Lorenzo estava no escuro, o porque eu não sabia, mas a primeira coisa que fiz foi acender a luz. Ele parecia pálido, em choque ainda pelo susto. — O Sr. Lorenzo, como conseguiu entrar na minha casa? — Perguntei abismada — Tenho certeza de que fechei a porta. — Boa noite Sr. Rosalina, isso é de relevância. — Para mim tem total relevância, eu gostaria muito de entender como o Sr conseguiu acesso a essas paredes. Ele olhou em volta. — Você guarda a sua chave reserva perto do cacto, na varanda. Muito acessível a ladrões. — Como você sabe? — Porque tapete e planta é onde costumam guardar, por isso mesmo volto a repetir. É muito fácil de ladrão achar. Balancei a cabeça incrédula, eu com certeza não esconderia a chave lá novamente. — Me desculpe o inconveniente, aparecer de noite na casa dos outros sem ser convidado com certeza é um importuno. Principalmente quando você invade a casa da pessoa. Mas não foi por mal que fiz isso, eu precisava falar com a Sra
Um, dois, três… Não adiantava contar, nada me acalmava então paguei o táxi usando o cartão e sai do carro, sem mala alguma da mesma forma que saí, voltei. Sem aviso, sem bagagem, somente quando deu na telha e quando sentia a necessidade, agora estava de frente para os portões que foram abertos de prontidão para mim e Jonathan sem que eu precisasse pedir ao porteiro. Eu era mesmo a dona daquela mansão? Quando lembrava da dor de cabeça que teria ao fazer a contabilidade ao lado de Gisele já me sentia cansada, ouvir tudo o que estava sendo feito, tudo o que precisava agir, a forma como a casa se movimentava, como ela funcionava, havia coisas que eu já sabia como os horários que eram servido às refeições e o cardápio da semana. Às terças e quintas António comia frutos do mar, às segundas e sextas comia massas e às quartas, por algum motivo, ele comia sempre alguma coisa extremamente gordurosa sendo sempre algo diferente a aleatorio que ele pedia, dependia do seu dia de criatividad
Caminhei pela casa com Jonathan do meu lado, espantando a todos quando atravessava os corredores. — Que bom que está de volta Sra. Rosa, Sr Jonathan. Sejam bem vindos! — Disse Gisele com um meneio de cabeça. — Obrigada Gisele — Falei — Soube que queria falar comigo. — Sim, precisamos ver o cardápio da semana. — Isso não pode ficar para depois? — A Sra saiu por por três dias, o cardápio da semana não é a única coisa a ser discutida sobre a casa, o encanamento de um dos banheiros parece estar ruim, está fazendo um barulho estranho. — Qual banheiro? — O da ala leste, o terceiro. Arregalei os olhos. — Quantos banheiro há nesta casa? — Perguntei curiosa e Wallace e Jonathan prenderam um riso, os olhei indignada. — A Sra ainda não explorou a casa? Balancei a cabeça negando. — Não. — Me avise quando estiver disponível para que eu te mostre todos os cantos da casa. — Ninguém conhece essa casa melhor do que Gisele. — Disse Wallace me fazendo prestar ate
Me virei e fiquei imovel, olhei para os lados e dei um sorriso tímido, sem graça, sem saber ao certo como reagir. — Eu não vi nada. — Não importa — Disse ele dando de ombros — Eu até gosto de plateia! — Mas eu não vi nada! — Repetir ainda sem graça. — Quer ver? — Como? — Perguntei se você quer me ver tocar. Pensei por um momento e então balancei a cabeça assentindo, Damon abriu mais a porta me convidando para entrar, então o fiz. O cômodo era simples, minimalista, paredes em tons de pastel com detalhes e bordas brancas, um carpete embutido em toda a extensão do cômodo e janelas amplas e abertas, trazendo tanta claridade ao quarto que nem mesmo era preciso acender a luz. Três ventiladores de teto grandes que giravam lentamente, era um dia fresco nem mesmo seria preciso deles, mesmo assim estavam ligados. — Tire os sapatos. — Como? — Tire! — Repetiu ele e tirei os sapatos, o carpete era gostoso sobre os pés, a pelagem tão macia parecia massagear meus
Olhei para seu rosto procurando alguma coisa que me dissesse o que havia acontecido, já que Damon parecia não estar disposta a continuar a falar, perguntei: — Como assim terminaram, o que aconteceu? — Não estava dando certo. — Por que não? — Por que não, só isso. — Isso é muito vago. Ele assentiu. — Keyla não estava comigo porque gostava de mim, estava comigo por causa do dinheiro. Franzi a testa. — Como sabe disso? — Eu já suspeitava, por mais apaixonada que a pessoa pareça, quando envolve dinheiro é difícil saber se ela te ama de verdade ou não, se ela está com você porque gosta ou por que tem dinheiro. — Mas você também é bonito — Deixei escapar e me arrependi, Damon sorriu. — Obrigada. — Eu não quis dizer isso. — Então quis dizer o que? Ele me olhava atento esperando que eu terminasse, mas fiquei quieta me dando por vencido. — De qualquer forma, por mais que eu seja bonito. O dinheiro cega às pessoas, ela via uma pilha de dinhei
— Onde estava? Sorri para Jonathan e tentei não bambear. — Eu estava na casa, como assim onde estava? — Franzi a testa e o olhei com incredulidade. — Mas você sumiu a manhã toda. — Eu tinha muitas coisas a resolver com Gisele — Mente e sorri, não me sentia culpada pela mentira, talvez fosse o álcool. Passei por Jonathan e fui em direção ao banheiro para tomar um banho. — Está cheirando a álcool. — Só você pode? — Perguntei o provocando e Jonathan me olhou com olhos sérios, mas ficou quieto. Me virei de novo e voltei a caminhar em direção ao banheiro. Comecei a encher a banheira com água quente e peguei alguns sais os jogando, queria espuma, muita espuma e relaxar. Só pretendia ver os Bonner a noite, sabia que Renato não estava em casa, ao receber uma ligação de Lorenzo ele viria correndo para o jantar. Me despi e entrei na banheira com cuidado, então relaxei sobre ela um pouco, meus pensamentos me levaram até Damon. Haviam passado a manhã inteira naquel
— Poderia me passar ás batatas, Edgar? — Perguntei de forma educada. Edgar me olhava com um semblante engraçado, talvez estivesse achando graça de mim, mas parecia empolgado enquanto carregava um sorriso entreaberto nos lábios. Ele ergueu rápido as batatas me entregando. — Aqui está, Sra. É, Edgar estava achando engraçado a situação e com isso se entretendo. — Obrigada, Sr. Edgar — Falei com ênfase devolvendo, ele parecia achar ainda mais divertido o que me deixou furiosa. Damon alternou o olhar entre nós e sorriu, por que ele sorriu? Estava debochando de mim também? Digitei algumas palavras no telefone perguntando o por que ele estava rindo e Damon pegou o telefone e respondendo na mesma hora, ele disse “Acho que Edgar simpatizou com você" pisquei algumas vezes e olhei para Edgar que enfiava um pedaço de ganso em sua boca, ainda não havia mudado o cabelo vermelho. Edgar ainda era um mistério para mim, do qual eu não tinha curiosidade afinal, ele se mantinha d
Depois do jantar, segui pelos corredores em direção ao meu quarto, não pretendia fazer mais nada o dia havia sido longo então eu queria dormir, mas ao ver a expressão de Jonathan sabia que ele não me deixaria. Suspirei e continuei os passos firmes enquanto ele vinha atrás de mim. — Rosa, o que deu em você hoje? — Perguntou ele me analisando — Que plano doido foi esse de provocar Renato? — Agora não tem importância, já está feito! — Por favor, me diga que você não pretende continuar com isso? Parei no corredor e olhei nos olhos de Jonathan. — Não só pretendo como vou Jonathan, sabe por que? Por que não importa o que eu faça, ele sempre irá pegar no meu pé. Mas eu não quero mais ficar por baixo, não quero ser saco de pancada de nenhum deles! — Então você se juntou a Damon? Você sabe que ele não gosta de você. — Deixamos as implicâncias de lado visto que um precisa do outro, ele da minha aprovação e eu da sua experiência e ensinamento sobre administração das e