— Por que se sentiu mal? — Renato. Edgar fez uma careta. — Renato é mesmo um porre. O que ele fez dessa vez? Balancei a cabeça. — Melhor deixar para lá. — Você quer que eu dê um soco na cara dele? Vai ser um prazer. — Não! — Falei rápido — Eu ainda não me recuperei da briga de vocês no jantar. — Que jantar? — Edgar franziu o cenho confuso, em nada ele se parecia com os irmãos, mas ao franzi o cenho me lembrou alguns traços de Damon. — O que Renato te jogou contra a mesa a quebrando. — Esse jantar, mas já faz dois meses isso. — Sim, mas aquela mesa era importante para mim. Eu tinha muitas recordações boas naquela mesa com o Sr. Antonio. — Eu sinto muito, não sabia disso. — Deixa para lá — Falei esboçando um sorriso. — Vou pedir doces, você quer? Balancei a cabeça negando e sorri, a conversa se estendeu até o horário do jantar onde descemos para comer, quando nos sentamos a mesa Damon se juntou a nós, achei que o clima ia ficar estranho, mas
Quando abri os olhos pela manhã estava deitada sobre o peito de Damon, olhei em seu rosto e sorri, ainda estava cansada, a noite tinha sido longa, mas ao olhar as horas percebi que não havia mais como ficar na cama. — Volte a dormir Rosa — Disse Damon erguendo um pouco o braço esquerdo, do qual eu dormi em cima a fim de me impedir de sair da cama, me fazendo deitar de novo — Dormimos o que? Duas horas? — Seis. — Então já são onze horas? — Ele abriu os olhos. — Sim. Damon suspirou e esfregou o rosto, estava apenas com uma faixa de cobertor cobrindo parte do seu abdômen até o início do seu joelho. — Como está se sentindo? — Cansada — Falei — E você? — Com sono. Sorri e Damon cercou de novo os braços ao meu redor. — Já que perdemos a manha de trabalho, podiamos dormir de novo, fazer sexo, comer, dormir de novo, fazer sexo. O que acha? — Me parece muito bom — Olhei em seus olhos, ainda levemente fechados pelo sono — Mas se ninguém me ver até meio dia com
Às palavras de Edgar me deixaram incomodada, ainda assim decidi ignorar e continuei sorrindo. — O dia está bonito — Falei enquanto andava com Edgar, ele parou no corredor em frente a janela e olhou para fora, então franziu o cenho. — O céu está nublado Rosa. Dei de ombros. — Eu nem tinha visto ainda o tempo — Falei sincera. — Você está bem Rosa? — Sim, estou ótima — Falei. — Estava cantando quase agora. — É por que eu acordei de bom humor. — E tem algum motivo para isso? — Estava com saudades da mansão. — Mas achava que você não gostava muito daqui. — Agora eu gosto. Ele balançou a cabeça lentamente e abriu a boca, mas desistiu de falar a fechando. — Qual é a sua comida favorita, Edgar? — Costela suína ao molho de barbecue. — Vou pedir para fazer mais tarde. — Está mesmo de bom humor. — Sim, estou. Continuamos andando em silêncio até chegar às escadas. — Vamos ao shopping amanhã? — Fazer o que? — Compras. — Vamos.
— Wallace. Caminhei em sua direção o vendo parar. — Conseguiu falar com Renato? — Sim, a Sra. — E o que ele disse? — Que está na rua e… algumas palavras que eu não gostaria de pronunciar. — Ele me xingou? Wallace balançou a cabeça, Renato estava se tornando previsível. — Mas ele vai vir e como em mais uma semana, vai ter que me engolir. — Sim, ele não pode faltar. Balancei a cabeça assentindo, havia esquecido de marcar o jantar com os Bonner e acabei deixando de última hora. Peguei a bandeja e chequei a minha aparência. — Está linda, impecável como sempre — A voz de Thomas ecoou no cômodo me chamando atenção — Fico muito honrado de ter me convidado. Apertei sua mão e sorri. — Não é preciso tanta formalidade, é apenas um almoço simples. — Se é um almoço simples por que parece estar nervosa. — Você já viu os irmãos Bonner sentados na mesma mesa? — É tão ruim assim? — Só um pouco, mas acredito que iram se comportar por causa de voçe.
Bocejei e me inclinei um pouco sobre a cadeira. — Tire esses óculos. — Não. — Se está tão cansada assim, por que decidiu vir até aqui Rosa? — Eu tinha marcado com você — Belisquei às batatas de Edgar que me deu um tapa afastando minha mão, o olhei de cara feia e voltei para o meu Cappuccino. — Eu estou cansado de fazer compras — disse Edgar, olhei para as bolsas no chão. Dessa vez a maioria era dele. — Eu queria mas era vir nesse shopping de novo, quando vimos no outro dia percebi que ele era diferente do que eu estou acostumada — Deixei o capuccino na mesa — Ele é um shopping de rico. — Não. — Sim. — Por que? — As coisas são cinco vezes mais caras do que no shopping perto da minha casa, dez desse — Ergui o capuccino — E metade o meu salário já iria ter sido entregue na mão da vendedora. Edgar torceu o rosto. — Você ainda pensa como pobre, sabia? Ainda compara e se importa com as notas gastas. Dei de ombros e terminei meu capuccino. — Vamos —
— Agora? — Ele ergueu as sobrancelhas — Eu te levo. — Não é preciso, vou chamar um uber. — Rosa, os repórteres… — Eu não ligo para eles, não agora — Respondi rápido — Eu preciso sair. — Pelo menos pode me dizer o que é tão importante assim? — Eu também não sei, ela só me pediu que a encontrasse no centro. — E quem é ela? — Damon, eu não quero falar sobre isso — Respondi séria me levantando da cama e me olhando no espelho, ajeitei o meu vestido que estava torto e me aproximei dele — Quando eu voltar eu te ligo! — Tem certeza de que não quer que eu te leve? — Não é preciso, meu uber já chegou — Falei saindo apressada do quarto. Precisava comprar um carro, não dava para continuar pegando carona dos Bonner e agora, dentro do uber, eu me sentia pouco à vontade pois em algum momento eles pareciam me reconhecer e a viagem se tornava desconfortável. Não teria problemas em Damon me levar se fosse outra pessoa, mas Lisa Aquino era uma velha amiga do qual eu não sa
Batidas na porta fizeram com que parassemos de falar ao tomar um susto, ela olhou para a porta e me olhou. — É pizza! — Sim — Falei animada e me levantei apressada abrindo a porta — Boa noite. — Boa noite, é Lisa Aquino? — Não, é Rosalina Danzi, mas pode deixar a pizza comigo! — Falei erguendo a mão. — Não liga para ela rapaz, ela está animada, bebeu um pouco — Disse Lisa tomando a frente — Foi quanto,? — Deixa que eu pago! — Falei erguendo o cartão preto, Lisa bateu na minha mão. — Guarde isso! Eu também tenho dinheiro — Lisa entregou algumas notas para o vendedor — Pode ficar com o troco. — Obrigada. Ela sorriu e fechou a porta. — Lisa, cadê a pizza? Ela olhou para suas mãos e então abriu rápido a porta. — Ai que susto, você ainda está aí! — Sim, você esqueceu a sua pizza! — Obrigada — Ela esboçou um sorriso — Boa noite! Lisa fechou a porta e botou a pizza em cima da mesa. — Vamos atacar — Disse ela pegando uma fatia grande e se s
— Me desculpa esbarrei sem querer, pode pôr o copo na minha conta — Lisa se virou e me segurou pelo braço — Vem vamos dançar. — Mas eu quero beber — Falei. — Você nem gosta de tequila. — Quando eu disse isso? — A meia hora atrás — Fiquei quieta tentando me lembrar, estava lerda, me sentia um pouco tonta e entorpecida. — Então não vamos mais beber? — Vamos — Lisa riu — Mas daqui a meia hora, depois de um ou dois copos de água, ok? Balancei a cabeça assentindo e ela me arrastou para a pista, dancei comLisa como não dançava a muito tempo, deixando que o suor me banhasse como às luzes do salão, sentindo de leve meus cabelos grudarem sobre o pescoço deixei minha cintura solta e girei sentindo os olhares de um homem de barba atraente que parecia se aproximar de nós, ele parou a minha frente dançando comigo, me aproximei dele deixando que nossos corpos entrassem no mesmo ritmo, senti suas mãos me puxarem para mais perto pela barriga, mãos forte e automaticamente me l