— Poderia me passar ás batatas, Edgar? — Perguntei de forma educada. Edgar me olhava com um semblante engraçado, talvez estivesse achando graça de mim, mas parecia empolgado enquanto carregava um sorriso entreaberto nos lábios. Ele ergueu rápido as batatas me entregando. — Aqui está, Sra. É, Edgar estava achando engraçado a situação e com isso se entretendo. — Obrigada, Sr. Edgar — Falei com ênfase devolvendo, ele parecia achar ainda mais divertido o que me deixou furiosa. Damon alternou o olhar entre nós e sorriu, por que ele sorriu? Estava debochando de mim também? Digitei algumas palavras no telefone perguntando o por que ele estava rindo e Damon pegou o telefone e respondendo na mesma hora, ele disse “Acho que Edgar simpatizou com você" pisquei algumas vezes e olhei para Edgar que enfiava um pedaço de ganso em sua boca, ainda não havia mudado o cabelo vermelho. Edgar ainda era um mistério para mim, do qual eu não tinha curiosidade afinal, ele se mantinha d
Depois do jantar, segui pelos corredores em direção ao meu quarto, não pretendia fazer mais nada o dia havia sido longo então eu queria dormir, mas ao ver a expressão de Jonathan sabia que ele não me deixaria. Suspirei e continuei os passos firmes enquanto ele vinha atrás de mim. — Rosa, o que deu em você hoje? — Perguntou ele me analisando — Que plano doido foi esse de provocar Renato? — Agora não tem importância, já está feito! — Por favor, me diga que você não pretende continuar com isso? Parei no corredor e olhei nos olhos de Jonathan. — Não só pretendo como vou Jonathan, sabe por que? Por que não importa o que eu faça, ele sempre irá pegar no meu pé. Mas eu não quero mais ficar por baixo, não quero ser saco de pancada de nenhum deles! — Então você se juntou a Damon? Você sabe que ele não gosta de você. — Deixamos as implicâncias de lado visto que um precisa do outro, ele da minha aprovação e eu da sua experiência e ensinamento sobre administração das e
Senti seus dedos sobre o meu cabelo, relutantes, mas então suas mãos se firmaram mais descendo sobre toda a extensão, fechei os olhos envolvida pela sensação gostosa de seu toque, não sabia como ele havia feito isso, mas Damon havia me acalmado em questão de segundos. Minha respiração foi voltando ao normal, pude sentir que os músculos dele também haviam relaxado, Damon me soltou e começou a se afastar, mas continuei o segurando forte. — Ainda não, espere um pouco — Falei em uma tentativa de o manter ainda em meus braços, deitei minha cabeça sobre o seu ombro me sentindo sonolenta com a sensação de seus dedos acariciando meu cabelo, o carinho era bom. — Você não acha isso estranho? — Não — Respondi em um tom de voz baixo — Isso é muito estranho, mas é bom! Damon soltou um riso baixo, estava certa que queria ficar ali o dia inteiro, em seus braços quentes. — Você está bem, Rosa? — Estou sim. — O que aconteceu? Abri os olhos lembrando da minha recente discussão co
— Achou que eu não ia vir? O sorriso de Damon era cativante, olhei em seus olhos tomada pelos seus olhos azuis claros refletido a luz fraca que atravessava a janela. — Eu não pensei em você — Falei o provocando, mentindo. — Não deu falta de mim? Balancei a cabeça negando. — Então acho que vou embora agora… — Não — Falei rápido me levantando, ele se virou e me olhou de cima a baixo. Ajeitou uma mecha de cabelo que despendeu do coque e me sentei de novo, com um sorriso sem graça — Eu preciso de você, mas você também precisa de mim. — Eu nunca neguei isso — O tom de voz de Damon me chamou atenção, olhei em seus olhos e de novo, um silêncio pairou entre nós enquanto um calor subia pelo meu corpo. Como ele fazia isso? — Vamos trabalhar então? — Claro — Ele olhou para a mesa — É uma pilha grande, né? — Não tem ninguém para dar conta. — Sim eu sei, mas… vamos fazer devagar? O encarei sério enquanto ele se aproximava puxando a cadeira para a pôr do me
Depois de um tempo subi para o terraço, era tarde demais para estar do lado de fora, mas ainda assim, cedo demais para voltar para a cama. O dia havia passado de forma tranquila, mas eu estava pensativa, imersa em pensamentos que eu não entendia, estava ansiosa, mas não sabia o por que. Temia que eu e Jonathan não mudássemos, eu ainda me sentia entalada, mesmo após discutir e gritar com ele, quando sentamos para conversar parecia que eu havia apenas pedido que ele não fosse embora, não estava expondo meus problemas, o que me incomodava, estava apenas com medo que ele fosse embora, mas ainda não me sentia bem e sabia que ele havia sentido isso durante o dia. Pelo menos tínhamos um ao outro. Olhei para o jardim e tomei mais um gole do chá, o casaco de croche era a peça mais confortável que eu havia vestido em dias, os sapatos eram baixos a maioria das vezes, então não eram desconfortáveis, mais o vestido justo elegante de mais cedo não me deixavam à vontade como eu queria.
Minhas palavras fizeram um clima estranho paira entre nós, Damon não era bom em disfarçar, ele havia ficado estranho durante a manhã, ele mal me explicava as coisas, seu humor parecia ter mudado rapidamente e agora, ele me trata com grosseria. Mas precisava falar com ele, precisava que ele me explicasse tudo, precisamos ler, fazer contas, assinar documentos e agora, Damon estava distante. — Damon — Estalei o dedo em sua frente quando ele pegou o telefone, me ignorando — Precisamos focar aqui, eu preciso da sua ajuda! — Ainda não é meio dia? — Reclamou ele impaciente. — Podemos acabar cedo hoje? — Não! — Falei ríspida — Damon, onde você está? Não fizemos nada até agora e já são dez da manhã. — Eu sei Rosa — Disse ele mal humorado. — É pelo que eu disse? Achei que não gostasse de mim para me considerar assim — Falei. — Não é por nada Rosa, eu também não quero você como irmã! Não sabia se me ofendia ou não com as suas palavras, então decidi ignorar. — Eu vou fumar
Cruzei os braços sobre o peito e olhei em volta, o campo aberto na parte de trás da mansão era uma extensão grande do qual não se podia ver o fim. — Até onde é propriedade dos Bonner? — Até aquelas árvores lá — Disse Damon me mostrando o início de árvores distantes que parecia dar a uma floresta. — Meu avô comprou um grande pedaço e mandou retirar todas as árvores da propriedade, então o início das árvores marca o fim do terreno. Agora, tudo isso é seu. Balancei a cabeça assentindo, incrédula com a dimensão e tamanho. — É um pouco exagerado, mas agora entendo porque vocês têm raiva de mim. — A empresa é a pior, ela vale vinte vezes mais do que essas terras. Fiz uma careta e Damon sorriu. — Vou te ajudar a cumprir com as cláusulas do testamento, eu juro. Então você receberá a sua parte! Damon assentiu. — Venha comigo . Damo começou a andar para o que parecia estábulos e então, abrindo os portões de madeira entrou, o olhei de fora, havia alguns cavalos realm
Chequei para ver se minha bota estava limpa, enfim, estava então olhei para Damon e cedi balançando a cabeça. Me aproximei de novo de Nina e Damon pôs as mãos na minha cintura, olhei em seus olhos, todo o meu corpo havia arrepiado com o seu toque assim como o meu coração que parecia ter corrido uma maratona. Ele me ergueu do chão com facilidade e me pôs sentada no cavalo, então me concertei sobre a cela e segundos depois Damon já estava do meu lado montado em Thor, segurei às redeas de Nina, um passo após o outro fui devagar, pelo menos nisso eu estava indo bem. Olhei para o campo aberto e respirei fundo, Damon já tomava a frente. Um passo após o outro, eu precisava dar um passo após o outro. Eu não tinha prática, fazia anos, então não me sentia confiante. Minhas mãos tremiam a cada passo, eu precisava ir devagar pois temia cair. — Está vendo, não tem o que ter medo — Disse Damon me olhando, desviei os olhos para a paisagem à minha frente. — Vamos devagar — Falei a c