— Da primeira vez eu tive paciência com você. Meu pai queria que eu te matasse, mas eu conversei com ele e tive misericórdia. Apenas te arranquei uma das mãos. — Terrence estava visivelmente zangado com ele — Mas quer saber, viciados no trabalho é isso. É claro que você sentiria vontade de usar mesmo a gente dando pra você essa coca como parte do pagamento. Você é um viciado de merda! O que eu poderia esperar.
Ele disse com as mãos na cintura, pensando no que fazer. — Ele tem família próxima ou amigos? — perguntou para o capanga que estava perto dele com um pé de cabra. — Não senhor, todo mundo abandonou ele por causa do vício. — Está vendo o quê essa merda fez com você? — disse Terrence. — E é por isso que eu sempre incentivei meu pai a investir nas campanhas contra drogas, pra que não houvessem mais imbecis como você nessa merda de cidade. Vocês parecem zumbis! Fazem mal a pessoas boas que aindaJá havia anoitecido quando Terrence chegou em casa, ele antes de entrar fez questão de ver se não havia ninguém em casa, pois estava com as roupas sujas. Então assim que teve certeza que não havia ninguém além dos empregados, entrou e foi direto para o quarto, pegou a primeira roupa que viu e foi para o banheiro tomar um banho, deixando as roupas sujas no chão. Ficou por um tempo esfregando as mãos para tirar o sangue seco. Deixou depois a água escorrer pelo corpo. Ele estava exausto! Não sabia como seu pai conseguiu manter tudo aquilo por tanto tempo. Então finalmente pegou a toalha para se enxaguar e saiu do box. — Terry? — ouviu a voz de Olívia e gelou. Ela entrou no banheiro e o abraçou— Você chegou cedo! E... — ela olhou para as roupas no chão Por um momento ele ficou em pânico, o que ele explicaria quando ela visse sangue nas roupas dele? Mas logo se acalmou, ele saberia o que dizer. — O que aconteceu? Você está machucado? — disse ao examinar cada parte que pode do corpo
Na manhã seguinte, Olívia despertou ao sentir um carinho suave em seu rosto.Sem abrir os olhos, ela sorriu, e ao fazê-lo, encontrou Terrence olhando para ela com um olhar apaixonado e tranquilo.— Bom dia, meu amor. — saudou ele, com um sorriso singelo.— Bom dia, meu amor! — respondeu ela, com um sorriso calmo.— Estava pensando em tirar o dia de folga. O que acha? — perguntou Terrence.— Seria maravilhoso. Mas e seu pai? Não terá problemas? — questionou Olívia.— Não se preocupe. Ele entenderá. Já deixei claro que você é minha prioridade. — Ele selou seus lábios em um beijo amoroso.— Hmm, então não vou deixar você sair da cama hoje! — disse ela, puxando-o para mais um beijo.Terrence sorriu ao corresponder ao beijo.— Parece um sonho, não é? — comentou ele, afastando-se do beijo. — Você aqui comigo. Antes disso, tudo parecia vazio. Eu seguia uma rotina na empresa e nos negócios do meu pai, mas nada parecia ter significado.— E você nunca tentou preencher esse vazio? — indagou ela.
Na delegacia o movimento estava forte, na verdade todos os dias eram assim principalmente por que a onda de roubos acabou aumentando por causa dos viciados em drogas que perambulam pela cidade a noite, a espreita em becos apenas esperando alguém para assaltar. James já estava cansado, sempre as mesmas pessoas eram pegas, e levadas para clínicas de reabilitação gratuitas, porém a cada dez desses apenas quatro realmente se recuperação de verdade e tentavam levar uma vida tranquila e saudável. Todos os dias James tentava ver como estava o andamento das investigações sobre Nathan, porém descobriu que por falta de provas o caso havia sido arquivado. — Falta de provas é o caralho! Aquele desgraçado estuprou minha filha, agrediu ela e você tá alegando falta de provas? — disse ele ao delegado. — É bom você mostrar mais respeito, oficial, você não está falando com qualquer pessoa! — gritou o delegado. — Desculpa, senhor. Mas isso é inadmissível! O que mais precisa para dar
Depois de uma perseguição intensa com James, Nathan conseguiu escapar, mas sua fuga deixou-o ferido e desesperado. O segundo tiro disparado por James quando ele estava fugindo, havia pegado de raspão em seu braço. Ele sabia que precisava de ajuda e pensou imediatamente em Kate, a prostituta que costumava contratar quando ainda namorava Olívia. A verdade é que o relacionamento que eles tinham era um pouco mais do que anfitrião e freguês! Eram de fato amantes. Kate sempre teve sentimentos de verdade por Nathan, que por outro lado sempre a enrolava mentindo que a tiraria dessa vida horrível de prostituição. Nathan bateu à porta do modesto apartamento de Kate, com a respiração ofegante e a adrenalina ainda correndo em suas veias, olhava para todos os lados para saber se foi seguido ou não. Quando ela abriu a porta e viu seu rosto perturbado, soube imediatamente que algo estava errado. — Nathan! — exclamou ela um pouco surpresa. — Kate, preciso de um lugar para ficar
Arthur, mesmo enfrentando o tratamento do câncer, decidiu acompanhar Terrence na escolha do terno para o casamento. Sua aparência mais magra, com mais de dez quilos perdidos, e a pele pálida evidenciavam os efeitos da doença. Mesmo debilitado, Arthur mostrava determinação e amor ao estar presente nesse momento importante para seu filho. Seu olhar transmitia orgulho, apesar dos desafios físicos enfrentados. Essa presença na área nobre da cidade, em busca do terno perfeito, destacava a força e o apoio de um pai dedicado, mesmo em meio às dificuldades da saúde. — Então pai, o que acha desse aqui? — É uma bela escolha. — respondeu ele. — Ah, não. Não vai combinar com o vestido. — disse Sarah, que decidiu acompanhá-los justamente por esse motivo. Ajudar a escolher um terno que combinasse com a elegância e beleza do vestido da noiva. — E tem que combinar? — ele perguntou, Sarah recebeu a pergunta como de fosse a coisa mais
Olivia estava cada vez mais radiante, era visível a felicidade em seu olhar. Se alguns anos atrás alguém falasse para ela que ela se casaria e se apaixonaria por seu melhor amigo ela jamais acreditaria. Sabia que tudo acontecerá tão depressa mas sabia que o que estava fazendo era o certo. Já até havia esquecido como se metera em um relacionamento “forçado” por seu pai por causa das dívidas de jogo. Talvez até tivesse o perdoado lá no fundo. Alguns dias haviam se passado e estranhamente rápido, chegou a data da cirurgia de Arthur. Terrence e Sarah ficaram com ele enquanto estava sendo preparado para a cirurgia. Olivia estava acompanha Terrence também. — Como está se sentindo, pai? — perguntou Sarah. Apesar de terem suas desavenças, Sarah o amava muito. — Cansado. Mas agora, com sono. — ele sorriu fraco. — Eu tenho certeza que dará tudo certo. Sr. Sallow é um homem forte! Disse Olívia ao sorrir p
Cada passo, cada respiração, era parte de um plano meticuloso para alcançar seu objetivo final: vingar-se daqueles que haviam destruído sua família e seu passado. Nathan estava determinado, implacável e completamente focado em sua busca por justiça. A sua justiça.Atrás do hospital, em uma parte onde haviam vários containers para despejo de lixo hospitalar, Nathan encontrou-se com John. — Aí cara, cê sabe que o chefe ficou mais desconfiado de mim, né? — disse John ao passar uma sacola com roupas de enfermeiro para ele.— Imagino. Mas fique tranquilo, logo esse imbecil não será mais seu chefe! — disse Nathan ao conferir o conteúdo da sacola.— Trouxe o que eu pedi? — perguntou Nathan.— Claro, tá aqui. — John entregou para Nathan um frasco com um líquido transparente dentro e uma seringa e agulha.O olhar de Nathan era de euforia por estar tão próximo de seu objetivo.Após entregar a ampola e a seringa, John saiu cuidadosamente do local, observando ao redor para evitar ser visto.
Olivia ficou boquiaberta ao ver a cena em sua frente. — Aí meu Deus! — exclamou. — Droga! — disse Sarah. — Peraí, eu posso explicar... — disse ela sem graça. Olivia pegou Sarah e Mark aos beijos, na verdade aos amassos muito picantes na cozinha. — Srta. White... Os dois se distanciaram um do outro quase que instantaneamente. — Ok, espere aí, vocês... Vocês não são primos? — disse Olívia confusa. — É, a gente... É sim — respondeu Sarah um pouco nervosa. — Tá, olha. Quer saber. Isso é constrangedor, muito constrangedor. Mas não é problema meu... Acho que é melhor eu... Vou voltar pro quarto. — Não... Não precisa. Mark já estava de saída. — disse Sarah. — É, eu tava de saída. — ela falou ao dar um selinho em Sarah — Tchau. Ele se despediu sem jeito, Olívia acenou ainda envergonhada com a cena que vira. Então ela foi até a geladeira e pegou um pouco de água para beber. — Olha, eu juro que... — Não foi a primeira vez né? — Liv a interrompeu, um sorriso malic