O café da manhã foi com todos os Bonner, essa era a nossa refeição da semana juntos, havíamos sem querer tombado todos pela manhã e nos mantemos como em um comercial de margarida, o que de certa forma era bom, o mais calmo que já tivemos. Do outro lado da mesa, no canto direito estava Edgar, só então notei que ele não precisava fazer parte da refeição em família, ainda assim, todas às vezes em que chegava o dia da semana em que todos eram avisados, ele vinha como se também estivesse tentando cumprir com as cláusulas do testamento o que me intrigou. Edgar poderia ter voltado para a África, ele sempre esteve lá ou rodando o mundo, mas nunca havia ficado tanto tempo em casa, por mais que saisse às vezes nunca levou uma semana fora. Edgar era o maior enigma do qual eu havia me deparado na vida e eu ainda ia desvendá-lo. Não importa o que pense e ache dele, Edgar parecia indecifrável, complicado, difícil e ao mesmo tempo, fácil. Eu continuava botando chocolates debaixo da porta
De olhos na água cristalina do lago peguei mais milho misturado a sementes de pato para jogar para eles na beira do lago, onde eles vinham a fim de beliscar a refeição jogada. — Me de mais Wallace — Pedi e Wallace me entregou mais um punhado pegando dentro do saco de mistura, mas patos se aglomeravam de forma desesperada — Eu deveria fazer mais isso, eles parecem com fome. — Tecnicamente, a Sra não era para ter tempo livre — Comentou Wallace, eu havia acabado desabafar com ele sobre o às coisas que Damon havia me dito pela manhã do qual agora era o meu foco. — Eu não sei o que eu faço, março uma reunião para daqui a uma semana ou duas? — Quando se sentir preparada, senhorita. Olhei para Wallace incrédula. — Tenha quase certeza de que isso nunca vai acontecer… — Então, quando se sentir mais corajosa. — Talvez isso leve meses. — A empresa precisa de uma pessoa com garra, confiante. Eu entendi o que Wallace queria me dizer, eu estava me subestimando, m
Olhei para a pedra enorme em minha frente e então para os olhos de Jonathan enquanto sentia que poderia desmaiar a qualquer momento de ansiedade, abri os lábios, mas por um momento hesitei, Jonathan ergueu as sobrancelhas. — E então, Rosa? — Eu aceito, claro que sim — Falei abrindo um sorriso, ergui minha mão trêmula do qual ele segurou firme e botou a aliança, ergui a mão para ver o objeto brilhante, uma pedra enorme de diamante, era para eu estar radiante e de fato eu fiquei feliz com o pedido, mas eu me sentia aflita, ansiosa ao olhar para o anel em meu dedo. Devia ser por conta da surpresa, afinal, eu não esperava que Jonathan me pedisse em casamento, na verdade nem mesmo esperava isso tão cedo. — Gostou? Olhei em seus olhos. — Eu amei — Falei me levantando, Jonathan se levantou também e o abracei forte e o beijei, quando o olhei de novo sorri e disse — Obrigada, é lindo o anel. Como conseguiu comprá-lo? — Eu estava juntando a um tempo já. — Não precisava
Tirei o cinto de Damon e brinquei com o seu íntimo, Damon fechou os olhos arfando de desejo e me segurou firme me trazendo para mais perto, parece que eu havia acumulado desejos para uma vida inteira, pois sentia uma urgência do qual eu não me lembrava qual foi a última vez em que estive assim. Damon me beijou de novo, pondo meus cabelos para trás, um toque suave em minhas costas e sentia que poderia desmanchar sobre seus dedos. Estava imersa em seu corpo, em seu toque, na forma que pegamos fogo, em o quanto desejava explorar mais do que me era permitido quando o meu telefone tocou alto. Ele estava sobre a cama do lado de Damon e o ignorei, até que meus pensamentos foram de encontro a Jonathan, me ergui desesperada e peguei o telefone. — Deixe a ligação cair — Pediu Damon, olhei em seus olhos. — É Jonathan. O semblante de Damon mudou, me levantei de cima dele e caminhei para longe, só então atendi o telefone. — Alo. — Rosa, onde você está? — Estou — Olhei em
Logo avistei o Sr e a Sra Johnson, Marta era uma senhora de quarenta e dois anos, ela tinha olhos doces do qual poderia confundir qualquer um, mas a mulher era ranzinza, amarga e controladora. Enquanto pobre William era um homem bom, quase como para manter o equilíbrio não tinha o que reclamar, William sempre me tratou bem, mas ele era facilmente manipulado pela sua esposa. Marta era o próprio diabo. A nossa relação durante todos os anos em que estive com Jonathan foi bem difícil, mas eu raramente reclamava de algo, procurando manter a paz o máximo que eu conseguia afinal, Marta nunca ficava mais do que um dia indo embora no final dele, eu só precisava aguentar algumas horas pois nem mesmo ela gostava de estar perto de mim e assim, mantenhamos uma decência e convivência restrita sendo apenas em datas especiais. Como o meu noivado com Jonathan. — Rosalina — Disse Marta gritando com alegria, a abracei esboçando um sorriso — Nossa, já faz um tempo que não nos vemos. — Si
Como de costume a casa estava silenciosa e eu nunca havia gostado tanto desse silêncio antes quanto agora, me sentia mais aliviada, pelo menos por enquanto ao saber que ainda não havia me deparado com Renato e suas implicâncias, feliz por ele ser ausente a maior parte do tempo, afinal, eu estava com visitas do qual não desejava que vissem como a minha vida estava sendo desastrosa dentro daquela mansão. Tudo o que havia acontecido pela manhã parecia uma avalanche de coisas a se pensar e eu me sentia cada vez mais ansiosa, respirava fundo tentando me acalmar, mas e se Damon aparecesse para o almoço? Ainda não sabia com qual cara ia olhá-lo, ainda precisava pensar em como ia falar com Jonathan, não conseguia parar de me sentir mal com a estadia de seus pais, mas ia esperar até que eles fossem embora para terminar com o noivado, afinal, eu duvidava muito que assim que eu contasse sobre o que havia acontecido Jonathan ia me perdoar. Estava uma pilha de nervos enquanto via meu com
— É, você tem aquela coisa de reencarnação né? — Ela parecia evitar de fazer uma careta, ainda assim a sua expressão não era boa — Mas Jonathan cresceu na igreja. Balancei a cabeça assentindo. — Eu vou ver isso depois. Ela assentiu. — Eu posso te ajudar a escolher o vestido e o buquê, o bufê tem que ser o melhor da cidade e as flores do salão, tem que ter muitas flores na igreja também. A sua voz estava começando a me irritar, podia sentir que estava ficando sufocada enquanto falava. Olhei em volta, tudo parecia desfocado, não conseguia mais prestar atenção na conversa. — Rosa? Olhei nos olhos de Marta prestando atenção. — Sim? — Você não parecia prestar atenção. — Me desculpe Marta, eu não estou me sentindo bem essa manhã. — O que foi? É um mal estar? Balancei a cabeça assentindo, aproveitando a oportunidade. — Quer que eu fale com Jonathan, chame alguém ou o acompanhe até o quarto? — Não é preciso, não é nada demais — Olhei para o relógi
— Eu… Eu só queria… Ele ergueu as sobrancelhas me deixando mais nervosa, um silêncio pairou entre nós enquanto ele me olhava, sabia que esperava a resposta, mas eu não sabia o que dizer. — Você parou de por chocolate nos últimos dias. — Sim, acho que eu estava sendo boba. — Eu gosto de doces, quem te contou sobre isso? Foi Wallace? Arregalei os olhos surpresa. — Como sabia? — Você anda para cima e para baixo com ele. Balancei a cabeça assentindo, realmente não era difícil de deduzir. — Eu gosto de pudim e torta de limão. — O que? — Franzi o cenho sem entender. — Eu estou dizendo os doces que mais gosto, da próxima vez bote um deles na minha porta. Sorri constrangida. — Pudim de milho é o meu pudim favorito, já comeu? Ele franziu o cenho. — Milho? — Sim. — Não, mas tudo o que tem milho é bom. — Sim, verdade — Sorri — Você quer entrar? Olhei em volta para o meu quarto sem saber o que fazer, eu estava de hobby convidando um home