Um calor forte percorreu por todo o meu corpo com a proximidade, Damon me olhava de forma diferente, mas continuava imovel. Toquei em seu rosto e então, algo dentro de mim revirou, dentro do meu estômago enquanto o mal estar piorou, tudo girava. Só deu tempo de me virar para o mar e vomitar tudo o que havia bebido, tudo o que havia comido durante o dia. — Isso está horrível — Disse Damon fazendo uma careta. — Cale a boca! — Você comeu camarão também? — Você é nojento, Damon sai daqui. Não quero você olhando! Não achava que Damon fosse obedecer, mas também não esperava pela sua reação. Ele se aproximou mais de mim e com delicadeza começou a juntar os meus cabelos os afastando do rosto. — Se eu sair, quem me garante que você não vai cair no mar e virar comida de tubarão? — Tem tubarões por aqui? — Olhei nos olhos dele. — Sim — Me levantei rápido me afastando um pouco da borda, mas então voltei e senti a mão de Damon na minha cintura. — Ros
Levantei com o meu despertador às sete da manhã e acordei alarmada sentindo meu coração disparar. Olhei para o telefone, eu ainda não havia tirado o despertador, tão acostumada a acordar cedo para medicar o Sr. Antonio e então, começar o meu dia que eu não havia percebido que não precisa mais de despertador. Ele não costumava me incomodar, mas hoje que minha cabeça doía e eu não havia dormido quase nada me sentia mal humorada e arrependida por ignorar o despertador. Estava na hora de tirá-lo, então foi isso que eu fiz. Notei que Jonathan já havia levantado e me levantei também vestindo um hobby desci às escadas da mansão, às centenas de quartos ainda não explorados me causaram curiosidade, logo os exploraria, mas agora só queria saber onde Jonathan havia ido tão cedo. Parei na porta da sala e cruzei os braços me encostando sobre a parede, Jonathan estava tomando café da manhã com Damon, Keyla e Edgar, eu com certeza não queria fazer parte do café da manhã, mas
Os olhos de Renato eram bonitos, bem diferentes de sua personalidade. Ele entrou pelo escritório com o mesmo ar de prepotência e olhou em volta, então disse: — Eu sabia que você ia precisar de mim, eu que cuidava da empresa do meu avô. Voçe, voçe era só uma cuidadora — Ele tocou em um enfeite antigo de cachorro que balançava a cabeça e o botou de novo na estante torcendo o rosto com desdém — Eu nem sei como demorou tanto a me procurar! Suspirei tentando manter a calma, afinal, eu realmente precisava dele. — Vamos trabalhar juntos, em equipe. — Equipe? — Ele repetiu a palavra, parecia surpreso — Você não sabe fazer nada! — Me ensine. — E por que eu faria isso? — Por que senão eu nunca vou aprovar nenhuma das mulheres que escolher para se casar, mesmo que o teste diga que está sendo sincero e que está apaixonado perdidamente pela moça que escolher, ainda assim não a aprovarei. Ele balançou a cabeça assentindo. — Eu queria entender a lógica
Quando cheguei no quarto esperava ver Jonathan, mas ele não estava.Liguei para ele e caiu na caixa postal, então joguei meu telefone na cama e logo em seguida, me joguei. O pensamento de Damon tocando a parte despida da perna de Keyla me deixava incomodada, tentei mudar meus pensamento e então o rosto enfurecido de Renato me veio à mente. Será que não havia nada de bom para pensar? esse era meu questionamento, senti algo macio, delicado e felpudo em meu rosto e abri os olhos para Lily que me alisava caindo sobre os meus cabelos apenas para olhar mais alto. — O que foi em? — Perguntei como se ela pudesse me responder e me sentei na cama a pegando sobre o colo para fazer carinho. Lily praticamente escalou sobre mim, seu miado alto era incompreensível. — Você está irritada também? — Falei em um tom de voz manso e baixo, alisei seu pescoço e a vi se desmanchar sobre minhas mãos quase caindo. Primeiro a segurei, depois eu ri. — Acho que já sei o que quer — A botei na
Eu fui vencida pelo cansaço, dormi bem o que me fez despertar logo pela manhã bem cedo. Deixei Jonathan na cama, ele roncava alto ainda fedia a bebida e sabia que não acordaria pela manhã. Conversei com Josie, Kenya e Maria às únicas que pareciam aos poucos estar me tratando como antes, enquanto todos não adiantava o quanto insistisse, ainda era a madame da casa para eles. Tomei o café da manhã com elas e então fui para a varanda, perto do jardim me espreguiçar. A neblina havia ido embora e já não fazia mais frio o que era surpreendente, já que na noite passada parecia que ia chover. Decidi fazer algo que nunca fiz, mas que sempre tive vontade e caminhei em direção ao lago. A paisagem paradisíaca era agradável aos olhos, eu me sentia bem perto da natureza. Olhei em volta e ao constatar que não havia ninguém à vista tirei a blusa e short rápido e em um surto de coragem e adrenalina entrei no lago me lançando sobre a água, mergulhei. A água gelada sobre o meu corpo e
Um espirro me denunciou, Jonathan se aproximou com uma caneca de chá. O gosto era amargo, mas fazia bem para a garganta, tirei minhas mãos do cobertor. — Como foi que você ficou assim? Dei de ombros e tomei um gole do chá. — Rosa, não minta. Damon disse que você estava tomando banho no lago mais cedo. Meu coração disparou, olhei em seus olhos alarmados. — É, o que ele disse? — Disse isso, que tomou banho no lago, mas que não ficou muito — Suspirei aliviada, Jonathan franziu a testa — Você está estranha! — Eu não devia ter feito isso — Falei ignorando suas palavras, tentando mudar de assunto, abaixei a cabeça e olhei para ela me sentindo culpada pela forma que me sentia atraída por Damon, não queria admitir, mas depois de quase beijá-lo de novo não podia mais negar para mim mesma — Eu agi de forma imprudente, mas sempre tive vontade de nadar naquele lago e nunca pude. Esperar que fizesse mais sol seria esperar meses. — Que sol Rosa? Desde cedo está fazendo frio
Damon estava me ignorando. Não importava o que eu falasse com ele, por mais sério que fosse, por mais urgente ele continuava fingindo que eu não estava no mesmo ambiente e que não ouvia minha voz. Passei a enviar recados quando necessário por Wallace, infelizmente era impossível não falar com ele, afinal, moramos na mesma casa. Talvez eu tivesse pegado pesado demais nas palavras, mas todas as vezes em que pensava em me retratar e pedir desculpas, lembrava do nossoquase beijo em frente a mesa quebrada da sala e do nosso quase beijo no lago. Não gostava da forma que tudo havia acontecido, mas talvez as coisas fossem melhor assim. Eu estava bem com Jonathan, dormimos tarde fazendo sexo, passeavamos, estavamos mais juntos, aos poucos nos aproximando como era no passado e ele parecia dedicado, ainda assim sumia as vezes, mas eu entendia que ele estava fazendo novas amizades. Brad havia o apresentado a seus colegas e amigos e Jonathan estava passando muito tempo com eles,
Respirar o ar frio da noite gelada não era bom para mim que havia acabado de me recuperar de uma gripe, mas mesmo assim, aquele pedaço Grande e aberto para o céu poderia não ser sempre confortável, mas era o melhor lugar da casa para mim. Cruzei os braços me encolhendo pelo frio e então ouvi passos, me virei para ver quem era, esperava ver Jonathan, acreditava que ele ia me seguir, mas era Damon quem estava parado na minha frente. Seus olhos azuis pareciam brilhar na noite, seu rosto carregava uma expressão indecifrável e seus cabelos estavam bagunçados pelo vento. Meus olhos buscaram os seus em uma tentativa fútil de entender o que sentia, mas quando ele me olhou fiquei ainda mais confusa. Seus olhos pareciam carregados de sentimentos, sua expressão séria e focada em mim, sua boca entre abriu e esperei que ele dissesse algo que quebrasse esse clima ruim e fizesse o frio sumir, mas Damon não conseguiu. Dando um passo para trás ele fechou a boca e com a expressão sér