Depois de um tempo subi para o terraço, era tarde demais para estar do lado de fora, mas ainda assim, cedo demais para voltar para a cama. O dia havia passado de forma tranquila, mas eu estava pensativa, imersa em pensamentos que eu não entendia, estava ansiosa, mas não sabia o por que. Temia que eu e Jonathan não mudássemos, eu ainda me sentia entalada, mesmo após discutir e gritar com ele, quando sentamos para conversar parecia que eu havia apenas pedido que ele não fosse embora, não estava expondo meus problemas, o que me incomodava, estava apenas com medo que ele fosse embora, mas ainda não me sentia bem e sabia que ele havia sentido isso durante o dia. Pelo menos tínhamos um ao outro. Olhei para o jardim e tomei mais um gole do chá, o casaco de croche era a peça mais confortável que eu havia vestido em dias, os sapatos eram baixos a maioria das vezes, então não eram desconfortáveis, mais o vestido justo elegante de mais cedo não me deixavam à vontade como eu queria.
Minhas palavras fizeram um clima estranho paira entre nós, Damon não era bom em disfarçar, ele havia ficado estranho durante a manhã, ele mal me explicava as coisas, seu humor parecia ter mudado rapidamente e agora, ele me trata com grosseria. Mas precisava falar com ele, precisava que ele me explicasse tudo, precisamos ler, fazer contas, assinar documentos e agora, Damon estava distante. — Damon — Estalei o dedo em sua frente quando ele pegou o telefone, me ignorando — Precisamos focar aqui, eu preciso da sua ajuda! — Ainda não é meio dia? — Reclamou ele impaciente. — Podemos acabar cedo hoje? — Não! — Falei ríspida — Damon, onde você está? Não fizemos nada até agora e já são dez da manhã. — Eu sei Rosa — Disse ele mal humorado. — É pelo que eu disse? Achei que não gostasse de mim para me considerar assim — Falei. — Não é por nada Rosa, eu também não quero você como irmã! Não sabia se me ofendia ou não com as suas palavras, então decidi ignorar. — Eu vou fumar
Cruzei os braços sobre o peito e olhei em volta, o campo aberto na parte de trás da mansão era uma extensão grande do qual não se podia ver o fim. — Até onde é propriedade dos Bonner? — Até aquelas árvores lá — Disse Damon me mostrando o início de árvores distantes que parecia dar a uma floresta. — Meu avô comprou um grande pedaço e mandou retirar todas as árvores da propriedade, então o início das árvores marca o fim do terreno. Agora, tudo isso é seu. Balancei a cabeça assentindo, incrédula com a dimensão e tamanho. — É um pouco exagerado, mas agora entendo porque vocês têm raiva de mim. — A empresa é a pior, ela vale vinte vezes mais do que essas terras. Fiz uma careta e Damon sorriu. — Vou te ajudar a cumprir com as cláusulas do testamento, eu juro. Então você receberá a sua parte! Damon assentiu. — Venha comigo . Damo começou a andar para o que parecia estábulos e então, abrindo os portões de madeira entrou, o olhei de fora, havia alguns cavalos realm
Chequei para ver se minha bota estava limpa, enfim, estava então olhei para Damon e cedi balançando a cabeça. Me aproximei de novo de Nina e Damon pôs as mãos na minha cintura, olhei em seus olhos, todo o meu corpo havia arrepiado com o seu toque assim como o meu coração que parecia ter corrido uma maratona. Ele me ergueu do chão com facilidade e me pôs sentada no cavalo, então me concertei sobre a cela e segundos depois Damon já estava do meu lado montado em Thor, segurei às redeas de Nina, um passo após o outro fui devagar, pelo menos nisso eu estava indo bem. Olhei para o campo aberto e respirei fundo, Damon já tomava a frente. Um passo após o outro, eu precisava dar um passo após o outro. Eu não tinha prática, fazia anos, então não me sentia confiante. Minhas mãos tremiam a cada passo, eu precisava ir devagar pois temia cair. — Está vendo, não tem o que ter medo — Disse Damon me olhando, desviei os olhos para a paisagem à minha frente. — Vamos devagar — Falei a c
De repente, todo o mundo parecia ter parado. A única coisa que se movimentava de pressa, era o meu coração e o dele. Damon ainda me mantinha sobre seus braços, temia que pudesse ter entendido errado, mas se virasse eu o beijaria. Fechei os olhos quando senti o primeiro respingo de água, Damon se afastou levando consigo todo o calor. — Acho melhor voltarmos, está começando a chover — Disse ele em um tom de voz neutro. — Damon… Ele olhou em meus olhos e então eu já não sabia o que dizer, eu tinha a necessidade de dizer algo, mas não conseguia pronunciar nada, enquanto isso a chuva começou a apertar. — Vamos voltar, não quero ficar resfriado. Balancei a cabeça e ele me ajudou a subir no cavalo de novo, olhava em seus olhos enquanto Damon parecia ignorar os meus, ele verificou para ver se estava tudo certo e então subiu rápido em seu cavalo. Entramos nos estábulos e desci do cavalo com cuidado, estava completamente ensopada da cabeça aos pés assim como Damon. Ele
Não consegui dormir, me revirei sobre a cama e desistindo me levantei com a cabeça a mil, comecei a me voltar para Edgar a fim de me ocupar com algo diferente que não me deixasse mal ou estressada. Fui em busca de informações sobre o rapaz de cabelo de um tom vermelho vivo e expressão debochada do qual costumava agir em indiferença a tudo a sua volta e busquei por Wallace que havia tido convívio com os meninos quando jovem, antes de cada um ir para o seu lado, assim, dividindo a família. Não conseguia encontrar com Wallace, mesmo na copa onde alguns funcionários costumavam se sentar e conversar por horas, como um ponto de encontro certo para bater um papo e fugir das obrigações, Wallace parecia ter sumido, mas em seu lugar encontrei Gisele que estava pondo um café fresco, ela parecia relaxada, estava com os ombros caídos enquanto enchia a xícara. — Gisele, é bom ver-lá! — Falei adentrando o local do qual, parecia fazer uma eternidade que eu não ia. Gisele tomou um
De noite desenhando perto da janela, não desci às escadas para comer recebendo meu jantar no quarto. Jonathan não apareceu, mas aos ouvidos dos empregados eu sabia que ele estava no quarto de hóspedes na ala oeste da casa onde eu não tinha a menor vontade de ir para vê-lo, os boatos de que não estávamos bem estavam crescendo e era todos verdade dessa vez. Eu sabia que isso ia acontecer, mas dados às circunstâncias, era o que menos me incomodava no momento. Desliguei o telefone incomodada com as ligações e mensagens de Jonathan que, ao que parece, havia me lembrado de mim dessa vez. Suas mensagens pareciam balançar meu coração, me sentia uma boba por ceder então, não às lia sabendo que em um momento ele falava coisas bonitas e no outro agia completamente contrário a tudo o que dizia, eu não precisava de palavras, precisava de atitudes. Meus pensamentos me traíram me levando a Damon do qual eu não havia visto durante o resto do dia, me perguntei se ele havia saído ou se havia d
Caminhamos devagar, Damon mal se apoiava em mim. O deixei na porta do banheiro e deu uma olhada em volta, o seu quarto era arrumado e cheiroso, completamente organizado, mas sabia que isso não era devido a Damon que era extremamente preguiçoso e sim aos empregados da casa. — Precisa de mais alguma coisa? — Sim — Ele se virou com o sabonete em mãos — Preciso que você esfregue isso no meu corpo. O encarei incrédulo e bati no sabonete o afastando, Damon riu de sua própria piada. — Acho que você já está bom, está até fazendo piada. — Eu não sei — Ele segurou em minha mão me pegando desprevenida de novo e botou ela em seu peito despido, pisquei duas vezes e olhei em seus olhos sentindo meu coração disparar — Ainda estou quente para você? Damon estava pegando fogo e eu sentia que aquele espaço pequeno também estava porque me sentia completamente envolvida pelo calor que percorreu pelo meu corpo, afastei minhas mãos e evitei seus olhos. — Está quente, precisa de água