Fui para casa, onde fui recebido por um já enorme cachorro preto.— E aí, garotão? Tudo bem por aqui?Recebi um latido como resposta. Entrei em casa, acompanhado pelo meu novo melhor amigo e fomos os dois para meu quarto. Quando abri a porta, ele pulou direto na minha cama onde ficou deitado enquanto eu me despia para um bom banho gelado.— Se comporte e não coma nada — avisei antes de entrar no banheiro, ganhando outro latido como resposta.Senti meu braço cocar embaixo do chuveiro. O lobo me cutucava com o foicinho. “Eu sei, mas logo melhora.”Saí do banho e me arrumei rapidamente para me encontrar com minha namorada. Fui até sua casa, onde ela me recebeu com um beijo de me arrancar o fôlego.— Estava com saudades, amor.— Eu também — dei outro beijo nela, e fechando a porta a levei para seu quarto.— Pensei que iríamos sair — ela sorriu.— Podemos esperar mais um pouco. Eu a peguei no colo e a levei para seu quarto a colocando na cama. Ela sorriu e me puxou pra cima, beijando-me
Nunca imaginei que a noite de sexta feira terminaria com Ricardo bebendo comigo e com Samara. Não posso reclamar, ver sua cara de incredulidade depois de Samara ter beijado-o foi bem satisfatório. Quando a alta madrugada caiu e o bar já estava fechando, Wendy e Renato apareceram. — O que você pensa que está fazendo? Perguntei para Ricardo quando vi os dois seguranças ali.— Acho que não estamos em condições de dirigir, não concorda? Deixe que os motoristas nos levem para casa.— Espera, para sua casa? — Samara perguntou para ele.— Acho que o gatinho não entendeu — eu sorri. — Nós não saímos acompanhadas de companhias masculinas. — Amanda, por favor. Vocês não podem voltar para o colégio.— Então vamos para minha casa.— Tudo bem — ele concordou. — Wendy, leve o carro da senhorita. Renato leva meu carro e... quem está dirigindo?— Victor, senhor — Renato respondeu.a— Peça para ele nos levar. Primeiro as senhoritas para a casa e depois eu vou para a casa de minha mãe.— Como ousa..
Eu não sabia qual versão de Ricardo eu iria enfrentar, então entrei preparada para todas elas. Parei em frente a porta do escritório e bati.— Entre. — Com licença — entrei e tranquei a porta.— Sente-se. Parece que está muito bem, mesmo depois de ter pssado a noite em claro.— Eu não estava bêbada, se é o que quer saber. Pelo menos não muito.— Eu também não estava. Então estamos kits. — Você vai me olhar enquanto conversamos ou posso apenas te mandar mensagem? Não tem sentido me chamar até aqui se não tem interesse em falar cara a cara comigo.— Acho que prefiro você quando estamos bebendo — ele se levantou e serviu dois copos de whisky.— Idem, mas eu não bebo no domigo. Amanhã tenho aula. Tenho ciência de que posso ser expulsa, embora tenha uma das melhores notas da escola.— Que bom que não precisamos discutir esse ponto.— O que você quer, Ricardo? Fala sério! Você me chama aqui para me tratar com essa frieza toda, não seria mais fácil me deixar partir sem falar nada?— Prefir
A minha vida não podia estar numa fase melhor. Amanda tinha voltado para casa, e embora não gostasse nenhum pouco de Suellen, eu conseguia equilibrar o namoro com minha vida pessoal. Nunca deixava as duas se encontrarem e Amanda estava feliz com isso, até aquele dia.— Sinceramente, acho melhor eu não ir. Não faço parte da empresa, e tecnicamente não tenho nenhuma relação com ninguém de lá....— Você é a dona da empresa, Amanda. Não precisa de uma desculpa para aparecer e mandar ou desmandar. Pelos deuses, não inventa.— Tudo bem, mas vou pedir para que não se aproxime de mim.— E com quem você vai ficar?— Com Augusto, claro — Amanda sorriu. — A não ser que tenha algum problema.— Eu vou ficar sozinho mesmo — Augusto replicou.— Tudo bem, mas você vai, não é?— Que horas você me busca? — ela perguntou para o advogado como resposta a minha pergunta.— Às sete. Amanda sorriu, assentiu e saiu do escritório. Eu estava já há alguns dias observando a interação dos dois e não me contive a
Peguei o elevador e entrei no andar da presidência. Encontrei Apollo e Anna conversando e me juntei a eles. — Então, tudo certo? — perguntei a eles.— Tudo certinho. Esse é o seu discurso — Anna falou. — Apollo só precisa verificar a sonoplastia para confirmar se está tudo certo e eu vou verificar os freezers.— Tudo bem. Desço em alguns minutos assim que Augusto chegar. Se um de vocês o vir, peça para ele subir até aqui.Eles assentiram e saíram. Anna também estava muito bonita, mas sua beleza era natural, do tipo que qualquer roupa cai muito bem nela. Eu li e reli o discurso que ela escreveu para mim várias vezes. Ele estava perfeito, para dizer o mínimo e eu era um bom orador, então me sairia bem, tinha certeza.Eu já estava ficando agoniado, mas quando eu reli o discurso pela quinta vez, ele entrou junto com Amanda. Ela deixou sua bolsa na minha mesa e se sentou, esperando comportadamente. — Aconteceu alguma coisa, rapaz?— Na verdade, não. Só queria que vocês chegassem.— Com m
Era uma manhã de domingo quando toda a minha paz se rompeu e eu fui atirado inferno abaixo. Eu havia acordado cedo e ido à academia correr um pouco e erguer alguns pesos antes do café da manhã. Aparentemente, mais um dia normal, mas depois que subi, tomei um banho e me deparei com Amanda no corredor usando uma camisola nada adequada para uma menina da idade dela, parece que tudo desencadeou em um efeito dominó sem fim.Primeiro, como eu disse, Amanda não se vestia como uma menina da idade dela deveria se vestir. Em vez dos tradicionais ursinhos ou coraçõezinhos coloridos, seu conjunto exibia uma seda branca e de renda em sua comissão de frente, que sinceramente, não tinha como não notar.— Para onde a senhorita acha que vai vestida dessa forma? — perguntei indignado. Onde estavam as roupas estranhas de algodão com estampas infantis?— Tomar café, é claro. Se você está de cabelo molhado e com o roupão é porque também não está alimentado. Isso quer dizer que tomaremos o café juntos?— E
Acabamos de tomar nosso café da manhã e caminhamos enquanto conversávamos para voltarmos aos nossos quartos para nos trocarmos. Amanda ficaria em casa, aproveitando o sol e a piscina e eu iria ver Suellen. O plano era perfeito, até tudo começar a desandar.Eu precisava do contato de Amanda para amenizar a dor que a maldição causava, então passei meu braço tatuado em volta do braço nu dela.— Está louco, Ricardo? — ela perguntou, indignada.— Ah, pare com isso e deixe de ser chata. Apesar de estar com essa roupa indecente ainda é minha irmã e estamos indo para o mesmo lugar.— Não exatamente no mesmo lugar. Eu vou para o meu quarto e você para o seu. Acho melhor me soltar, agora sim estamos nos comportando como dois loucos enamorados.— Namorados? — perguntei chocado.— Namorados não, amantes — ela falou com seriedade e depois se resetou. A brincadeira havia ido longe demais.— Amanda...— Cale-se Ricardo!E lá vinha o nome completo de novo. Amanda estava com raiva, mas não era para mi
Augusto entrou no carro calado. Esperou que eu entrasse e deu partida, dois carros atrás de nós. Eu estava trêmula de raiva e ódio. O que aquela aproveitadora estava fazendo na minha casa? Como Ricardo pôde permitir que ela chegasse até lá quando estava tudo bem entre nós? Eu estava soando como uma maluca, eu sabia, mas aquela blogueira não me descia nem um pouco. Certo que no início eu até aprovava, mas algo mudou e embora eu não conseguisse explicar o porquê, sentia que ela não era de confiança, que estava com Ricardo apenas para prejudicá-lo. Claro que eu não disse nada a ele, minha mãe sempre disse que se você quer que uma pessoa insista no erro, basta apenas apontá-lo diretamente para ela, especialmente em relacionamentos.— Você precisa se acalmar, menina — Augusto falou depois de um tempo. — Não deveria colocar tudo a perder por uma coisa insignificante.— Uma promessa quebrada não é insignificante. É a segunda vez que ele me machuca, eu não sou uma marionete.— E ele ficará b