>ESTELA<
Quando vi Patrício na minha frente, não pude evitar sentir uma onda de satisfação. Ele parecia tão diferente agora.Ele estava mais alto, robusto e bonito.Já não era mais o garoto fraco que eu lembrava, aquele que tinha sucumbido a mim de forma fácil, hoje ele é um homem forte que se afasta de mim de maneira fria e calculada.Porém nesse momento, ele estava vulnerável, e isso me dava poder. Eu tinha a chave para sua angústia e sabia exatamente como usá-la.Havia um prazer perverso em vê-lo tão perturbado.Quando ele apareceu na minha porta, procurando por Allan, sentindo o desespero em sua voz, uma parte de mim queria dar a ele a resposta que ele tanto procurava.Mas a outra parte, a que estava mais envolvida em meu plano, sabia que isso não seria o melhor para o meu jogo. Eu precisava que ele sentisse essa angústia por mais tempo.Eu precisava que ele acreditasse que sua vida estava se desfazendo, que ele estava perdendo tudo o que ti>ESTELAHugo é um ótimo aliado que entende e aprende rápido, isso eu não posso negar. E nem havia como fazer isso.Hugo, apesar de um nojento, era perspicaz e necessário. Ele faria meu plano decolar.— Sim — eu disse, sentindo a confirmação das minhas palavras ressoando em minha mente. — Mas antes, precisamos garantir que Elizabeth esteja completamente afastada de Patrício. Quero ver o desespero nos olhos de ambos. Então, sim, Allan será meu aliado, mas antes ele precisa acreditar que eu sou sua única opção.— O que você planeja? Quer dizer Elizabeth e Patrício já estão separados. Não há muito para você, mas ainda tenho planos.Olhei para Hugo, era bem óbvio o seu interesse pela garota, eu sei que ele tem planos ocultos, mas eu também tenho os meus.— Farei com que Patrício termine com Elizabeth para sempre. Preciso garantir que ela nunca mais irá procurá-lo e garantir que ele nunca mais a procure, isso vai desestabilizar o resto que sobra dele. Hu
>PATRICIOLiz estava sentada no sofá, os braços cruzados sobre o peito, o olhar fixo no chão. A tensão no ar era quase palpável, e eu sentia que estava pisando em gelo fino.Ela havia me pedido um tempo.Aquelas palavras ainda ecoavam na minha mente como um soco no estômago. Eu entendia os motivos dela, mas isso não significava que doía menos.Eu tentei conversar com ela alguns dias, mas parecia que ela estava cada vez mais determinada.— Vamos conversar? Não justo a gente se afastar assim— Eu só preciso de um tempo para entender tudo isso, Patrício. — A voz dela saiu baixa, quase como um sussurro.Eu respirei fundo, tentando manter a calma.— Liz, você acha que se afastar de mim vai mudar alguma coisa?Ela levantou a cabeça, os olhos castanhos brilhando com uma mistura de culpa e frustração.— Eu me sinto responsável pelo que aconteceu com Allan.Cruzei os braços, apertando a mandíbula para não dizer algo de que me arrependeria dep
>PATRÍCIOEla engoliu em seco e sabia que não iria escapar das minhas garras. Tirei o paletó e o joguei num canto do quarto, depois ergui sua perna esquerda e a apoiei em meu ombro, sentindo o tecido delicado da meia tocando meu pescoço.Observei sua linda calcinha branca, pequena, delicada e perfeita.Eu estava de frente para sua intimidade que já dava sinais de estar muito excitada. Afastei o tecido delicado da calcinha para o lado, expondo a boceta rosada, e passei a língua pelos tecidos sensíveis sentindo seu gosto incomparável.Saber que somente a minha boca esteve ali despertava meu lado primitivo. Puxei seus quadris em direção a minha boca e a ataquei com fúria, sugando todo seu mel.Liz rebolou sobre a minha boca enquanto suas unhas arranhavam o meu pescoço sem muita delicadeza. Continuei invadindo seu interior até senti-la se desmanchando em um orgasmo devastador.Sem que eu esperasse, ela tirou a perna do meu ombro e ajeitou a calcinha no
>ELIZABETHTinha acabado de chegar da empresa e estava sozinha, meus pais estavam trabalhando até tarde hoje.Patrício passou parte da tarde fora, junto com Fernando. Ele não disse onde estava e eu preferi não perguntar.Depois da nossa pequena discussão alguns dias atrás, nós nos conciliamos em grande estilo. Mas eu estava preferindo deixar que ele leve as coisas sem pressão. Afinal, ainda existia uma breve distância entre a gente.Estava prestes a entrar no chuveiro quando ouvi a campainha tocar, desci para entender.Quando abri a porta me assustei, uma mulher de meia idade e que nunca vi estava parada na minha porta.Seu sorriso frio e arrogante me deu arrepios.— Olá, em que posso ajudar.Seus olhos percorreram o meu corpo de cima a baixo, antes dela me responder.— Olá, Elizabeth. Posso entrar?Ela me conhecia, mas eu nunca a vi antes. Antes que eu pudesse responder, ela me empurrou de lado e entrou na minha casa.— Co
>ELIZABETHMeu coração acelerou um pouco.As palavras de Estela eram perigosas, minha impressão é que sempre tinham sido, mas agora, com tudo o que estava acontecendo, era difícil não ficar com a guarda baixa. — Eu não sei do que está falando — respondi, tentando manter a calma.Mas sabia que ela estava se aproveitando disso, da minha insegurança e da minha dor. Estela tem cara de que nunca foi uma pessoa fácil de lidar, mas agora ela parecia ainda mais determinada a me afetar.— Eu sei, Liz. Eu sei o que está acontecendo entre você e Patrício. E sei que meu filho desapareceu por sua causa. É tão claro, não é? O que ele sente por você. — Estela se inclinou para frente, e o sorriso dela parecia agora genuíno, mas de uma forma insidiosa. — Mas eu vou ser honesta, querida. Acho que você está se iludindo. Patrício nunca vai te levar a sério, você sabe disso, não sabe? Acho que você já percebeu que ele mudou. Senti uma pressão no peito. Não sabia o que ela
>ELIZABETH Cada palavra que ela dizia parecia fazer mais sentido, e eu não conseguia afastar os pensamentos que começaram a invadir minha mente. — Estela, isso não tem nada a ver com você. Não tente me manipular — falei, tentando recuperar o controle sobre a conversa. Mas minha voz estava fraca, e eu sabia que ela tinha me tocado em algo muito real.— Eu não estou tentando manipular você, Elizabeth. Estou apenas tentando abrir seus olhos. Eu vi como Patrício trata as coisas, e sei que ele nunca vai te escolher completamente. Eu sei que você pensa que ele te ama, mas ele tem uma lealdade inabalável com Allan. E, por mais que você se esforce, nada vai mudar isso. Ele nunca vai ser completamente seu. Nunca.As palavras dela pairaram no ar, e eu me vi completamente paralisada, com a mente confusa. Estela tinha feito seu trabalho de maneira brilhante. Eu estava começando a duvidar de tudo.— A única diferença é que isso vai levar mais tempo que o necessário, s
>ESTELAEstava feito, minha conversa com aquela vagabunda foi melhor do que eu esperava. Ela tinha demonstrado fraqueza e isso é um forte indicativo de que faria o que eu sugeri.Eu só precisava pressionar mais um pouco e a segunda fase estaria concluída, só me restava a terceira e última.E finalmente eu teria Patrício comendo na palma da minha mãe novamente.Achei que ela quebraria mais fácil, mas claro que não. Ela tinha que me dar mais um pouco de dor de cabeça.Pelo o que meu informante me disse a relação entre os dois já está bem abalada, eles mal se olham.Esperei pacientemente alguns dias, mas ela ainda continuava lá, resolvi mudar minha tática. Então peguei meu celular e liguei. Elizabeth atendeu no terceiro toque.Hoje eu liquidaria o que restava da fatura.Elizabeth era previsível, assim como todas do tipo dela. Queria bancar a forte, a mulher decidida que não se dobra, mas eu já tinha lidado com muitas como ela antes. No fim, to
>ELIZABETHEu não sabia mais em quem confiar.Cada palavra que Estela me dissera ainda reverberava na minha mente, causando um turbilhão de dúvidas e inseguranças.Mas, pior ainda, ela não tinha terminado ali. Não, Estela não ia parar até conseguir aquilo que queria, e, aparentemente, o que ela queria era me ver longe de Patrício.Alguns dias se passaram desde a conversa em que Estela plantou aquela semente de dúvida em meu coração.Eu tentei seguir em frente, tentando ignorar os pensamentos perturbadores, mas havia uma sensação constante de vazio.Algo estava fora de lugar, e as palavras dela não me deixavam em paz. Eu não queria acreditar nelas, mas uma parte de mim começava a questionar, a perguntar se realmente Patrício escolheria Allan em vez de mim, caso fosse necessário. Será que Estela estava certa? Será que ele não me amava da mesma forma que eu o amava?E então, na manhã seguinte, Estela apareceu novamente. Ela não estava lá para uma