Capítulo 1
Henry narrando.Eu deveria ter pensado quando me deixei me aproximar e agora não consigo nem mesmo dividir o mesmo carro que ela está, mesmo que esteja jogada inconsciente no banco dos fundos.Minha cabeça parece que vai explodir, perdi completamente a noção quando a peguei contra sua vontade e a sequestrei, mas até que ela pague por sua traição Scarlett tera que saber que tudo que ela faz tem consequências.Eu como conselheiro do Don nunca gostei de me manter próximo a ninguém, eu só tinha a intenção de obedecer às ordens do Don e então casar com Aysha, mas as coisas já tinha dado errado no dia em que eu forcei Scarlett a assinar o contrato de casamento, onde ela se casaria com meu irmão Vicente, mas ela foi tão astuta que trocou os nomes do contrato colocando o nome da irma dela, então ao invés dela estar casada com Vicente, quem estava casada era Aysha que era a minha futura esposa e agora estou estacionado em meio ao nada com ela em meu carro.Saio de dentro do veículo ainda sentindo a fúria correr por cada veia de meu corpo, preciso arrumar um jeito de drenar o ódio de se contrariado..me sento por alguns minutos no acostamento e por um breve momento me lembro de cada vez que vacilei, ela é tão jovem, difícil acreditar como uma menina tão jovem poderia ter a coragem que ela teve em assinar um contrato sabendo que estaria amarrada a um homem perigoso, ainda assim… incapaz de encostar nem que fosse a ponta do dedo nela com qualquer sentimento de homem, nunca a quis e não me vejo a querendo, mesmo que algumas vezes tenham acontecido coisas que contrafizeram, Scarlett não passa de uma criança para mim, mas agora essa criança é casada comigo, sei que isso será um castigo tanto para mim quanto para ela, afinal quando ela mudou o nome doo contrato foi para fugir do casamento e pensando bem… ela nem precisava ter assinado o meu contrato de casamento para salvar a irma, já que ela estava casada com meu irmão, acredito que fosse o que ela quisesse, apesar de eu não estar tão apegado a sua amizade eu sabia que ela estava por causa da forma como ela era tratada por seu pai, todos esses anos sofrendo mal tratos e tendo que enfrentar o futuro que ela não escolheu… se não fosse por sua traição a nossa amizade… quem sabe eu pensaria a libertar, porem agora… ela estará livre de mim apenas se estiver morta e levando em conta que ela despertou o pior de mim, com certeza isso não vai demorar muito.Sigo viagem com ela ainda sob efeito do tranquilizante, já está próximo do meio dia, algumas vezes vejo-lhe seus movimentos discretos em sinal que o efeito do sedativo já está acabando.estacionei próximo a um posto de abastecimento e sigo até uma lanchonete, acredito que ela nem mesmo tenha tomado café, e para onde a estou levando ainda não comprei nada, já faz vários meses que não vou àquele lugar.Antes meus planos era levar Aysha até lá, é o único lugar que consigo viver em paz, onde poucas vezes eu sou um risco mortal para qualquer pessoa.Nem meus irmãos, nem meu pai conhecem esse lugar, mesmo sabendo que ele existe.Entrei na lanchonete e escolho um bolo e alguns croissant, talvez ela goste até que possa comer comida caseira, eu sei que ela não vai acordar agora, mas se por acaso o fizer… inacreditável como eu ainda tenho a consideração de comprar qualquer coisa que seja para ela, me sinto profundamente ridículo e traído por uma menina de quinze anos.Sigo viagem por mais uma hora e finalmente estou no meu lugar secreto, minha casa, ela — Henry, onde estamos? — Pergunta histérica enquanto o grande portão de metal da entrada se abre e se fecha automaticamente assim que entro.— Chegamos ao seu castigo — lhe digo indiferente, certo que o lugar não tem aparência de castigo, é a minha mansão, seguimos por uma pequena estrada e com jardins ao redor, ela continua olhando tudo de forma vacilante, mas sei que ela conseguia analisar e assimilar tudo. Talvez tenha percebido os muros altos de quase cinco metros e as cercas elétricas além do portão automático que só abre com uma senha, tenho alguns hectares de terra ao redor da mansão que fica no centro de todo esse lugar.Assim que estacionei e sigo até a porta dos fundos ela recua para o outro banco demonstra confusão e medo.— Henry, por favor, aquilo não foi por mal, eu só queria fugir do casamento, eu sou muito nova, como pode simplesmente me obrigar a me casar com aquele homem que eu nunca gostei — lamenta recuando, então a puxei pelo pé descalço sem lhe dizer uma única palavra, ainda estou tão furioso com ela que mal consigo lhe dirigir a palavra.Ela tenta me golpear e lutar contra mim, mas a situação agora é outra, antes eu confiava nela, mas agora tudo que vejo é uma traidora que mentiu para mim desde o início, todo esse tempo ela parecia está em um jogo de xadrez onde todos eram sua peça e ela a dama que derrubava cada um com suas jogadas e planos esperto.Nem acredito que subestimei tanto essa menina Ela não consegue lutar por muito tempo, a pego nos ombros novamente e a levo para dentro enquanto gritava por socorro.Scarlett narrando.Assim que entramos em sua casa ele me lança contra o sofá, ele ainda está furioso e isso me faz sentir pavor e pensar que ele quer fazer algo muito ruim comigo.Encolho-me no sofá com medo do que vinha a seguir quando ele tira a camisa na sala e lança contra o lixo, pensei que ele tentaria algo, mas apenas sobe a escada me ignorando.Corro até a porta e saio correndo, mas me deparo com alguns seguranças próximo a entrada onde o carro havia passado, me sinto estranha naquele novo local, queria poder fugir sabendo o estado que Henry está, qualquer lugar poderia ser mais seguro do que ali.Olho ao redor perdida e com a cabeça ainda turva, quando percebo ele sai sem me encarar, agora estava usando uma camisa de botão, cor vinho justa ao seu peitoral descendo solta cobrindo o cós de sua calçaele vai até seu carro e pega uma sacola e volta até mim segurando dolorosamente meu pulso, resmungo de dor, mas ele me puxa para dentro sem se importar se está me machucando, me arrastou escada acima indiferente são fato dos meus tropeços em alguns degraus.Continua a me arrastar pelo corredor até escolher uma das postas no final do corredor e entrar me arrastando até a janela.— está vendo isso — pergunta de forma rígida parando ao meu lado apertando minha mandíbula mantendo meu olhar firme do lado de fora. — se tentar fugir, isso é mais alto que a janela do quarto que você caiu, então se pula eu pedir para os seguranças atirarem para você já cair morta — diz me soltando e eu recuo amedrontada caindo sobre a cama, então ele sai do quarto batendo a porta parecendo que queria derrubar.Olho ao redor, parece um bom quarto, decoração vitoriana e cama macia, porém parece antiga, os lençóis parecem que não são trocados a meses tem um cheiro forte de poeira.Sigo até a porta e tento abrir e está trancada, ele deixou a sacola sobre a cama também, alguns alimentos, mas não vou mentir, estou faminta, então como algumas das coisas que ele comprou.Troco as cobertas da cama por novas e limpas que estavam no guarda-roupa, não sei quanto tempo ele quer me manter aqui, mas no guarda-roupa não tem nada além de roupas de cama e banho, a única roupa que tenho aqui é a que eu vim vestida, nem calçados aqui tem.A noite chegou e alguém abriu a porta, ele trazia uma bandeja com água, suco e a refeição da noite em seguida sai sem nem me encarar, aquela reação dele me machucou muito, eu nunca quereria a indiferença de Henry.Sei o que fiz, mas se esse for meu castigo… então ele pode ter certeza que vai doer, ainda mais por ter desenvolvido sentimentos por ele.Depois de ter conhecido seu lado amável mesmo sendo um homem que parece não ter costume de demonstrar qualquer preocupação por ninguém, agora me sinto como Aysha que tem o pior dele, mas eu não quero ser assim.Não sei que horas, mas lá fora indica que já está bem tarde, sigo para o banheiro e tomo banho, lavo a única roupa que tenho e deixo pendurada no suporte, visto um dos roupões e sigo para cama, demora alguns minutos para conseguir dormir, mas é impossível pensando na situação, nem mesmo tem um livro para ler, nada para entreter, sigo até a janela e me sento no peitoril observando cada lugar que conseguia ver daquele lugar e é de tirar o fôlego, com certeza seria o lugar que eu amaria passear com henry e conhecer com ele, parece ter uma área vasta para explorar.Capítulo 2Caí no sono de tanto tédio, mas acordei ouvindo alguns tombos na porta. Fortes tombos que fizeram meu coração quase sair pela boca, olhei pela janela que entrava uma corrente de ar fria e parecia que já era bem tarde da noite, pulo da cama e olho ao redor procurando onde me esconder, a minha única alternativa que pensei ser segura é o guarda-roupa, entrei e me encolhi no canto em meio as toalhas.A cada batida bruta na madeira meu coração pulava de pânico, aquela porta não aguentaria, o que será que está acontecendo? Aquilo durou alguns minutos, até cessar, porém não sai do guarda-roupa e acabei adormecendo.Acordei pela manhã o sol já havia raiado e alguém parecia ter entrado no quarto— Procurem onde ela está e não me diga — Ordena Henry e alguns seguranças entramComo assim, não me digam? O que está acontecendo com Henry?Saio do guarda-roupa e os homens me avistam, minhas pernas e minhas costas estão doloridas.— encontramos — Avisa o segurança então sigo para a cama, m
Capítulo 3na casa do senhor mozart Aysha arruma suas malas, após segundo dia na casa de seu pai, já era dia de dizer adeus a sua vida naquela casa, sua mãe por sua vez ajudava a sua filha arrumar as coisas, ambas estavam triste, seus olhos ainda estavam vermelhos.Já faz dois dias que Vittorio e Vicente tentam entrar em contato com Henry após descobrir que ele não levou Scarlett para a casa que ele costumava morar.— Está pronta? — Pergunta Vicente na porta.— quase pronta — Diz ela desanimada então Vicente entra e se a vê sentada na cama. — não conseguiram ter nenhuma notícia dela?— Ainda não, nem de Henry, estou torcendo para que ela esteja viva ainda, não é culpa dele, mas…— entendo, você já disse — Diz receosa, falar sobre aquele assunto a fazia se sentir culpada, não sabia como contar a Vicente que a mulher que havia causado isso a Henry era a sua tia, então nem mesmo conseguia sentir raiva de Henry. — Mas temo por Scarlett, por que ele também pensa que ela não é mais virgem —
Capítulo 4Henry levou seu café a noite, porém não a encontrou, olhou ao redor e viu sua sombra no banheiro, porém um ar sombrio tomou sua face, havia um bom motivo para ele não querer saber onde ela se esconde, ainda mais quando estiver em transe ele iria buscá-la exatamente onde viu quando esteve sã.— Vou deixar sua janta aqui, então pare de se esconder, não tem motivo para isso — lhe diz indiferente.— Como não? Eu disse que não queria te ver aqui! — grita histérica.—Por quê?— você sabe muito bem, Henry Vicenzo— só por causa daquilo? Deveria estar envergonhada por ter inventado uma mentira absurda que nem essa, agora saia do banheiro— não! — resmunga batendo o pé, ele se aproxima da porta batendo discretamente.— Esta chateada por que te vi sem roupa? — Pergunto segurando o riso e ela silencia. — eu já vi muitas mulheres nua, não deveria ficar envergonhada é uma visão comum para mim— Não para mim, nenhum homem nunca me viu nua, como você acha que eu vou achar normal? Você me
Capítulo 5Henry narrando.Abro os olhos em um solavanco, estou deitado em uma capa com os pés no chão, tudo estava normal até eu sentir uma dor aguda em minha panturrilha, levo meus dedos ao local e os volto com sangue. Alguma coisa havia acontecido, olho ao redor e a primeira coisa que vejo é a porta quebrada as dobradiças amassadas, aquela cena deixou minha cabeça turva o desespero tomou minha mente, vejo as gotas de sangue e parece que vieram do banheiro não podem ser minha… mas espero desesperadamente que seja. Quando entro no banheiro dela, a cena é a pior possível, sangue na parede, sangue entre os estilhaços, meu peito apertar levo minhas mãos a minha cabeça tentando não pensar o pior. Chamo os seguranças e todos começam a procurar por ela, me falta força só de pensar que ela pode está morta ou muito machucada. É ainda hoje havia chamado um médico para examiná-la, parecia que ela estava ficando doente esses dias e ainda estava mentindo para mim— Senhor, o doutor acabou de
Capítulo 6Henry narrando. Entro quarto e ela ainda está encolhida na cama, ainda desconfio que ela está sentindo algo a mais, porém não quer falar, gostaria que ela falasse sobre isso. — O que você quer falar comigo? — Pergunto inseguro. — Você se lembra daquele dia? — Perguntou me deixando confuso, então junto as sobrancelhas. — Quando você estava dormindo lá em casa que estávamos cuidando de você, naquele dia… você acordaria? — Ahh aquilo? Aquele dia era o dia que eu mais reagiria — Acredito que aquele ataque a Aysha deu bem a entender isso, mas eu estava lá do seu lado, você tinha me deixado presa em seus braços, com tanta força que eu não consegui me livrar, você tinha dito coisas para mim — Diz me encarando de forma esperançosa. — Não lembro do que eu disse — Você abriu seus sentimentos para mim, disse tudo que sentia por mim— O que eu disse? — Pergunto endurecendo a face. — que gostava de mim— Por isso você assinou aquele contrato? — Ergo as sobrancelhas. — Não, eu r
cap.6.2Saio do quarto deixando a porta aberta com uma pequena brecha podendo observá-la de costas sentada na cama, então ela abaixa o roupão primeiro revelando os ombros assim como o restante das costas e tenta se levantar e antes que o roupão revele o restante ela se senta na cama em resposta à dor de pisar no chão.— Ai… — murmura massageando o pescoço, com a outra mão na curva da sua cintura, a vejo voltar se deitar com o roupão cobrindo somente sua parte de baixo.— Scarlett, está precisando de ajuda? — Pergunto fingindo não está vendo o que está acontecendo.— estou, posso me levantarAssim que ela fala isso entro no quarto e vou até ela a pegando de surpresa, ela rapidamente esconde seus seios, mas infelizmente eu tive que trocar sua roupa mais cedo, infelizmente vi até o que não deveria, mas não fiz nada de errado.— Eu vou te ajudar, vou te levar para o banheiro — lhe digo puxando o restante do roupão junto e ela se escolhe ficando em posição fetal.— não, que degradante e hu
Capítulo 7Entro no banheiro e ela me encara cobrindo os seios.— Nada que eu já não tenha visto, então não faz mais nenhum sentido — lhe digo indiferente enquanto vejo na água que corre para o ralo um fio de sangue e solto um suspiro pesado e sério. — tenho que sair, você vai ficar um tempo sozinha em casa, tudo bem? — Pergunto e ela ergue a sobrancelha parece está pensando em algo.— Pode me levar com você? — Pergunta de forma meiga, despida desse jeito não sei assimilar o que ela está pedindo, mas me dou algum tempo para raciocinar.— Por que você quer ir?— Henry, eu acabei de menstruar, não tenho peças íntimas aqui, você pode comprar algumas? — Pergunta e me sinto envergonhado, lembro que esse tempo todo ela só tem uma peça íntima e um vestido que agora estão destruídos em seu banheiro.Pego uma toalha, coloco outro lençol de proteção em sua cama e me aproximo dela, sei que sua vontade é se esconder mais ela não tem outra opção a não ser me deixar ajudar.A pego novamente a coloc
cap.7.2Ela brigou, mas eu ganhei a briga, enrole o lençol em sua cintura, dobrei outro colocando na parte que ela vai sentar no banco da frente e seguimos para uma cidade vizinha, porém bem longe da cidade em que morávamos.— Então. Como a senhorita molestada deve se comportar? — Pergunto a encarando sério antes de abrir as janelas e ela começar a gritar.— eu já não estou me comportando mesmo estando com você no carro? — Pergunta de forma agressiva, se essa porra não for a TPM vou começar a pensar nas possibilidades de prendê-la naquele porão.— O que quer dizer? — Pergunto já sabendo que lá vinha mais besteira e isso não estava sendo nada engraçado.— que a minha menstruação só veio, porque você fez alguma coisa — Diz tombando a cabeça no banco, nunca pensei que Scarlett iria me deixar tão estressado.— Ainda está insinuando que eu abusei de você?— você fez, Henry Vicenzo! — Bradou novamente entre os dentes demonstrando raiva.— ok… — suspiro pesadamente pegando o celular, após al