A tensão era palpável no ambiente enquanto os espectadores se aglomeravam em volta do ringue clandestino, suas vozes ecoando em um coro de expectativa e adrenalina. Dois homens fortes enfrentavam-se sem concessões, cientes de que apenas um deles sairia vivo daquele confronto mortal. Os lutadores, movidos pela pura necessidade de sobreviver, lançavam-se um contra o outro com fúria selvagem, seus corpos exibindo as marcas da luta, seus rostos inchados e ensanguentados. Cada movimento era calculado, cada esquiva uma tentativa desesperada de evitar o golpe fatal que poderia selar seu destino ali mesmo. Estavam exaustos mas se mantinham de pé, meio cambaleando. Enquanto a luta se desenrolava, era claro para todos os presentes que aqueles homens não estavam lutando por honra, glória ou mesmo pela própria vida, mas sim pela única coisa que os movia: dinheiro.Terrence observava a cena com frieza e desinteresse evidentes. Sua mente parecia distante, mesmo que tentasse se concentrar. A
Terrence estava exausto. O susto com a possibilidade de uma gravidez iminente o deixou chocado, especialmente porque Olívia saiu sozinha sem considerar as consequências. Ele decidiu dar espaço para que ela se acalmasse e foi tomar um banho, desejando renovar suas energias, mesmo com poucas horas de sono disponíveis antes de voltar para a empresa. Enquanto isso, Olívia permanecia sentada na cozinha, irritada com o desentendimento com Terrence. Ela começou a questionar se suas reações estavam corretas, ponderando se não teria sido um pouco exagerada, especialmente considerando o trauma que carregava das faltas de Nathan em seu relacionamento anterior. — Droga, o que eu estou fazendo? — pensou alto consigo mesma. Determinada a se desculpar, Olívia retornou ao quarto onde encontrou Terrence deitado e dormindo profundamente. Com cuidado, ela fechou a porta para não perturbá-lo e deitou ao seu lado, envolvendo-o em um abraço caloroso. Sentiu as mãos dele encontrand
— Pai. — Terrence começou calmamente ao se sentar na cama ao lado dele — Padre Pierre esteve aqui; marcamos a data para o dia 10 de maio. — Isso será duas semanas depois da minha cirurgia. Está bem. — disse o pai com voz cansada. — Decidimos que seria melhor; o senhor estará mais descansado, provavelmente já quase recuperado. Assim, poderá estar em um casamento perto de várias pessoas. — Tudo bem, por mim. Se vocês decidiram juntos, está tudo bem. — Quais os planos para hoje, pai? — perguntou Terrence. — Hoje você precisa fechar contrato com um senador americano chamado Bryan Williams; é importante que ele invista. Quanto ao outro trabalho, vou mantendo você informado durante o dia. — Não isso, pai. Perguntei sobre seus planos, o que você vai fazer? — Eu tenho mais uma sessão de radioterapia, para tentar fazer o tumor parar de crescer. E durante essa semana terei mais alguns exames.
— Da primeira vez eu tive paciência com você. Meu pai queria que eu te matasse, mas eu conversei com ele e tive misericórdia. Apenas te arranquei uma das mãos. — Terrence estava visivelmente zangado com ele — Mas quer saber, viciados no trabalho é isso. É claro que você sentiria vontade de usar mesmo a gente dando pra você essa coca como parte do pagamento. Você é um viciado de merda! O que eu poderia esperar. Ele disse com as mãos na cintura, pensando no que fazer. — Ele tem família próxima ou amigos? — perguntou para o capanga que estava perto dele com um pé de cabra. — Não senhor, todo mundo abandonou ele por causa do vício. — Está vendo o quê essa merda fez com você? — disse Terrence. — E é por isso que eu sempre incentivei meu pai a investir nas campanhas contra drogas, pra que não houvessem mais imbecis como você nessa merda de cidade. Vocês parecem zumbis! Fazem mal a pessoas boas que ainda
Já havia anoitecido quando Terrence chegou em casa, ele antes de entrar fez questão de ver se não havia ninguém em casa, pois estava com as roupas sujas. Então assim que teve certeza que não havia ninguém além dos empregados, entrou e foi direto para o quarto, pegou a primeira roupa que viu e foi para o banheiro tomar um banho, deixando as roupas sujas no chão. Ficou por um tempo esfregando as mãos para tirar o sangue seco. Deixou depois a água escorrer pelo corpo. Ele estava exausto! Não sabia como seu pai conseguiu manter tudo aquilo por tanto tempo. Então finalmente pegou a toalha para se enxaguar e saiu do box. — Terry? — ouviu a voz de Olívia e gelou. Ela entrou no banheiro e o abraçou— Você chegou cedo! E... — ela olhou para as roupas no chão Por um momento ele ficou em pânico, o que ele explicaria quando ela visse sangue nas roupas dele? Mas logo se acalmou, ele saberia o que dizer. — O que aconteceu? Você está machucado? — disse ao examinar cada parte que pode do corpo
Na manhã seguinte, Olívia despertou ao sentir um carinho suave em seu rosto.Sem abrir os olhos, ela sorriu, e ao fazê-lo, encontrou Terrence olhando para ela com um olhar apaixonado e tranquilo.— Bom dia, meu amor. — saudou ele, com um sorriso singelo.— Bom dia, meu amor! — respondeu ela, com um sorriso calmo.— Estava pensando em tirar o dia de folga. O que acha? — perguntou Terrence.— Seria maravilhoso. Mas e seu pai? Não terá problemas? — questionou Olívia.— Não se preocupe. Ele entenderá. Já deixei claro que você é minha prioridade. — Ele selou seus lábios em um beijo amoroso.— Hmm, então não vou deixar você sair da cama hoje! — disse ela, puxando-o para mais um beijo.Terrence sorriu ao corresponder ao beijo.— Parece um sonho, não é? — comentou ele, afastando-se do beijo. — Você aqui comigo. Antes disso, tudo parecia vazio. Eu seguia uma rotina na empresa e nos negócios do meu pai, mas nada parecia ter significado.— E você nunca tentou preencher esse vazio? — indagou ela.
Na delegacia o movimento estava forte, na verdade todos os dias eram assim principalmente por que a onda de roubos acabou aumentando por causa dos viciados em drogas que perambulam pela cidade a noite, a espreita em becos apenas esperando alguém para assaltar. James já estava cansado, sempre as mesmas pessoas eram pegas, e levadas para clínicas de reabilitação gratuitas, porém a cada dez desses apenas quatro realmente se recuperação de verdade e tentavam levar uma vida tranquila e saudável. Todos os dias James tentava ver como estava o andamento das investigações sobre Nathan, porém descobriu que por falta de provas o caso havia sido arquivado. — Falta de provas é o caralho! Aquele desgraçado estuprou minha filha, agrediu ela e você tá alegando falta de provas? — disse ele ao delegado. — É bom você mostrar mais respeito, oficial, você não está falando com qualquer pessoa! — gritou o delegado. — Desculpa, senhor. Mas isso é inadmissível! O que mais precisa para dar
Depois de uma perseguição intensa com James, Nathan conseguiu escapar, mas sua fuga deixou-o ferido e desesperado. O segundo tiro disparado por James quando ele estava fugindo, havia pegado de raspão em seu braço. Ele sabia que precisava de ajuda e pensou imediatamente em Kate, a prostituta que costumava contratar quando ainda namorava Olívia. A verdade é que o relacionamento que eles tinham era um pouco mais do que anfitrião e freguês! Eram de fato amantes. Kate sempre teve sentimentos de verdade por Nathan, que por outro lado sempre a enrolava mentindo que a tiraria dessa vida horrível de prostituição. Nathan bateu à porta do modesto apartamento de Kate, com a respiração ofegante e a adrenalina ainda correndo em suas veias, olhava para todos os lados para saber se foi seguido ou não. Quando ela abriu a porta e viu seu rosto perturbado, soube imediatamente que algo estava errado. — Nathan! — exclamou ela um pouco surpresa. — Kate, preciso de um lugar para ficar