>ELIZABETH<
- Vai conta tudo - Bianca grita assim que passo pela porta do seu quarto. Inocência chegou ao mesmo tempo que eu, então entramos juntas.Eu não quero falar de todos os detalhes sórdidos que aconteceram naquele quarto de hotel, porém sei que elas jamais me deixariam se eu não contar tudo- Foi bom? Ele te machucou? Ou foi carinhoso? Ele te chupou? Você chupou ele? - Inocência me bombardeou com um monte de perguntas sem nem tomar fôlego.- Oh, oh, oh, calma tá - Disse já cansada, antes de começar a falar. Minhas amigas poderiam ser bastante exaustivas quando quisessem.- Então conta logo - Bianca diz me agarrando pelo braço e levando em direção a cama.Ela me colocou com as costas virada para cabeceira enquanto se sentava aos pés da cama, Inocência ao seu lado ambas de frente para mim agora.- Sim, foi bom, foi ótimo, maravilhoso - Digo me lembrando de cada momento quente da noite passada, meu corpo reage a mera lembrança de tudo.As>PATRÍCIO“Semanas depois”Chego a Corporação trinta minutos mais cedo que o normal, eu preciso me preparar física e emocionalmente para mais um dia de entrevistas inúteis.- Coragem, Patrício. Coragem - Sussurro para mim mesmoNão estou de bom humor e nem com paciência para lidar com incompetentes, desinteressados e oferecidas. Mas no momento é minha única opção.Minhas últimas semanas foram conturbadas... Estressantes para dizer o mínimo. Pensei em Elizabeth além do comum, na maior parte do tempo, na verdade, não saber nada além do seu primeiro nome me deixou de mau humor.Eu queria procurá-la para ensinar a ela que não se deve sumir depois de se instalar como um vírus na mente de outra pessoa. Como se não bastasse a carga extra de trabalho, a falta que sinto daquela garota, ainda tenho que lidar com as merdas do Allan.Meu pai me ligou desesperado alguns dias depois da discussão que tive com meu filho na empresa. Allan apareceu por lá pedind
>PATRÍCIOAssim que saio do elevador, Fernando me olha com o cenho franzido, logo em seguida abre um sorriso e nesse momento sei que ele vai me provocar.Meu dia não poderia começar pior.Eu tinha esperanças de chegar e não encontrá-lo aqui tão cedo e não ter que lidar com as piadas de Fernando logo cedo.Mas claro que eu estava enganado, meu vice-presidente teve o mesmo aumento de trabalho assim como eu e minha secretária, então ele precisava chegar mais cedo para colocar as coisas em ordem.E quem iria sofrer com o fato seria eu. - Olha só! Acho que alguém caiu da cama hoje Jerusa - Ele fala para minha secretária que leva a mão na boca tentando abafar um sorriso- Vê se não enche - Minha voz sai ríspida, e eu não poderia me importar menos.- Calma aí, garanhão - Fernando levanta as mãos em sinal de rendição - Porque você está tão estressado em Patrício? Está viajando quase toda semana. Você deveria estar feliz.- Se gosta tanto de viajar,
>ELIZABETHCruzei minha perna direita sobre a esquerda, olhando para o relógio que me dizia que eu estava sentada aqui há mais de uma hora.Tamborilo meus dedos no encosto da cadeira que estou sentada incessantemente. Minha ansiedade claramente leva a melhor sobre mim.Cheguei cedo, pois não conseguia esperar em casa, mas ao que parece muitos outros estagiários foram selecionados.Vejo algumas entrarem animadas e saírem completamente deprimidas, algumas até chorando. Provavelmente por algo que o turrão do Graham disse.Ouvi dizer que ele é bem implacável, essa informação me deixa apreensiva além da conta. O medo de não ser boa o suficiente me consome aos poucos.Agarrando minha pasta, esperei ser chamada para ir ao escritório do CEO para minha entrevista.Olhando ao meu redor, vejo quase dez mulheres ainda sentadas esperando.Eu soube que demoraria muito até chegar minha vez, o que definitivamente não ajudou a diminuir minha ansiedade.No mo
>ELIZABETHVer a enorme quantia que o homem estava oferecendo pelo cargo foi um dos motivos que me levaram até esse ponto, sentada do lado de fora de seu escritório, esperando pela minha vez, enquanto ignorava as cãibras que sentia na minha bunda por ficar tanto tempo sentada.O outro motivo é que a Graham é mundialmente conhecida e pode me abrir muitas portas no mercado, inclusive aqui dentro.Embora aqui não seja uma área que eu escolheria dentre outras opções, pois carros não são minhas especialidades, um estágio aqui não deixaria de ser uma ótima oportunidade."Eu só queria que ele me escolhesse para que eu pudesse provar o meu valor..."Menos de cinco minutos depois a porta se abre mais uma vez, e a mulher, Marquele, saiu furiosa e um tanto pálida. Seus lábios estavam repuxados em um grunhido. Rosnando com raiva, ela correu em direção ao elevador.As portas da caixa metálica abriram e Marquele não perdeu tempo ao entrar. Assim que as portas se fech
>ELIZABETHPatrício me observava com curiosidade enquanto eu congelei na porta, não conseguia me obrigar a sair do lugar.Olhei em seu lindo rosto e vi um pequeno sorriso surgir, mas ele se dispersou rapidamente fazendo eu pensar se estava vendo coisas.- Obrigado Jerusa, pode ir agora - Patrício fala com sua secretária com os olhos ainda travados com os meus.- Sim senhor, com licença. - A moça, que agora sei se chamar Jerusa, saio me deixando sozinha com ele.Sem dizer uma palavra quando a porta se fecha, eu continuo encarando o homem que povoou completamente os meus pensamentos nas últimas semanas.- Entre senhorita Montgomery. Não temos o dia inteiro - Ele fala com cinismo verificando meu nome na ficha que está em sua mesa.Eu hesitantemente me sentei na cadeira oposta a ele e coloquei meus documentos sobre a mesa de vidro, e o homem imediatamente os pegou abrindo a pasta e rapidamente escaneando com os olhos seu conteúdo com o rosto inexpressiv
>ELIZABETH- Ok, Elizabeth. Vou te dar esse voto de confiança de qualquer forma, já estou cansado de tanta entrevista mesmo. Você começa agora mesmo. - Patrício sentencia Meu sorriso se amplia e vejo como Patrício me observa. Seus olhos enchem de um brilho que não reconheço e isso me deixa constrangida.Patrício se levanta dando a volta em sua mesa e vindo em minha direção. Minha respiração congela e meu corpo treme com a possibilidade de tê-lo perto outra vez.- O que você...? - Não tenho tempo de terminar, minha respiração travada e meu cérebro para impedindo que eu formule o resto da pergunta.Fecho meus olhos inalando seu cheiro.- Sabe Foguinho, eu acho que você é algum tipo de bruxa - Patrício sussurra em meu ouvido, assim que ele se abaixa para que seu corpo fica a centímetros do meu. - Tudo o que eu penso em fazer nessas últimas semanas é te foder, mas foder com força mesmo até deixar essa boceta totalmente aberta.- Sério? - Sussurro com m
>PATRÍCIO- Patrício, ligação da Estela para você - Bufei ainda imprensando Elizabeth na mesa, apertei o botão para receber a chamada.Minha raiva foi as alturas.Estou irado de raiva, meu pau inchado dentro das minhas calças é um grande motivo, mas saber que vou ter que interagir com aquela mulher deixa tudo ainda pior.Eu estava seriamente pensando em botar aquela ninfeta feiticeira de quatro na minha mesa e foder ela com tudo, mas aqui estava aquela infeliz atrapalhando os meus planos.Eu pedi para falar com ela mais cedo, mas por que diabos ela tem que ligar agora? Depois de tantas horas, tinha que ser justo nesse momento?- É mesmo ela? Porque se for um dos seus amantes pode desligar - Rosno de raiva- E sim, a Estela Soares. - Jerusa confirma Joguei a caneta em cima da mesa, dispensei Elizabeth a contra gosto, peguei o telefone e me acomodei na cadeira.- Pode passar - Peço depois de respirar fundo. Alguns minutos depois ouço a voz de
>PATRÍCIOSei também que essa víbora joga meu filho contra mim em qualquer oportunidade, mas o melhor é mantê-la por perto, contrariar só iria fazer com que ela não me conte o que eu preciso saber e iria afastar meu filho completamente.- Bem, a gente pode negociar isso - E aí está, a aproveitadora que de todo jeito me arranca dinheiro. - Sério que você vai pedir dinheiro por isso?- Informação é negócios, querido. Além do mais, eu que paguei o conserto do apartamento dele, nada mais justo que você me reembolsar.Suspiro frustrado, minha vontade é de estrangular essa mulher. Ainda por cima, mente para mim como uma descarada. Eu que paguei as coisas de Allan.- Se você não tirasse todo o dinheiro que dou para ele, com certeza ele teria para o concerto do apartamento. Além do mais, você ensina ele fazer essas coisas de moleque. - Acuso.- Ele só está aproveitando a vida, ele merece Álvaro - Ela fala com cinismo - Quanto?