>ELIZABETHNaquela tarde de sexta, Patrício me liberou mais cedo, segundo ele para eu me preparar pois íamos sair no sábado bem cedinho.Eu aproveitei para ir fazer compras com as meninas.Às vezes eu sentia como se alguém estivesse me olhando, mas sempre que eu procurava, não encontrava nada além de pessoas normais, nos seus dias normais.Eu estava começando a pensar que tudo era coisa da minha cabeça.Embora a sensação de estar sendo seguida não me abandonasse. Eu estava animada, mas também um pouco nervosa. Eu sabia que o fim de semana na casa de praia de Patrício não era apenas uma simples viagem. Era uma oportunidade de aprofundar ainda mais o relacionamento entre nós, e eu queria impressioná-lo.Bianca e Inocência haviam se oferecido para acompanhá-me até o shopping para escolher as roupas certas. As duas estavam completamente envolvidas na missão de montar o visual perfeito para “Liz impressionar o chefe” — e, quem sabe, mais do que isso.
>ELIZABETH< Depois de escolher os vestidos e roupas para o fim de semana na casa de praia com Patrício, Bianca e Inocência me arrastaram para uma loja de biquínis e lingerie. Eu tentava disfarçar minha ansiedade, mas a ideia de estar tão exposta e vulnerável diante de Patrício me fazia sentir um misto bom de ansiedade e excitação. — Esse aqui. Clássico, elegante e sexy na medida certa. Ele não vai conseguir tirar os olhos de você. — Bianca disse pegando um biquíni fio-dental preto e segurando na frente minha — É... bem pequeno, né? — disse, olhando para o biquíni, hesitante — Ué, e desde quando isso é um problema? Até onde eu sei, não há nada aí que ele ainda não tenha visto. — Embora o que Bianca disse fosse uma verdade, meu rosto esquentou de vergonha. — Se Patrício não tivesse intenções safadas com você, ele não teria te convidado para um fim de semana na casa de praia. Bem provável ele nem mesmo deixar você usar roupa Bianca continuou, dando de ombros, sorrindo maliciosamente
>ELIZABETHEu cheguei em casa depois de um longo dia de trabalho em um shopping com Bianca e Inocência.Meu entusiasmo com a viagem era evidente em meu rosto, mas eu precisava manter a compostura. Meu pai ainda não sabia sobre meu envolvimento com Patrício, e não era agora que eu pretendia contar.Ao entrar na cozinha, senti o cheiro delicioso da comida caseira preparada pela mamãe. Era uma tradição na casa dos Montgomery jantar juntos sempre que possível.Meu pai já estava sentado à mesa, lendo o jornal, enquanto mamãe terminava de colocar os pratos.- Chegou tarde hoje, hein? Aconteceu alguma coisa? Onde você estava? - mamãe falou olhando para mim com um sorriso.- No shopping com Bianca e Inocência. Precisava comprar umas coisas. - falei colocando a bolsa na cadeira e me sentando- Algumas coisas? Me parece que você comprou o shopping inteiro - papai falou de forma dramática, erguendo os olhos do jornal, curioso- Não exagera, pai! Eu só com
>PATRÍCIOFazia um bom tempo que eu não visitava os meus pais. Para falar a verdade eu vinha com menos frequência a cada ano que passa. As memórias sombrias que eu tinha toda vez que vinha aqui me fizeram evitar cada vez mais a mansão em que cresci.Estacionei o carro na frente da casa dos meus pais e respirei fundo antes de sair. Eu não costumava visitá-los com frequência, mas sempre que fazia, era recebido com o mesmo carinho e preocupação de sempre.Assim que toquei a campainha, minha mãe, Dona Isabel, abriu a porta com um sorriso afetuoso.- Meu filho! Finalmente resolveu dar o ar da graça. - falou me abraçando com força- Oi, mãe. Eu vim para falar com vocês e ver como estão. - falei sorrindo de leve- Hum, até parece que veio só por isso. Aposto que tem alguma coisa para nos dizer. - falou dona Isabel com um ar desconfiada, puxando-me para dentro Dentro da casa, meu pai, Álvaro, estava sentado na poltrona, lendo um livro. Assim que me viu, fe
>PATRÍCIO< Entrei em casa, sentindo o cansaço do dia pesar sobre meus ombros. Eu não esperava encontrar Allan ali tão cedo da noite, mas assim que abri a porta, vi o meu filho jogado no sofá da sala, com uma garrafa de cerveja na mão e o olhar fixo na televisão. — Finalmente resolveu aparecer. — Allan falou, sem tirar os olhos da tela — Pensei que não ia voltar mais Fechei a porta e respirei fundo. Não tinha energia para mais uma discussão, mas pelo jeito, seria inevitável. — Essa casa também é minha, claro que eu viria. O que você está fazendo aqui a essa hora? — Esperando você. Afinal, é quase impossível te encontrar ultimamente. — falou dando um gole na cerveja. Passei a mão pelos cabelos, sentindo a tensão aumentar. — Allan, não começa. Vou viajar esse fim de semana. Então por favor, se comporta. Meu filho riu com escárnio e finalmente virou o rosto para me encarar. — Ah, é? Vai viajar a trabalho ou vai com a sua… amante? Os meus olhos se estreitaram, e a paciência que eu
>ELIZABETHPatrício havia acabado de me ligar, confirmando que o motorista já havia chegado.Desliguei me sentindo ansiosa por aquela viagem, seria maravilhoso passar alguns dias com Patrício, sem os problemas que nos assombravam. Meus pais haviam saído de viagem então no caminho, liguei para eles e avisei que viajaria a trabalho.Eles já sabiam, só precisa informar que já tinha saído.Mais ou menos uma hora depois, me encontrei com Patrício no aeroporto. Como viajaríamos em seu jato particular, em poucos minutos estávamos à bordo. - Fala, por favor - implorei pela décima vez e Patrício apenas balançou a cabeça em negativa.Já estávamos voando há duas horas e ele me comparava ao burrinho do Shrek perguntando a todo momento sobre o nosso destino.Eu sabia que era praia, mas estava ansiosa para saber qual. Já que Patrício estava concentrado em seu computador, acabei pegando no sono.- Ei acorde, chegamos. - Escutei a voz familiar, mas me rec
>ELIZABETHAchei graça de sua incerteza em relação a mim. Eu poderia dizer a verdade e tranquilizá-lo, mas ainda era cedo para revelar todos os meus sentimentos, ele poderia encarar de forma negativa.- Que insegurança é essa? Você é Álvaro Graham, metade das mulheres do mundo gostaria de estar no meu lugar agora - soltei em tom de brincadeira, mas ele continuou sério.- Só me interessa o que você quer.- Eu quero você, Patrício.Dois segundos de silêncio e já estava me arrependendo de ter sido tão direta.- Você já me tem, Liz.Tinha como ficar mais apaixonada por esse homem? Joguei-me nos braços dele e o beijei desesperadamente, nossas línguas explorando a boca um do outro com urgência e paixão.Ele apertou meu seio por cima do biquíni e meu corpo começou a amolecer.- Patrício, alguém pode nos ver - alertei quando o senti beijar meu pescoço.- Estamos sozinhos deste lado da ilha. - Ele se afastou e passou as mãos pelo cabelo. - Precis
>ELIZABETHPatrício abriu a garrafa com uma sutil economia de gestos, em seguida me ofereceu uma taça que eu aceitei prontamente.- A você.- A nós - completei e encostei minha taça na dele.Dei o primeiro gole e adorei sentir as bolhas do champanhe fazendo cócegas na minha língua. Ele pegou a garrafa e a taça em uma mão e com a outra me guiou em direção à praia.- Oh, meu Deus, Patrício! - Coloquei as mãos na boca, surpresa com tudo que ele havia preparado para nós.Na areia fofa e branca havia um caminho de pétalas de rosas que levava a uma espécie de tenda com tapetes e muitas almofadas coloridas.Ao lado da tenda havia uma mesa de jantar com mais champanhe e velas dentro de pequenos copos que estavam espalhados por todos os lugares e davam um toque especial. Joguei-me desajeitadamente em seus braços e ataquei seus lábios.Nem nos meus melhores sonhos imaginei algo mais perfeito- Nossa, se eu soubesse dessa reação teria feito isso antes.