A DESCOBERTA

O telefone de Gael toca.

_Alô Drika o que estás acontecendo?

Alessandro já estava nos degraus da escada em direção a saída quando o ouve e volta parando sombrio na frente do amigo.

_Onde estás? estou indo. Gael pergunta

Ao desligar o telefone diz já de costas.

_ Ela não voltou para casa. Fala olhando nos olhos de Alessandro com furia.

Vendo que Alessandro o seguiria olha- o repreende o amigo.

_Onde pensas que vais? Diabos Alessandro não estás satisfeito?

O tempo fecha anunciando as fortes chuvas, com raios e trovões tão comuns nas noites de verão.

Os dois homens entram cada um em seu carro enquanto de longe Gael grita furioso.

_ Deixe a em paz.

"Meia hora antes."

Rebecca sai desesperada daquele lugar, aqueles olhos... aquele sorriso... era ele... Alessandro...

Sabia que seria difícil encontrá-lo novamente, ao longo daqueles doze anos jamais o vira novamente, manteve aquém das notícias para evita-lo propositalmente, mas agora ele estava ali sem nenhuma distância dela, o homem que transformara seus sonhos em um pesadelo constante.

Chamou o táxi.

_Jardim das rosas por favor.

_ Mas senhora já passam das 21:00 aquele lugar pode ser perigoso para uma dama.

_Está apenas preocupado comigo ou tem medo de fantasmas?

Rebecca sentiu uma vontade imensa de conversar com sua mãe contar a ela tudo que afligia seu coração.

_ Não temo fantasmas senhora, apenas me preocupo.

_Então está decidido, lá é meu destino.

Em menos de 15 minutos estavam naquele lugar silencioso e sombrio.

_ Senhora... tem certeza ? irá chover, como voltará?

_Não se preocupe eu também não tenho medo de fantasmas, além do mais a lápide da minha mãe fica no bangalô, não me molharei certo, de qualquer forma obrigada..

Por um instante sentira seu desespero se dissipar se divertindo com o medo que o homem tinha de fantasmas.

Gael e Drika começam a ronda por toda cidade.

Alessandro fala ao telefone com Lucas.

_Encontrem ela e me avise onde está.

Ele continua dirigindo pela cidade esperando encontra-la seu rosto está frio como gelo.

Aos poucos o desespero começa a assombrar seus pensamentos.

Sempre pensara que por ciúmes do pai ela havia inventado toda aquela história com o intuito de tira- lo de sua vida de uma vez por todas, mas naquela noite ficara evidente diante do pavor em seus olhos que não fôra uma invenção.

Temia que a essa altura seu agressor pudesse tê-la levado.

Seu tio sempre dissera que aquele monstro não se dera por satisfeito e que continuava lhe enviando presentes para que ela não se esquecesse daquela noite.

Alessandro sempre achara que ela mesma havia feito isso para convencer o pai de que falará a verdade, já que ele o havia salvado da prisão e desde então ela nunca mais falará com o pai.

A chuva estava intensa, quando um raio clareou o lado de fora do carro Alessandro se deu conta que passava pelo jardim das rosas e decidiu parar ali.

Deixou o carro no estacionamento e correu para o bangalô mais próximo, já fazia muito tempo que não ia aquele lugar. Apesar de sair correndo quando chegou ao bangalô já estava encharcado.

Rebecca estava parada ao lado da lápide de sua mãe quando vira a imagem do homem correndo em sua direção no meio da chuva, rapidamente se escondeu dentro de um armário que ocupava a parede atrás da lápide, seu pai o fizera para guardar as coisas pessoais de sua mãe.

Alessandro tirou o terno e a camisa que estavam colados em seu corpo.

Dentro do armário Rebecca o observava de frente, tinha o peito largo e bem definido, tinha um abdômen de causar inveja em qualquer atleta, céus como pudera ficar ainda mais lindo?

Rebecca fora invadida por uma onda de sentimentos estranhos, durante aqueles doze havia se torturado por não conseguir deixar de ama-lo e também não conseguir deixar de odia-lo, vendo o parcialmente despido agora tinha certeza que o amava e o odiava na mesma intensidade, pois ele estivera em seus melhores sonhos e em seus piores pesadelos.

Alessandro anda até a lápide debruçando em cima dela com os olhos carregados de uma dor mortal diz.

_ Me perdoe, não pude protege-la, nem naquele tempo e nem hoje,

Ele levantou o rosto cheio de dor, nesta posição Rebecca tinha uma visão clara do seu rosto.

_Parece que escolheu a pessoa errada para protege-la, eu simplesmente não fui capaz, me neguei a acreditar que ela teria sido vítima de alguém, me neguei a procurá-lo por ela e agora ele pode estar com ela fazendo sabe Deus o que.

Ele chorava copiosamente.

_Você sabe que eu jamais toquei nela não é?

você sabe que eu jamais faria mal a ela, mesmo que ela me odiasse, sentisse ciúmes do tio comigo, você sabe, não sabe.

ele falava como se estivesse diante de alguem vivo.

_Eu a amava demais, jamais a tocaria,, eu a amava.

Rebecca estava dentro daquele armário vendo todos os pesadelos que a atormentaram por doze anos se dissolverem em minutos, sentia vontade de correr para seus braços, sentia vontade de beija-lo e ficar para sempre com ele, quando uma onda de pavor invadira seu coração.

" Ela o Madara para prisão" e ele um dia a tinha amado, mas agora se transforma em ódio.

Lembrava- se de ter ouvido conversas naquela época onde diziam que seu pai o resgatara em carne viva da prisão.

Ela estava em transe seus olhos, a cicatriz em seu rosto , realmente acreditava que ele fora seu agressor, apesar de não saber os detalhes do que acontecera naquela noite, agora tinha certeza de que não fora ele e isso a deixara feliz e apreensiva ao mesmo tempo, as duas últimas palavras saídas da boca dele queimava seu coração." Eu a Amava"

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