho para organizar tudo isso. Até os girassóis... Que sabe que representam minha cor favorita.
Levantei e fui até ele, começando a beijá-lo novamente. Pressionei meu corpo contra o dele e levei a mão a seu pau, que ainda não estava duro.
Eu nunca havia transado, mas sabia absolutamente tudo sobre sexo. Afinal, eu morava e trabalhava num bordel, rodeado de profissionais no ato.
Pus a mão dentro da calça dele, sentindo seu membro quente e estranho... Não duro, nem mole.
Tentei relaxar e pensar que ele não estava daquele jeito porque não sentia tesão por mim.
Cancelei o beijo e olhei-o:
- Cris, a gente não é obrigado a nada...
- Eu quero.
Ok, agora você quer. Antes poderíamos adiar. Vamos acabar logo com esta porra.
- Eu vou pegar preservativos. – Ele disse, indo em direção ao carro.
Peguei a mão dele, impedindo-o:
- Fui ao médico. Estou tomando anticoncepcionais.
- Mas... Antes de transar a primeira vez?
- Sim. Então, estamos seguros. É a primeira vez de ambos... Vamos fazer sem preservativo.
- Mas isso não está certo, Liah.
Cris, se você funcionar já está tudo bem! Preservativo é o de menos aqui. Claro que eu só pensei, mas não falei. Eu não seria capaz de magoar aquele homem de forma alguma. Mas minha mente era muito criativa.
- Vamos fazer. – Ele voltou, sem se importar com os preservativos.
Pegou meu rosto entre suas mãos e começou a me beijar. A língua entrou na minha boca, ávida e cheia de amor. Peguei as mãos dele e levei aos meus seios, sem interromper o beijo. Não tinha segredo, ele já havia feito aquilo.
Aos poucos, senti que ele foi relaxando. Deixei meu corpo ir descendo, enquanto o puxava para junto de mim, voltando a cama que ele havia montado.
Cristiano parecia estar mais confiante. Larguei os lábios dele para respirar e retirei minha blusa, ficando só de sutiã.
- Você é linda, Liah! – Me observou.
- Quer tocar neles, Cris? – Ofereci.
Assentiu com a cabeça. Retirei o sutiã e ele passou a mão lentamente por um seio e depois pelo outro, fazendo com que meus mamilos enrijecessem.
- Cris... Você... Quer chupar meus seios?
Ele me olhou confuso:
- Eu... Não preciso que você me diga o que fazer, Liah.
- Só... Gostaria que você me chupasse. – Arqueei a sobrancelha, enquanto cobria meus seios com os braços.
- Não fique agindo como se estivesse me dando ordens, porra!
- Cris... Eu sou virgem, mas sei exatamente onde sinto prazer. Já me toquei... Diversas vezes... Assim como você também já deve ter feito.
- Sua sinceridade às vezes me deixa sem palavras... E é desnecessária.
Levantei e fui em direção ao carro. Aquilo não daria certo... Nem naquele momento, nem nunca. Mas antes de abrir a porta, lembrei das palavras de minha avó:
- Você não deve dormir com ele. É inexperiente e não tem capacidade de apagar seu fogo.
Abri a porta do carro e liguei os faróis, que iluminaram a cama e o rosto dele, diretamente. Cris me encarou, confuso, as mãos em direção aos olhos, querendo protege-los da claridade.
Minha avó morou mais de vinte anos com um homem, a quem chamava de marido, por ter casado no civil e religioso com ele e transaram com por todo este tempo. E nunca ele tocou os seios dela. E jamais a viu nua, pois nunca ligou a luz. Vinte anos, cinco filhos. Três abortos espontâneos, um bebê que morreu logo ao nascer e minha mãe, única filha que “vingou”. Vinte anos sem ter sentido tesão... Vinte anos sem saber o que era orgasmo. E os conselhos dela, que eu levava muito em consideração, eram: luz acesa, ele precisa chupar você inteira e não finja orgasmo se não tiver de fato. Como ele não está pagando, não o chupe. Claro que ela era uma ex profissional do sexo, então esta última parte não precisava ser levada em conta. Minha bela avó só tinha 70 anos. E ainda usava com um vibrador tamanho GG, que chamava de Gozo Gostoso.
Eu não usava o vibrador porque realmente não queria perder a virgindade com um pau de plástico. Mas tinha meus métodos de orgasmo, embora imaginasse que nada se compararia a um sentido por um pau de verdade, com um homem gozando dentro de mim.
A curiosidade de sentir o gozo masculino na minha pele ou dentro de mim me fazia abominar o preservativo. Como sabia que Cris também era virgem, não havia riscos para nenhum de nós. E o fato de eu estar tomando anticoncepcionais me dava a garantia de não engravidar.
Parei em frente à luz dos faróis do carro dele e retirei minha calça, jogando os sapatos longe e depois a passando pelos pés, levantando-a segura por dois dedos na direção do meu namorado:
- Sou toda sua, Cris!
Ele levantou e veio na minha direção. No entanto passou pelo meu corpo e foi até o interior do carro, desligando os faróis.
Já era quase três horas da madrugada. Eu e Tiago tínhamos bebido mais do que de costume. Era aniversário de uma conhecida da época da faculdade. Comida boa, bebida de qualidade e mulheres gostosas.Eu já nem raciocinava mais direito. Olhei duas loiras me observando do mezanino. Sorvi rapidamente o restante do uísque que havia no copo e subi as escadas, sem desviar o olhar delas.Assim que cheguei mais perto, fiquei ainda mais excitado. Não eram gêmeas, embora parecidas.— Nunca fodi duas loiras ao mesmo tempo... Mas posso tentar — fui direto.Elas riram e uma desafiou:— Por acaso você tem dois “paus”?— Não... Só um. Mas é grande pra caralho. Ninguém reclamou até hoje... Nem do tamanho, tampouco do que ele é capaz de fazer. E aposto que, mesmo com um pau, consigo fazer as duas gozarem ao mesmo tempo.Uma delas deslizou a mão pelo meu peito e disse, com a boca convidativa:— Eu gostaria de ver como vai fazer isso, gostoso!— Eu gostaria de mostrar... Agora!As duas vieram uma de cada
— Talvez... — pisquei.— Vamos ligar, hein?— Vou esperar — ou não. Afinal, mulheres como elas encontrava todos os dias, só interessadas numa boa noite de sexo num lugar agradável e caro, e se dessem sorte, eu me apaixonar, casar e elas ficarem ricas.Virei as costas. Eu conhecia todos os tipos de mulheres e delas só queria uma coisa: a boceta.Parei na frente de Tiago, que ainda alisava a gostosa no colo dele.— O que foi?— Meu pai morreu. Acabei de receber a notícia.Ele levantou, quase derrubando a mulher de cima dele.— Devo dar os pêsames?— Se quiser, pode me felicitar também.Meu amigo arqueou a sobrancelha:— Quanto ressentimento.— Ressentimento? Imagina! — debochei. — Vou para Noriah Norte. Preciso participar do funeral.— Eu vou com você.— Eu volto até o final do dia.— E vou perder a oportunidade de conhecer a sua madrasta gostosa? Nem morto!Tiago deu um beijo na testa da garota e saiu comigo da casa.— Beijo na testa? — comecei a rir.— Ela tem que ficar feliz que aind
— Por que... Diabos você desligou os faróis? — arqueei a sobrancelha.— Está louca, Liah?— Eu... Gostaria que me visse nua, Cris.Ele voltou e parou na minha frente, pegando meu queixo e fazendo encará-lo:— Relaxa, Liah... Vai dar tudo certo.Eu estava relaxada, ao contrário dele. Sempre fui uma pessoa muito decidida e dona de mim mesma. Mas naquele momento, mesmo tendo esperado muito por ele, não me sentia segura nem mesmo para dizer ao meu namorado que eu achava que não seria bom transarmos.— Peguei preservativo — ele me mostrou, feliz.Respirei fundo e o abracei. Quando percebi, Cristiano começou a beijar-me de novo.O beijo começou a ficar quente e então o puxei para o colchão novamente, mesmo este estando molhado de espumante. Abri as pernas, só de calcinha, enquanto Cris não havia tirado u
Assim que cheguei na casa de repouso, fui diretamente para o quarto da minha avó, que por um milagre, estava sozinha e não compartilhando com outras mulheres coisas sobre sua própria vida.Abri a porta e ela estava saindo do banho, com uma toalha enrolada nos cabelos e o corpo nu.— Vó, e se entra um enfermeiro? Está tomando banho com a porta aberta?— Liah, a porta ficou aberta para o enfermeiro, querida. Claro que se ele entrar, não sai mais.— Caralho, vovó.— Já sabe, nada de me chamar de vovó em público ou mato você.Rosela Smith foi trocar de roupa enquanto eu sentei numa cadeira de balanço que tinha na sacada individual do quarto dela.Mesmo o prédio sendo todo térreo, cada quarto tinha uma sacada, com sofás confortáveis e mesa. E sim, minha avó fumava escondido, já que era proibid
Exatamente às 19 horas eu estava junto de Milano entrando no prédio que era a Matriz da Construtora Partenon.Os anos passaram, a empresa que meu pai criou foi ficando cada vez mais conhecida e famosa. Por fim, acabou se estabilizando econômica e financeiramente de modo a se tornar a maior de Noriah Norte, havendo inclusive filiais em outros países. No entanto, ele nunca mudou a sede principal e acredito que fosse pelo fato de sua excelente localização.Apesar da matriz ficar na área central, Robson Archambault Chalamet morava em outra cidade, num local mais tranquilo, embora urbano. A mansão havia sido feita pela construtora da família, óbvio. Certamente um dos melhores trabalhos realizados no quesito residencial. Hoje a Construtora Partenon não trabalhava mais com casas de moradia, independentemente do valor que se oferecesse à empresa. O foco era construção de Shoppings,
— Caso um de vocês não cumpra as exigências, tudo será dividido entre os outros dois. Se dois não cumprirem, um receberá todos os bens em nome de Robson Archambault Chalamet.— E se ninguém cumprir? — fiquei preocupado.— Caso ninguém cumpra as exigências em dois anos, a herança de seu pai será dada para uma quarta pessoa, não presente aqui nesta sala.— Uma quarta pessoa? — Tessália levantou-se, a voz alterada. — Eu preciso de um chá — falou para a secretária, de forma rude.A mulher foi preparar a bebida e o advogado olhou no relógio:— Eu tenho outro compromisso em seguida e não posso me demorar muito. Então vou seguir e vocês tiram as dúvidas depois, ligando para o meu escritório ou me encontrando aqui depois de amanhã. Amanhã não
Tínhamos o costume de tomar o café da manhã em torno das 15 horas, todos os dias. Minha mãe exigia que todas as meninas dormissem no mínimo oito horas. Antes que começasse a confusão e gritaria dos momentos de refeições, eu e Cristiano fomos falar com nossas mães. Não podíamos mais esperar para contar-lhes sobre nosso envolvimento. Ele tentou pegar minha mão quando entramos no quarto delas, mas afastei-me, impedindo o toque. Não queria chegar daquela forma contando a notícia. Corinne estendia os lençóis enquanto minha mãe organizava as roupas jogadas no chão, dobrando algumas e outras jogando num canto para lavar. Fui até minha linda mãe e lhe dei um beijo. Antes que me afastasse, ela me grudou com força, abraçando-me. Olhei para Cristiano, que ajudava Corinne na arrumação da cama. — O que fez na sua noite de folga? — Candy me questionou. Eu? Perdi minha virgindade, mamãe! Foi horrível, mas não sou mais uma mulher de 21 anos que nunca
— Cristiano é filho da minha companheira. E vocês estão se “pegando” pelas nossas costas há três anos. TRÊS anos — enfatizou o tempo, decepcionada. — Enfim... Já fiz e não há como voltar atrás. Me desculpe. — Sabe o que eu acho? — Que eu deveria ter contado? — revirei os olhos. — Detesto quando você revira os olhos para mim. Ri: — Eu sei... Por isso mesmo revirei. Ela não resistiu e começou a rir também: — Quando faz isso, parece seu pai. Minha mãe ajeitou uma mecha dos meus cabelos que caía sobre o olho. Sempre que o mencionava, eu via a tristeza em seus olhos. — Difícil um homem revirar os olhos. — Mas ele fazia isso, acredite. Toquei o rosto dela, liso e bem cuidado: — Não quero que fique chateada comigo, mamãe. — Liah, eu gosto muito de Cristiano. E não seria clichê dizer que como um filho. — Eu sei. — Mas ele não é homem para você. Suspirei, le