De noite desenhando perto da janela, não desci às escadas para comer recebendo meu jantar no quarto. Jonathan não apareceu, mas aos ouvidos dos empregados eu sabia que ele estava no quarto de hóspedes na ala oeste da casa onde eu não tinha a menor vontade de ir para vê-lo, os boatos de que não estávamos bem estavam crescendo e era todos verdade dessa vez. Eu sabia que isso ia acontecer, mas dados às circunstâncias, era o que menos me incomodava no momento. Desliguei o telefone incomodada com as ligações e mensagens de Jonathan que, ao que parece, havia me lembrado de mim dessa vez. Suas mensagens pareciam balançar meu coração, me sentia uma boba por ceder então, não às lia sabendo que em um momento ele falava coisas bonitas e no outro agia completamente contrário a tudo o que dizia, eu não precisava de palavras, precisava de atitudes. Meus pensamentos me traíram me levando a Damon do qual eu não havia visto durante o resto do dia, me perguntei se ele havia saído ou se havia d
Caminhamos devagar, Damon mal se apoiava em mim. O deixei na porta do banheiro e deu uma olhada em volta, o seu quarto era arrumado e cheiroso, completamente organizado, mas sabia que isso não era devido a Damon que era extremamente preguiçoso e sim aos empregados da casa. — Precisa de mais alguma coisa? — Sim — Ele se virou com o sabonete em mãos — Preciso que você esfregue isso no meu corpo. O encarei incrédulo e bati no sabonete o afastando, Damon riu de sua própria piada. — Acho que você já está bom, está até fazendo piada. — Eu não sei — Ele segurou em minha mão me pegando desprevenida de novo e botou ela em seu peito despido, pisquei duas vezes e olhei em seus olhos sentindo meu coração disparar — Ainda estou quente para você? Damon estava pegando fogo e eu sentia que aquele espaço pequeno também estava porque me sentia completamente envolvida pelo calor que percorreu pelo meu corpo, afastei minhas mãos e evitei seus olhos. — Está quente, precisa de água
Abri os olhos lentamente, o cheiro forte e amadeirado do perfume de Damon parecia tão próximo que poderia jurar que havia me deitado com ele. Olhei para o teto sem reconhecê-lo e me virei um pouco de lado, só então notando algo macio e quente do qual eu havia repousado a cabeça. Olhei para o peito de Damon e para o seu rosto, ele havia se descoberto um pouco da cintura para cima, mas ainda vestia o moletom. Tirei sua mão que me cercava parando em minha cintura, a afastando com cuidado sem entender como havíamos parado naquela posição, sem lembrar em que parte do filme eu caí em um sono e se Damon estava dormindo antes de mim ou não, lembrava sim de sentir meus olhos pesarem e de Damon rir enquanto dizia que logo eu acabaria dormindo. Damon se mexeu um pouco e travei tentando não acordá-lo, mas ele abriu os olhos e me olhou. — Não é o que está pensando — Falei, Damon franziu a testa e então olhando em volta, notou que eu havia dormido em seu braço e sorriu. — Isso? Você
Analisei a mesa e cheguei a uma única dedução, Damon estava roubando. Olhei em seus olhos, a claridade fazia com que eles ficassem mais claros, quase em um tom de mel. — Não quero mais jogar — Botei o dominó na mesa — Você está roubando, de novo! — E por que acha isso? — Por que você sempre rouba! Como você está com duas pedras se eu estou com quatro, Damon eu não passei nenhuma vez. Damon suspirou e então tirou a pedra do bolso, estalou o dedo e sorriu enquanto ele a botava em cima da mesa. — Você acha que não sei contar? — Dentro do escritório, não. — Às contas que tenho que fazer lá são diferentes— Protestei e ele balançou a cabeça assentindo, tomei um gole do vinho e Damon se serviu de mais um pedaço de queijo. Era apenas uma quinta feira e vendo que havia pouco a ser feito, decidimos passar o dia no escritório para terminar. Havia sido tão estressante, era uma responsabilidade muito grande, então quando acabamos o trabalho decidimos relaxar um pouco
O café da manhã foi com todos os Bonner, essa era a nossa refeição da semana juntos, havíamos sem querer tombado todos pela manhã e nos mantemos como em um comercial de margarida, o que de certa forma era bom, o mais calmo que já tivemos. Do outro lado da mesa, no canto direito estava Edgar, só então notei que ele não precisava fazer parte da refeição em família, ainda assim, todas às vezes em que chegava o dia da semana em que todos eram avisados, ele vinha como se também estivesse tentando cumprir com as cláusulas do testamento o que me intrigou. Edgar poderia ter voltado para a África, ele sempre esteve lá ou rodando o mundo, mas nunca havia ficado tanto tempo em casa, por mais que saisse às vezes nunca levou uma semana fora. Edgar era o maior enigma do qual eu havia me deparado na vida e eu ainda ia desvendá-lo. Não importa o que pense e ache dele, Edgar parecia indecifrável, complicado, difícil e ao mesmo tempo, fácil. Eu continuava botando chocolates debaixo da porta
De olhos na água cristalina do lago peguei mais milho misturado a sementes de pato para jogar para eles na beira do lago, onde eles vinham a fim de beliscar a refeição jogada. — Me de mais Wallace — Pedi e Wallace me entregou mais um punhado pegando dentro do saco de mistura, mas patos se aglomeravam de forma desesperada — Eu deveria fazer mais isso, eles parecem com fome. — Tecnicamente, a Sra não era para ter tempo livre — Comentou Wallace, eu havia acabado desabafar com ele sobre o às coisas que Damon havia me dito pela manhã do qual agora era o meu foco. — Eu não sei o que eu faço, março uma reunião para daqui a uma semana ou duas? — Quando se sentir preparada, senhorita. Olhei para Wallace incrédula. — Tenha quase certeza de que isso nunca vai acontecer… — Então, quando se sentir mais corajosa. — Talvez isso leve meses. — A empresa precisa de uma pessoa com garra, confiante. Eu entendi o que Wallace queria me dizer, eu estava me subestimando, m
Olhei para a pedra enorme em minha frente e então para os olhos de Jonathan enquanto sentia que poderia desmaiar a qualquer momento de ansiedade, abri os lábios, mas por um momento hesitei, Jonathan ergueu as sobrancelhas. — E então, Rosa? — Eu aceito, claro que sim — Falei abrindo um sorriso, ergui minha mão trêmula do qual ele segurou firme e botou a aliança, ergui a mão para ver o objeto brilhante, uma pedra enorme de diamante, era para eu estar radiante e de fato eu fiquei feliz com o pedido, mas eu me sentia aflita, ansiosa ao olhar para o anel em meu dedo. Devia ser por conta da surpresa, afinal, eu não esperava que Jonathan me pedisse em casamento, na verdade nem mesmo esperava isso tão cedo. — Gostou? Olhei em seus olhos. — Eu amei — Falei me levantando, Jonathan se levantou também e o abracei forte e o beijei, quando o olhei de novo sorri e disse — Obrigada, é lindo o anel. Como conseguiu comprá-lo? — Eu estava juntando a um tempo já. — Não precisava
Tirei o cinto de Damon e brinquei com o seu íntimo, Damon fechou os olhos arfando de desejo e me segurou firme me trazendo para mais perto, parece que eu havia acumulado desejos para uma vida inteira, pois sentia uma urgência do qual eu não me lembrava qual foi a última vez em que estive assim. Damon me beijou de novo, pondo meus cabelos para trás, um toque suave em minhas costas e sentia que poderia desmanchar sobre seus dedos. Estava imersa em seu corpo, em seu toque, na forma que pegamos fogo, em o quanto desejava explorar mais do que me era permitido quando o meu telefone tocou alto. Ele estava sobre a cama do lado de Damon e o ignorei, até que meus pensamentos foram de encontro a Jonathan, me ergui desesperada e peguei o telefone. — Deixe a ligação cair — Pediu Damon, olhei em seus olhos. — É Jonathan. O semblante de Damon mudou, me levantei de cima dele e caminhei para longe, só então atendi o telefone. — Alo. — Rosa, onde você está? — Estou — Olhei em